domingo, dezembro 31, 2006

Leitura recomendada

"Aborto: mais argumentos inteligentes a favor do sim", por Miguel Freitas da Costa:

"CONSUMISMO" ESPANHOL

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Independentes pelo Não

Do semanário Sol:
As jornalistas Maria João Avillez e Laurinda Alves, dadas inicialmente como apoiantes da «Plataforma Não Obrigada», afinal vão integrar o «Independentes pelo Não», um movimento que deverá ser apresentado no dia 5.
O produtor de espectáculos Luís Montez, genro do Presidente da República, o ex-campeão Mundial de Hóquei Patins Victor Hugo e do cardiologista José Roquette fazem também parte deste movimento que vai fazer campanha para o referendo de 11 de Fevereiro.
«Entendemos que é positiva a diversidade de vozes pelo ‘não’. Há vários caminhos para chegar ao ‘não’. Uns mais pelo coração, outros mais pela razão. O que nos diferencia vão ser os protagonistas, o discurso e a abordagem do tema», disse ao SOL Gonçalo Vassalo Moita, um dos fundadores do movimento. O «Independentes pelo Não» não vai integrar a «Plataforma Não Obrigada».
Considerando «a questão do aborto é demasiado séria e complexa para que possa ser vista a preto e branco», este advogado explica que da «nova abordagem» que querem introduzir no debate faz parte «a ideia de que o Estado não pode querer alhear-se da questão do aborto, oferecendo apenas condições para que este se faça em segurança e de acordo com a consciência de cada um».
E acrescenta: «O combate ao aborto e não apenas ao aborto clandestino deve ser uma opção política estratégica por parte do Estado».

O regime da tirania

Se uma efémera maioria assim o ditar, terás finalmente o desejado poder absoluto sobre o teu corpo! No segredo de uma nova clandestinidade e durante dez semanas, nem mais nem menos, ninguém ousará interferir com essa vontade soberana, podes dar à luz ou matar, para os outros será indiferente, a decisão cabe-te.
No primeiro momento, a glória de uma conquista encherá de esplendor a tua fronte, a terra há-de parecer pequena para tamanho poder, será porém bem curto o teu êxtase.
Porquê?!
Não se decreta a morte impunemente. Ninguém se atreve sozinho, sem dividir essa decisão com outrem, nem que seja com o remorso do pecado ou com o álibi do crime!
Mas assim, no isolamento obrigatório de uma só consciência, esse poder já não é absoluto, passou a ser tirânico e como tal sofrerá as consequências que o futuro reserva aos tiranos.
A sombra dos que não nasceram e a vigília dos sobreviventes eternamente gratos, tudo isso há-de pesar como chumbo nos teus ombros frágeis, e traçará um destino. Sempre pronto a realizar-se, à mínima falha, ao menor sinal de fraqueza.
“Quem com ferro mata, com ferro morre”, ditado antigo.
Um presente envenenado para quem não o pediu!

É por estas e por outras que...

... Portugal não anda para a frente, pois enquanto cá se promove o Aborto, na Alemanha se promove a natalidade.

Depois queixam-se que o nosso país está sub-desenvolvido...

Assinaturas - MUITO IMPORTANTE (II)

Infomação destinada aos que neste momento ainda se encontravam a recolher assinaturas para a Plataforma Não-Obrigada e para a associação Juntos pela Vida: passem por favor a recolher assinaturas para o movimento Diz Que Não, nas folhas que aqui se indicam.
Já falta pouco, é importante não facilitar!

quinta-feira, dezembro 28, 2006

"Não" na Guarda

O movimento Guarda Vida que defende o «não» ao aborto, defendeu hoje que o Governo, em vez de fomentar o nascimento como solução para a desertificação do interior, pretende liberalizar a interrupção voluntária da gravidez.
Segundo o seu porta-voz, Pedro Nobre, «o Distrito da Guarda é um exemplo desta situação, onde a desertificação está a aumentar de forma galopante e, em vez do Estado fomentar formas para inverter esta situação, encontra soluções para agravar ainda mais o despovoamento do interior».
«Em vez de fomentar o nascimento, como remédio para esta doença que a todos afecta, pretende liberalizar o aborto», denunciou aquele responsável na apresentação pública do movimento e de inauguração da sua sede, localizada na Rua Infante D. Henrique.
«Está cientificamente provado que o embrião tem identidade própria desde o seu início, pelo que, ao ser efectuado um aborto, um ser humano está a matar uma criança», assinalou Pedro Nobre.
O porta-voz do movimento de defesa da vida denunciou ainda que o Estado não tem conseguido resolver o «drama» das listas de espera nos hospitais mas «garante agora que uma grávida que deseje abortar, passará à frente de qualquer doente».
O grupo de cidadãos que defende o «não» no referendo sobre a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, marcado para 11 de Fevereiro, iniciou também hoje uma campanha de recolha de cinco mil assinaturas para se legalizar como movimento eleitoral.

Movimento pelo «não» apresentado em Castelo Branco

O movimento cívico «Pela Vida - Sempre», que defende o «não» ao aborto no referendo de Fevereiro, foi esta quinta-feira apresentado em Castelo Branco com o objectivo «vital e único» de esclarecer os cidadãos sobre «o tema da vida».
«O que está em causa é a vida de um ser humano, e um ser humano inocente e desprotegido. O Estado tem o dever de o proteger através dos mecanismos ao seu alcance, nomeadamente da lei penal» disse aos jornalistas Teresa Morgado Duarte, dirigente do movimento.
Acrescentou que o grupo de cidadãos tem como objectivo «vital e único», esclarecer outros eleitores sobre o tema da Vida.
Na sessão de hoje foram apresentados 25 mandatários distritais, representando nove dos onze concelhos de Castelo Branco. Entre os mandatários contam-se o ex-director do Hospital Amato Lusitano, João Castel-Branco da Silveira, o comissário das comemorações dos 800 anos de Idanha-a-Nova, António Catana ou a presidente de Câmara de Vila de Rei, a social-democrata Irene Barata.
«A presidente de Câmara de Vila de Rei está aqui como pessoa interessada nesta causa», afirmou, por seu turno, Manuel Saraiva, outro dos dirigentes do movimento, assegurando que nele se encontram pessoas de diversas sensibilidades políticas.
Já Ricardo Alves, oriundo do concelho da Covilhã, frisou ter aderido ao movimento «Pela Vida - Sempre» por não querer «que o aborto aumente e a sua prática se torne um método contraceptivo».
«Um filho tem dois progenitores. A legalização do aborto tira direitos ao pai, que estão a ser completamente ignorados», argumentou, igualmente, o representante do concelho serrano.
Actualmente em fase de recolha das cinco mil assinaturas necessárias à sua formalização, o movimento «Pela Vida - Sempre» tem prevista a participação na Marcha Nacional pela Vida, a realizar a 28 de Janeiro, em Lisboa.

(Diário Digital / Lusa)

VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS...

Imagem via CDS-PP Óbidos

Assinaturas - MUITO IMPORTANTE

Neste preciso momento, um pouco por todo o país, há grupos cívicos que já recolheram as 5000 assinaturas necessárias à sua legal constituição perante a Comissão Nacional de Eleições e outros que ainda estão no terreno em vista das assinaturas necessárias à sua formalização nestes últimos dias. Se está a recolher assinaturas ou se pretende colaborar com algum dos grupos cívicos que se propõem participar na próxima campanha do referendo, por favor não deixe de ler estas informações. Pode muito bem dar-se o caso de estar a recolher nas folhas erradas...
Em caso de dúvida, contacte a Plataforma Não-Obrigada!

A ler

Dos fenómenos OVNI ao Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim:
O percurso e as declarações da historiadora Fina d’Armada são notáveis mas, ainda assim, há que reconhecer que podia ser pior: pelo menos a senhora em causa não usou (ainda?) o "argumento" de que os fetos devem poder ser livremente eliminados por não passarem de criaturinhas com o tamanho de um pequeno rato.

Não sendo pedir muito

Leio a notícia de que os movimentos favoráveis à liberalização total do aborto a pedido até às dez semanas de gravidez prometem trazer à campanha e ao debate público aquele inenarrável episódio do já célebre julgamento de Aveiro. Por acaso, e por estranho que possa parecer, a mim parece-me lindamente. Espero até que o desejo sincero de esclarecimento dos "bons" face à crueldade dos "maus" lhes permita dizer ao país que, ganhando o 'sim' o referendo que está aí à porta, às dez semanas e um dia o aborto continua a ser crime. Não sendo pedir em excesso, talvez fosse relevante que não se olvidassem de esclarecer - mais os jornalistas de causas - quanto tempo de gravidez contavam as pré-mamãs em causa. É só para a gente ficar a saber, assim um nadinha para além do carnaval montado à porta do Palácio da Justiça.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Atenção Castelo Branco!

É já amanhã - quinta-feira - pelas 18h00, que será publicamente apresentado mais um grupo cívico que batalha pelo 'Não' à liberalização total do aborto a pedido. Chama-se "Pela Vida - Sempre" e a sessão de lançamento terá lugar no NERCAB - Núcleo Empresarial da Região de Castelo Branco.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Revista de imprensa (II)

Mensagem de Natal de D. José Policarpo - Cardeal critica aborto:
A legalização do aborto é negar um lugar para crescer a um ser humano. É esta crítica que o cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, fez passar na mensagem de Natal transmitida pela televisão e rádio na consoada.
(...) Pronunciando-se sobre o referendo à legalização do aborto – e apesar de considerar a prática como uma atitude dramática –, D. José Policarpo sublinhou que “sejam quais forem os motivos que o justificam aos olhos da mulher é sempre negar um lugar a um ser humano que foi gerado”. O cardeal acrescentou que quem nega o direito a ter um lugar para crescer não é apenas a mulher, mas também os pais e a sociedade.

Revista de imprensa

Papa apela ao respeito pelas crianças, nascidas e por nascer:
O Papa Bento XVI apelou ontem à noite ao respeito pela dignidade de "todas as crianças", nascidas e por nascer, durante a Missa do Galo, a que assistiram milhares de católicos na basílica de São Pedro, no Vaticano.
(...) "A criança de Belém orienta o nosso olhar para todas as crianças que no mundo sofrem e são vítimas de abusos, tanto as que são nascidas como as que estão por nascer", sublinhou.

segunda-feira, dezembro 25, 2006

FESTA DA VIDA

Neste Natal digo: Sim à Vida, Não ao Aborto!
Feliz Natal para todos!

domingo, dezembro 24, 2006

O Natal é altura de festejar o Nascimento

ABORTO? "NÃO OBRIGADA"

VOTAR "NÃO" COLOCA PORTUGAL PIONEIRO DO HUMANISMO

Por Matilde Sousa Franco, deputada do PS

Na Faculdade de Direito da Universidade do Porto foi lançada a reimpressão do actual livro Vida e Direito. Reflexões sobre um Referendo. Porque a Vida é um Direito!, Principia, 1998. Uma obra a não perder, essencial para a compreensão desta problemática.

Apresento uma súmula da intervenção que fiz a propósito do aborto. No texto que apresentei na Assembleia da República, em 19 de Outubro p.p., como Declaração de Voto aquando da votação do referendo do aborto, expliquei que tenho profunda discordância quanto a este assunto. Fui a única deputada que invocou objecção de consciência para votar contra, na medida em que tenho disciplina de voto (outros deputados de movimentos agregados aos partidos têm liberdade de voto). Aliás, fui a única deputada a votar contra (com um deputado do Partido da Terra).

O aborto não é de políticas de esquerda ou direita, como finalmente se reconhece, nem é um problema apenas religioso, apesar de cristãos, islâmicos, judeus, hindus, budistas se lhe oporem. Cito um pouco da Declaração de Voto. O aborto «é sobretudo uma questão de consciência, mas até um assunto pragmático... pode haver uma diminuição da população. Por razões práticas, desde recentemente, a Suécia e a França fomentam políticas pró-natalidade... Proponho adequada prevenção do aborto, apoio à maternidade, agilização da adopção (existem muito mais pedidos de adopção do que crianças adoptáveis), etc. Pretendo que se incentive uma cultura de afectos, essencial numa sociedade mas justa e solidária.

O referendo não vai sequer resolver graves problemas das mulheres. Não quero ver mulheres nos tribunais e, para isso, é necessário alterar em profundidade a legislação... Ao longo dos séculos, Portugal tem tido a coragem de se afirmar a nível mundial pelo Humanismo, sendo pioneiro nas abolições da escravatura e da pena de morte, vanguardista no apoio a crianças, na defesa e valorização das mulheres e nos cuidados para com os mais fracos em geral. Voto contra este Projecto de Resolução, inclusivamente porque gostava que, mais uma vez, Portugal se distinguisse agora por ser pioneiro mundial do Humanismo, numa renovada cultura a favor dos Valores e da Vida».

Na Universidade do Porto, sublinhei alguns aspectos muito pragmáticos e da maior actualidade. Depois de eu ter escrito a Declaração de Voto, a Comissão Europeia recomendou políticas pró-natalidade, insertas no que significativamente chamou Cinco maneiras de desactivar a bomba de relógio demográfica.

A Alemanha apressou-se a implementar medidas nesse sentido, mas a "a bomba de relógio demográfica" é previsível e visível há décadas e, entretanto, nos países onde se liberalizou o aborto, diminuíram em largos milhares os nascimentos, aumentando o total de abortos (legais+clandestinos), o que contribuiu para os gravíssimos problemas de falta de mão de obra, falta de quem pague a segurança social dos mais velhos, etc; os milhões de imigrantes é que têm ajudado os europeus. No primeiro Fórum sobre o Futuro Demográfico da Europa, realizado dias depois, em 30 de Outubro p.p.,Vladimir Spidla, membro da Comissão Europeia responsável pelo Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades, disse "uma Europa que promove renovação demográfica é uma Europa em que se procuram criar as pré condições para que os Europeus estejam aptos a atingir os seus objectivos familiares".

Portugal tem um défice de 47 mil nascimentos/ano. Para haver renovação de gerações era necessário que nascesse uma média de 2.1 filhos por cada mulher, mas essa média é de apenas 1.4. Desde 1983 verifica-se continuo decréscimo de número de partos, tendo nascido menos 900 mil crianças.

Cito Edgar Morin, A Sociedade em Busca de Valores «...a sociedade desintegra-se... o único cimento que resta é o sentimento da solidariedade vivida».

Portugal pode e deve, por razões históricas e de auto-estima, ser agora outra vez uma luz para o Mundo, concretizando afinal o sonho do Pe. António Vieira, de Fernando Pessoa e de tantos outros. Espero que com o voto muito expressivo no Não ao aborto, Portugal concretize este sonho secular de ser cabeça de um império espiritual mundial, numa solidariedade vivida e motor de renovado Humanismo.


[Demokrata]

Importante - recolha de assinaturas!

O Natal é um óptimo momento para celebrar a Vida, neste caso recolhendo assinaturas que permitam aos grupos cívicos empenhados por todo o país no combate à liberalização total do aborto inscreverem-se junto da Comissão Nacional de Eleições, para que tenham durante a campanha eleitoral direito a tempo de antena nas rádios e televisões e a um tratamento justo pela comunicação social. Tentando facilitar a vida aos que concordam com a justiça elementar que é o Direito a Nascer e que ainda não assinaram as várias folhas que por aí correm, fica aqui uma espécie de ponto da situação por localidade para que todos possam ajudar na recolha nas respectivas áreas de residência.

Açores -> Açores pela Vida

Aveiro -> Liberalização do Aborto? Não! -> contactar Juntos pela Vida

Braga -> Minho Com Vida
Apartado 169 - E.C. Avenida - 4711-910 Braga
info@minhocomvida.org | 964407654

Bragança -> Nordeste pela Vida -> contactar Juntos pela Vida

Castelo Branco -> Pela Vida - Sempre! -> contactar Juntos pela Vida

Coimbra (e Leiria) -> Aborto a pedido? Não! -> contactar Juntos pela Vida

Évora (com Beja e Portalegre) -> Alentejo Pelo Não

Faro -> Algarve pela Vida -> contactar Juntos pela Vida

Lamego -> Escolhe a Vida -> contactar Juntos pela Vida

Lisboa -> Juntos pela Vida
juntospelavida@gmail.com | 912468132

Lisboa -> Plataforma Não-Obrigada
direccaoexecutiva@nao-obrigada.org

Lisboa -> Diz que Não
dizquenao@gmail.com

Lisboa -> Diz que Não à Discriminação -> contactar Juntos pela Vida

Porto (com zona de Famalicão) -> Norte Pela Vida
tudo.pela.vida@sapo.pt

Santarém -> Ribatejo pela Vida -> contactar Juntos pela Vida

Setúbal -> Diz que Não -> contactar Juntos pela Vida

Vila Real -> Vida, Sempre! -> contactar Juntos pela Vida

*** IMPORTANTE *** Com folhas totalmente preenchidas ou não, enviem-nas para as direcções indicadas nos respectivos impressos e cumpram P.F. as datas-limite de envio e/ou entrega indicadas nas folhas. Bom trabalho e um Santo Natal!

sábado, dezembro 23, 2006

A "ideologia abortista" e o Direito

A minha vontade era não voltar a falar do que chamei a "ideologia abortista".
Todavia, como já imperfeitamente tentei dizer, a questão parece-me de crucial importância, porque nesse ponto deparamos com um afloramento de uma mentalidade expandida a todos os níveis e que se tornou a dominante nas sociedades contemporâneas - e que não podemos deixar de combater, sob pena de ser ela a moldar-nos o futuro.
E o futuro que tal ideologia traz no bojo, partindo embora da ideia da liberdade como ausência de constrangimentos ou limitações à vontade individual, não poderá deixar de ser um futuro de absoluta tirania, em que o indivíduo acabará por ser a vítima final.
Regresso ao tema por ter encontrado um texto que me pareceu um excelente exemplo da falácia que se encontra sempre subjacente a esse pensamento e mentalidade, do qual destaco esta passagem fundamental para a compreensão do que está em jogo:
"Se a IVG fosse despenalizada seríamos então todos igualmente livres. Os que quisessem exercer a sua liberdade abortando, teriam essa possibilidade. Os que não quisessem, não abortariam."
Certamente que o leitor desprevenido leu e gostou da equanimidade do autor (desconto agora o eufemismo de chamar IVG ao aborto, como se estivéssemos perante algo que se interrompe agora para continuar mais logo).
Excelente. Magnífico. Cada um faz como entende. É um assunto que releva do foro íntimo de cada um. Ninguém tem nada com isso. Os que quiserem abortam, os que não quiserem não abortam. O Prof. Freitas, essa luminária, não diria melhor.
Mas examinemos a sentença mais de perto. E para verificarmos se faz sentido, ou o sentido que tem, nada melhor do que fazer um exercício de comparação dentro do Direito Penal.
Por exemplo, substituindo as palavras que designam condutas actualmente penalizadas:
"Se o roubo fosse despenalizado seríamos então todos igualmente livres. Os que quisessem exercer a sua liberdade roubando, teriam essa possibilidade. Os que não quisessem, não roubariam."
Ou ainda, continuando no mesmo ramo do Direito:
"Se a pedofilia fosse despenalizada seríamos então todos igualmente livres. Os que quisessem exercer a sua liberdade dessa forma, teriam essa possibilidade. Os que não quisessem, não o fariam."
O exercício pode continuar indefinidamente em relação a todas as condutas objecto de penalização.
Pode no entanto alargar-se o campo do estudo. Ao terreno do Direito Fiscal, por exemplo:
"Se a fraude fiscal fosse despenalizada seríamos então todos igualmente livres. Os que quisessem exercer a sua liberdade defraudando o fisco, teriam essa possibilidade. Os que não quisessem, não o fariam."
Ou mesmo na área do Direito Estradal:
"Se a condução sob influência do álcool fosse despenalizada seríamos então todos igualmente livres. Os que quisessem exercer a sua liberdade conduzindo bêbados, teriam essa possibilidade. Os que não quisessem, não conduziriam nesse estado."
Por esta altura já o leitor terá começado a torcer o nariz. E o pior estará para vir, se continuar o raciocínio: não há nenhuma norma de conduta social que não possa utilizar-se neste exercício (substituindo apenas a palavra penalização, de aplicação muito específica, por toda a consequência negativa que a norma preveja para reagir ao seu incumprimento).
Ora se há normas de conduta social, como são as de mera cortesia ou boa educação, que efectivamente a sociedade organizada deixou entregues à vontade livre dos indivíduos, não procurando assegurar o seu cumprimento através de qualquer sistema sancionatório formal que imponha o seu acatamento, já em relação a outras normas, por tratarem de condutas que a sociedade entendeu não poderem ficar na dependência das vontades individuais, foram as mesmas proclamadas como imperativas, impondo-as a essas vontades, instituindo-se formas de garantir a sua não violação, e, ocorrendo esta, o sancionamento dessa conduta desviante.
Ao sistema formado por essas normas de conduta social, assistido de protecção coactiva, chama-se o Direito. Não parece que possa existir Direito sem esse elemento de coercibilidade, ou seja sem essa limitação da liberdade a que a frase em análise faz referência para a rejeitar.
E sem um sistema jurídico, sem Direito, também não creio que possa existir sociedade humana.

Do universal e sagrado significado da Vida, da Mãe e do Filho - Um Santo Natal

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Não, Obrigada!

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Revista de imprensa

Mensagem de Natal lembra “os que não nasceram”:
(...) D. Ilídio [Bispo de Viseu] lembra “os que não nasceram por causa de quem não quis e não deu autorização para que nascessem”, acrescentando que esses a quem foi negada a oportunidade “fazem tanta falta…”.
O Bispo de Viseu lamenta estas ausências tanto mais porque existiam lugares “à espera de quem não pôde nascer e tinha o direito de nascer, como eu, como tu, como cada um de nós”.

Reforços

Aí está o Norte pela Vida!

Decisão - Misericórdias têm de recusar IVG

24 hospitais sem aborto

Os 19 hospitais com serviço de cirurgia (chamados ‘hospitais de agudos’), pertencentes às Misericórdias, vão recusar-se a fazer a interrupção voluntária da gravidez (IVG), mesmo que o ‘sim’ saia vencedor no referendo ao aborto, marcado para o próximo dia 11 de Fevereiro.

Apesar de nem todos terem a especialidade de obstetrícia, a decisão de dizer “um não redondo ao aborto está tomada e é para o futuro”.

Fonte da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse ao Correio da Manhã que “as Misericórdias são organismos católicos e que devem obediência ao titular da diocese onde se inserirem”, pelo que os prelados entendem como “lógica” uma postura de recusa à prática do aborto nos seus hospitais.

Aliás, anteontem, o Conselho Permanente da CEP aprovou a criação de uma equipa de teólogos e juristas para fundamentar o funcionamento das Misericórdias e a sua relação com as dioceses.

Apesar de o texto não fazer referência ao aborto e apresentar como fundamento o facto de as Misericórdias possuírem um vasto património e serem, por isso, alvo de muitos interesses, os provedores não têm dúvidas de que, além de aspectos materiais, “a posição episcopal implica também matéria do foro ético”.

Em todo o caso, o mais provável é que os bispos, apesar da confiança que depositam nos provedores, lembrem, nas suas dioceses, quais são as orientações da Igreja nesta matéria.

“Nós não precisamos de nenhuma recomendação formal, porque sabemos bem em que pilares assenta o fundamento das Misericórdias”, disse ao CM Bento Morais, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde, proprietária de um dos 19 hospitais em causa. No entanto, o responsável admite que os bispos possam, “formal ou informalmente, lembrar que as Misericórdias têm valores fundamentais de que não se podem desviar um milímetro”.

Dos 51 hospitais propriedade de outras tantas Misericórdias portuguesas, 32 têm apenas serviço de cuidados continuados, mas 19 são ‘unidades de agudos’, ou seja, hospitais com serviço de cirurgia nas mais diversas especialidades.

O Hospital da Prelada, no Porto, o Hospital do Entroncamento, assim como os hospitais de Vila Verde, Riba d’Ave e Marco de Canaveses são alguns exemplos de ‘hospitais de agudos’ pertencentes às respectivas Misericórdias.

“Os médicos cirurgiões que aqui trabalham conhecem bem os nossos princípios e, mais do que isso, concordam com eles, pelo que só farão um aborto quando estiverem perante um caso de vida ou de morte”, disse ao CM Bento Morais.

Estes 19 hospitais juntam-se a outras cinco clínicas e hospitais privados que, segundo o ‘Expresso’, mesmo que o ‘sim’ saia vencedor no referendo, se vão recusar a fazer a IVG: Hospital da CUF, clínicas de Santo António e Todos-os-Santos, em Lisboa, Clínica da Boavista, no Porto, e Clínica de S. Lázaro, em Braga.

UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS VOTA PELO 'NÃO'

O assunto ainda não foi discutido desde que o Presidente da República marcou o referendo ao aborto para 11 de Fevereiro do próximo ano, mas é “mais do que certo” que a União das Misericórdias assumirá a posição clara de votar ‘não’ à pergunta a ser colocada aos portugueses. “Ainda não é certo que se realize uma Assembleia Geral para o efeito, já que, aquando do referendo de 1998, foi aprovada por unanimidade e aclamação uma moção a reprovar totalmente o aborto, moção essa que continua inteiramente válida”, disse ao CM Manuel Lemos, recentemente eleito para a presidência da União das Misericórdias Portuguesas, cargo em que veio substituir o carismático padre Vítor Melícias. De resto, a ligação à Igreja Católica impediria posição diferente desta.

ONDE FICAM

As 19 unidades de saúde propriedade das Misericórdias, que devem obediência às respectivas dioceses, estão espalhadas por todo o País, mas concentram-se sobretudo no Norte de Portugal, A opção pelo ‘não’ ao aborto justifica-se pela ligação à Igreja.

- Póvoa do Lanhoso

- Riba D’Ave (Guimarães)

- Vila Verde (Braga)

- Esposende

- Felgueiras

- Fão

- Vila do Conde

- Lousada

- Paços de Ferreira

- Marco de Canaveses

- Resende (Viseu)

- Prelada (Porto)

- Valpaços

- Mealhada

- Leiria

- Entroncamento

- Lisboa

- Évora

- Portimão

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Chamada de atenção

Observação de TIMSHEL, plena de oportunidade e bom senso:

Penso que seria importante que, à semelhança do pela vida, do ver para crer e do direito a viver, os blogues pelo "não" funcionassem em rede adoptando este método da lista (independentemente de diferenças ideológicas).


Atenção Portalegre

Hoje é o dia do lançamento do Movimento "Alentejo pelo Não", em Portalegre, às 21h00, no Auditório do Museu da Tapeçaria.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Um Santo Natal e até ao meu regresso

Josefa de Óbidos (1630 - 1684)
Adoração dos Pastores, 1669
Óleo sobre tela, 150 x 184 cm
Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa

DIVULGAÇÃO LITERÁRIA

Eu Abortei - Testemunhos Reais de Abortos Provocados
Autora: Sara Martin Garcia
Apresentação do Livro: Na sociedade actual, há um círculo de silêncio que limita qualquer possibilidade de compreensão do que significa um aborto provocado e de quais são as suas consequências dramáticas. A mensagem é clara: «Aborta, e ficas com o teu problema resolvido!». Mas estas palavras trazem consigo um vazio irreversível. Como afirma uma mulher que abortou: «Agora penso no meu bebé a cada instante [...] já não está cá, e eu estou vazia, completamente vazia». «Tudo quanto vivo deve-se à vida dum ser humano, mas sou incapaz de aceitar que a minha comodidade e a minha liberdade tenham esse preço», confessa um rapaz que ajudou a namorada a abortar. Este livro reúne uma série de testemunhos impressionantes de mulheres que abortaram e de outras pessoas que com elas pactuaram nessa decisão. São elas próprias quem nos dá conta da sua experiência e da forma como ela marcou as suas vidas. É a denúncia de uma realidade tremenda de que ninguém fala. Mas também um apelo à esperança. Eis a voz das vítimas.

Aborto - Uma Abordagem Serena
Autor: João César das Neves
Apresentação do Livro: Este livro pretende fazer uma abordagem serena do aborto e das questões incontornáveis que se levantam no debate sobre este tema. Segundo o seu autor, «este debate é o teste em que a nossa geração vai provar a sua dignidade e a sua elevação. A luta por uma sociedade digna e uma vida com sentido trava-se hoje neste campo. [...] O debate à volta da despenalização do aborto não é uma simples discussão política. Trata-se de um confronto civilizacional decisivo, em que se joga o futuro da nossa sociedade. O que está em causa não é a sorte de algumas pessoas, mas toda a nossa cultura, porque as posições que se digladiam são duas formas opostas de ver o humano». No debate sobre o aborto, sobrecarregado de opiniões nem sempre bem fundamentadas e esclarecidas e perpassado muitas vezes de extremismo e intolerância, faz falta uma exposição clara e lúcida como esta de João César das Neves, que não deixará ninguém indiferente.

Aborto - O Ponto de Vista da Bioética
Autor: Elio Sgreccia
Apresentação do Livro: O tema do aborto pode ser tratado sob diversas perspectivas: a histórica, a sociológica, a legal, a teológico-moral e canónica, a psicológica ou a cultural. O aspecto que Elio Sgreccia pretende considerar neste texto é o de carácter bioético – aquele que se funda nos resultados da biologia e da genética e avalia o aborto à luz da ética racional. Trata-se, por isso, de «examinar se o embrião humano é vida humana individualizada desde o primeiro momento da fecundação, ou se o não é; e, no caso de o ser, se existem circunstâncias em que se torna lícita, e eticamente aceitável, a supressão ou interrupção voluntária da gravidez».


[Demokrata]

Alentejo Pelo Não

Continua em marcha o Alentejo Pelo Não: Nicolau Breyner entrou para a equipa.

Aleluia, Aleluia!

Aborto: Igreja lança desdobrável:
A Conferência Episcopal vai editar um desdobrável a propósito do referendo ao aborto.
Segundo D. Carlos Azevedo, o desdobrável não pretende ser um instrumento de campanha, mas apenas um meio de explicar a todos os católicos, de forma clara e simples, os princípios que levam a Igreja a contestar a legalização da interrupção voluntária da gravidez.
“O desdobrável que estamos a preparar expõe as cinco razões que demos de modo mais didáctico para distribuir nas paróquias”, disse.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Outro em linha

Em defesa da vida, descobri mais um blogue: o Provocações.
Aqui fica, com os melhores cumprimentos para Ermesinde.

FELIZ NATAL


Amanhã terça-feira vou partir para umas pequenas férias. Mais que merecidas no meu entender uma vez que são as primeiras num espaço de oito anos.
Se no local para onde vou puder “ocupar” um computador ainda tentarei dar algumas notícias, mas como o mais certo é não o conseguir fazer, envio a todos vós e às respectivas famílias votos de um Santo Natal.

domingo, dezembro 17, 2006

Aborto? Não, Obrigado!

Tal como no referendo anterior, a sociedade portuguesa mobiliza-se para discutir a questão do aborto, rotulada de interrupção voluntária da gravidez para que, creio, todos percebam melhor. Uns, os que já nasceram, não têm problemas em ser a favor do “sim”, a favor de uma lei que sabem nunca os atingir. Os outros, os do “não”, onde me incluo, não querem para os outros o que não querem para eles. Ou seja, se eu tive direito à vida… todos os outros devem ter o mesmo direito.
A tudo isto acresce que defender o “sim” é a mais pura e paradigmática forma de cobardia. Ou seja, se a sociedade não consegue dar condições de vida (aos pais, mas sobretudo às mães), então mate-se quem não tem direito de defesa.
Noutro patamar, seria mais ou menos como a sociedade não ter capacidade para combater o roubo de carros e, para resolver a questão, decidisse legalizar essa actividade, descriminalizando os autores.
Eu sei que, para muitos socialistas, sociais-democratas, comunistas e afins é mais fácil dizer a uma mãe que pode e deve abortar do que lhe dar condições de dignidade que lhe permitam criar o filho. Para mim isso é cobardia e aceitação da falência de uma sociedade solidária e digna.
Por isso: Aborto? Não, Obrigado!

(ORLANDO CASTRO)

sábado, dezembro 16, 2006

Cinco clínicas privadas recusam fazer abortos, diz jornal

Das 21 maiores instituições de saúde privadas com serviço de obstetrícia, cinco recusar-se-ão a fazer abortos, mesmo que os portugueses votem pela despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) no referendo de 11 de Fevereiro.
Segundo apurou o Expresso, são elas os Hospitais Cuf, a Clínica de Santo António, em Lisboa, a Casa de Saúde da Boavista, no Porto, a Clínica de São Lázaro, em Braga, e a Clínica de Todos-os-Santos, em Lisboa
.

A esmagadora maioria das clínicas que se recusam a praticar o aborto alegam «questões de ordem ética e deontológica», manifestando desejo de que não querer «transformar a IVG num mero método contraceptivo».

Na maior parte das clínicas foram os próprios conselhos de administração que tomaram a decisão, a dois meses da consulta popular, refere o jornal, na sua edição de sábado.

Mas, de acordo com o Expresso, também existem casos, como o da Clínica de São Lázaro, em que os obstetras de serviço votaram por unanimidade contra as práticas abortivas.

Das 21 clínicas visitadas, só Hospital SAMS, em Lisboa, o Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa e a Clínica Particular de Barcelos garantiram que agirão «em conformidade com a lei». As restantes instituições preferiram não se manifestar.

FONTE

Jovens dizem que "Não" ao aborto

Movimento "Diz que não" apresenta-se. Para esclarecer a população jovem portuguesa quanto à interrupção da gravidez.

São um grupo cívico, de jovens até aos 30 anos, denominado cívico "Diz que não" ao aborto. O objectivo é demonstrar junto de pessoas nesta faixa etária que "o aborto não é uma solução para a mulher", salienta Catarina Almeida, 21 anos, uma das porta-vozes.

O esclarecimento sobre a controvérsia em torno de "qual o prazo de uma vida e quem a pode definir" será uma das acções que vão realizar. Para isso terão brigadas vocacionadas para acções de rua, além dos debates.

O movimento conta já com a participação activa de cem elementos, maioritariamente de Lisboa, além dos contactos que estão a desenvolver com jovens de outros pontos do país.



Lucília Oliveira | FÁTIMA MISSIONÁRIA

Médicos e Enfermeiros - Podem fazer campanha?

Acerca desta problemática, da qual nunca tinha pensado, escreveu o meu camarada e amigo Carlos Branco. Concordando ou não com o que diz, são feitas perguntas bastante pretinentes e penso que pode ser lançada uma discução para a praça pública.

Passa-se algo de estranho em todo este início de pré campanha para a despenalização da IVG. Lanço daqui uma dúvida que se me põe: será legítimo que médicos e enfermeiros se constituam em associações pró-aborto? Não serão uma boa parte desses mesmos médicos e enfermeiros a ver engordar as suas contas bancárias no caso de a lei ser alterada? Será que uma boa parte desses médicos e enfermeiros faz esta campanha já a pensar nos dividendos que virá a obter e se servirá dessa mesma campanha para se darem a conhecer a futuras clientes? Publicidade gratuíta num meio que é caríssimo e eficiente como é a televisão? Tenham um pouco de vergonha, por favor. Penso que médicos e enfermeiros são parte interessada neste processo e deveriam pura e simplesmente ser proibidos de participar activamente na campanha que aí vem. Penso igualmente que a Ordem dos Médicos e a Ordem dos Enfermeiros deveriam pedir ao Ministério Público uma providência cautelar que impedisse que os profissionais de saúde participassem na campanha do referendo...
Carlos Branco
Nogueira da Regedoura
carlosrbranco@sapo.pt

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Palavras Sábias e Santas

O aborto e a eutanásia são, portanto, crimes que nenhuma lei humana pode pretender legitimar. Leis desse tipo não só não criam obrigação alguma para a consciência, como, ao contrário, geram uma grave e precisa obrigação de opor-se a elas através da objecção de consciência. No caso de uma lei intrinsecamente injusta, como aquela que admite o aborto e a eutanásia, nunca é lícito conformar-se com ela, nem participar numa campanha de opinião a favor de uma lei de tal natureza, nem dar-lhe a aprovação do próprio voto.
João Paulo II, Evangelium Vitae.

Mente sinistra

Certos discursos argumentativos devem ser expostos em toda a sua pujança, para que cada um tire as suas conclusões pela sua própria cabeça. Assim o faz Jorge Ferreira, no Blogue do Não.

Campanha sinistra

Uma notável análise (des)construtivista — afinal, é de p(r)ós-soviéticos que se trata — de um outdoor abortista dos bloqueados de esquerda, por Pedro Picoito, no Blogue do Não.

E VENHA MAIS UM...

O segundo outdoor da plataforma Não Obrigada

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Notas sobre um Estudo

Hoje saiu mais uma daquelas excelentes sondagens sobre os dramas do aborto. Nos telejornais houve direito a gráficos e imagens de clínicas de obstetrícia, mas infelizmente não se enfatizou uma das conclusões mais interessantes do Estudo.
Para além de muitos números, ficámos a saber pelo dito que a segunda causa de internamento das mulheres que abortam é o tratamento psiquiátrico.

Para quem venha dizer que a culpa é da “repressão social” só há duas soluções e nenhuma delas é possível numa sociedade politicamente neutra. A primeira é proibir a existência de tais discriminações, o que é claramente apanágio de uma sociedade totalitária. A segunda é proibir o aborto.
Para isso é preciso que a comunidade política queira Bem aos seus membros...
mas essa é palavra proibida.

Kit "Vidas com Vida"

Quer saber que ajudas há, em Portugal, para uma mãe grávida em dificuldades?
Quer saber o que pode fazer para a causa de ajuda às mães e seus bebés?
Quer saber como defender as suas ideias sobre o valor da vida humana? E como aprofundar estas questões?
Quer saber mais sobre o trauma pós aborto? E como ajudar as mulheres que o fizeram? E ajudar a evitar que outras caem nesse engano?
Quer saber como fundamentar e em quê a sua argumentação contra o aborto? E ajudar a que as mulheres encontrem alternativas para levarem avante a gravidez?
Quer saber que documentos e material multimedia pode usar para animar um encontro de sensibilização e informação? E como prepará-lo?
Quer saber como unir-se à corrente de oração pela vida?
Quer ser voluntário nas obras pela Vida? Ou contribuir com um donativo?
Quer saber mais sobre o Kit “Vidas com Vida!”?

Então clique aqui.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Falsidades em torno da questão do aborto

Um artigo de João Titta Maurício

É falsa a afirmação daqueles que dizem que o Estado deve ser moralmente neutro e que a não aprovação das leis de liberalização do aborto são uma imposição de uma moral particular sobre a sociedade.
Não relevemos a inexactidão da afirmação de que o Estado deve ser neutro nas escolhas morais, pois nada parece ser tão óbvio quanto o facto de, quando opta por punir ou não punir um facto, o Estado faz uma escolha moral. A decisão de liberalizar o aborto (e até propor-se pagá-lo) jamais poderá ser classificado como um comportamento neutro do Estado. Por isso, não só é falso que o Estado seja capaz de neutralidade (nem sequer que o deva procurar ser) como é falso que a aprovação da liberalização do aborto seja a exigência para se alcançar um Estado moralmente neutro.
É falso que a liberalização do aborto seja uma proposta amoral. Basta de imoralismos mascarados de amoralismos. O seu propósito é falsificar os dados, procurando diminuir a carga de repugnância que as propostas abortistas de imediato suscitariam se fossem expostas sem que se acobertassem com esse manto de (aparente) neutralidade valorativa. De que serve afirmarem “eu não sou a favor do aborto, mas...” se no final defendem legitimar o poder de se fazer aquilo que (aparentemente) condenam? Não podem ser contra o aborto e defender a sua liberalização irrestrita. Podem ser adeptos de uma moral alternativa e afirmá-lo… não podem é apresentar-se como portadores de uma (suposta) “não moral”. Porque isso é falso, é insidioso, é enganador!
Todavia, a questão principal está na defesa da Vida. E nisso as propostas dos abortistas são claras: perante a moral presente que exige a preocupação da defesa do “outro” (principalmente do outro mais “fraco”), os defensores da liberalização do aborto colocam a tónica na defesa da vontade de um ser humano sobre a vida de outro, numa evidente renuncia ao altruísmo, uma capitulação em favor do egoísmo. Afirmar que «os cidadãos devem ser livres de agir de acordo com as suas consciências enquanto a actuação não fizer diminuir a liberdade de outros cidadãos» é uma inominável impostura, pois ao colocar “cidadãos” depois de “outros” é transformar um substantivo num adjectivo, e é excluir dos direitos todos aqueles que não são cidadãos. O mesmo fizeram os esclavagistas que, ao recusarem o carácter humano a todos, mais não faziam do que, “coisificando” o ser humano, torciam a realidade para obterem a ilusão de um ganho na argumentação.
Por outro lado, defender que o Estado deve estar à margem deste julgamento é esquecer que o Estado existe exactamente para isso: para colocar todo o seu poder, toda a sua capacidade na defesa dos mais fracos, Principalmente quando ainda não têm voz própria.
Finalmente, pretender excluir da discussão do aborto a questão do momento em que surge a vida humana é procurar ganhar na secretaria (com o apoio activo nas secretárias daqueles que manipulam nos media) aquilo que a ciência tem demonstrado em desabono das teses dos abortistas. Afastar desta matéria a questão do início da vida é manipular a discussão, pois é essencial que se diga que há vida desde a concepção: que não há evidências científicas ou médicas que digam outra coisa (bem pelo contrário); que, sabendo-se que há vida humana a nascer dentro da mulher grávida, consagrar-se o aborto é permitir-se que um ser humano possa, impune e irrestritamente, decidir sobre o destino de outra Vida humana. Porque a proposta submetida a referendo, a ser aprovada, concederia à mulher, pelo menos até às 10 semanas (por enquanto), um ilimitado e um incondicionado poder para, “porque sim”, eliminar uma Vida humana que nasce dentro dela, que é mais do que ela, que vive para além dela. Até na pena de morte se busca, pelo menos, uma aparência de justiça e aquela só é aplicada com uma fundamentação assente em motivos graves e sérios…
Em Portugal, na actual legislação, sobre o aborto, conjugam-se exigências de tempo com motivações éticas ou médicas sérias e (nalguma medida) atendíveis. Requere-se que, tão grave decisão, seja precedida e sustentada por razões minimamente atendíveis. É este o modelo que os países que optaram pelo aborto irrestrito agora se propõem adoptar. Numa coisa Portugal serve de modelo menos mau. Também nisto os abortistas estão tão equivocados e iludidos (e ainda não reparam que as suas propostas já só são defendidas por minorias radicais): apresentam como modernas e evoluídas soluções que já nem são compatíveis com o estado de conhecimento médico e científico de que desfrutamos, nem tão-pouco com as necessidades demográficas que enfrentamos.
Procurar iludir a discussão do aborto não permitindo que se aborde o tema central do começo da Vida seria o mesmo que pretender punir o homicídio e não aceitar discutir como e quando se qualifica a morte.
Procurar defender a não criminalização do aborto e não discutir os factos estatísticos das consequências quanto ao aumento do número de abortos realizados (todos os dados disponíveis inquestionavelmente apontam nesse sentido) é procurar esconder informação que deveria estar à disposição dos eleitores. Porque deveriam saber que, em França, antes da liberalização, os abortistas apresentavam números assustadores: entre 300.000 a 2.500.00 abortos/ano. Todavia, segundo se apurou mais tarde num estudo conduzido pelo Institut National d’Études Démographiques esse número era, de facto, entre 50.000 a 60.000. Hoje ronda os 200.000. Por outro lado, num estudo conduzido nos EUA «72% das mulheres interrogadas afirmaram categoricamente que se o aborto fosse ilegal nunca o teriam feito; 24% exprimiram dúvidas sobre se o teriam feito ou não; e apenas 4% afirmaram que o teriam feito ainda que o aborto fosse ilegal». E 40% são abortos repetidos. Estamos estatisticamente esclarecidos quanto às consequências da liberalização do aborto: este aumenta e passa a ser usado como mais um método anti-concepcional.
Mais, em Portugal, temos menos gravidezes adolescentes do que o Canadá, os EUA ou a Nova Zelândia (onde o aborto é legal). Além disso, 3/4 das gravidezes em adolescentes são de maiores de 17 anos, e a maioria dos casos abaixo desta idade são de jovens cm vida marital por opção, do interior do país, e de etnias cigana, guineense e cabo-verdiana, que não desejam abortar mesmo que o aborto fosse legal». É sintomático que neste referendo os defensores do sim usem e abusem recusar discutir dados estatísticos e fundamentos éticos e científicos. Preferem explorar o medo, a dor de algumas mulheres e homens, oferecendo-lhes um alívio fácil, ainda que incorrecto, para as suas consciências. Ao fazerem isso, os defensores do aborto demonstram, uma vez mais, a sua pouca percepção e respeito sobre a dor das mulheres. Que, assim, uma vez mais, são usadas e abusadas com propósitos partidários.
Os defensores do NÃO, querem ajudar as mulheres a dar à luz os filhos que julgam não poder ter.
Os defensores do NÃO, querem ajudar a proteger as mulheres da dor de abortar que nenhuma lei consegue aliviar. Os defensores do NÃO, rejeitando um modelo de egoísmo e facilitismo, querem continuar a viver num Estado que tem leis que protegem os mais fracos.
A questão do aborto não se resolve pelo clássico antagonismo direita/esquerda; não é sequer um assunto de morais concorrentes; nem tampouco uma tese do foro religioso. É coisa bem mais simples: é puro Bom Senso, pura Razão, pura Verdade!

Ver para crer

Mais outro blogue que se alistou: Ver Para Crer.

Alentejo Pelo Não

Nasceu o movimento "Alentejo Pela Vida".

Comunicado Juntos Pela Vida

1. A Associação Juntos pela Vida pretende associar-se publicamente à manifestação de indignação da APFN face às notícias de utilização abusiva da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) por membros dos grupos pro- liberalização do aborto em Portugal.
2. Após o anúncio do referendo pelo Senhor Presidente da República os defensores de cada uma das possíveis respostas ao referendo podem e devem fazer campanha de informação mas não devem, nem podem fazer actos de campanha utilizando espaços públicos e omitindo o seu envolvimento na campanha em curso. Infelizmente este comportamento não é novo.
3. Em 1998 a Associação para o Planeamento da Família lançou para o ar a estimativa de 20 mil abortos por ano. Veio-se depois a verificar que o número não tinha qualquer fundamento, mas, não obstante, foi usado durante toda a campanha.
4. Também em 1998 os defensores do aborto publicitaram um estudo científico que, diziam, afirmava a existência de 190 mil abortos/ano em Portugal. Essas notícias foram desmentidas pela própria autora do estudo, a Prof. Maria Teresa Tomé.
http://www.juntospelavida.org/carta-pub2.html
5. Em 2006 a APF, no âmbito da sua condição de líder da rede para a promoção da legalização do aborto em Portugal, entra na campanha da mesma forma juntando-se agora à sua mentora Planned Parenthood na Maternidade Alfredo da Costa para lançar um novo número de abortos ilegais.
6. A Associação Juntos pela Vida pretende, por isso, fazer chegar ao Sr. Ministro da Saúde e à Comissão Nacional de Eleições, um protesto veemente pela utilização abusiva de instituições governamentais para fazer acções de campanha a favor do SIM, tentando explorar o nome da MAC para prestigiar e dar credibilidade a um texto de campanha.
7. A Associação Juntos pela Vida aproveita ainda o facto de a APF ter trazido a Portugal uma pessoa ligada à maior rede comercial privada de clínicas de aborto do mundo, responsável apenas nos EUA por mais de 200 mil abortos por ano, para que ela possa esclarecer os portugueses sobre a verdadeira realidade do aborto nos países onde a prática foi liberalizada:
a) Quando os defensores do SIM dizem que a mulher só aborta por razões muito graves, a Dr.ª Upekade Silva deve mostrar-lhes o relatório recente da Planned Parenthood onde se mostra que 40% dos abortos nos EUA são feitos porque a mulher não se sente preparada ou acha que a criança ia alterar a sua vida.
b) Quando os defensores do SIM dizem que as 10 semanas permitem resolver o problema das mulheres com gravidezes indesejadas, a Dr.ª Upekade Silva deve informá-los que todos os anos são feitos nos EUA mais de 250 mil abortos depois das 12 semanas; deve também dizer que 70% das mulheres que abortaram depois das 16 semanas o fizeram porque só aos 4 meses perceberam que estavam grávidas.
c) Quando os defensores do SIM dizem que o aborto legal é seguro, a Dr.ª Upekade Silva deveria informá-los que nos EUA todos os anos morrem muitas mulheres por aborto legal. A Dr.ª Upekade Silva deveria dizer também que os médicos que fazem abortos não são bem vistos e que, por isso, só vão trabalhar no aborto os mais ineptos e incompetentes dos médicos.
d) Quando os defensores do SIM dizem que haverá muitos médicos dispostos a fazer abortos a Dr.ª Upekade Silva deveria informá-los do, assim denominado pela Planned Parenthood, efeito “greying” dos abortadores americanos. Onde estão novos médicos a querer entrar no negócio do aborto? Aparentemente já só restam os abortadores que avançaram em 1973 e que estão agora bem acima dos 70 anos de idade?
e) Os abortadores americanos estão a morrer, das 2000 clínicas que havia há poucos anos restam agora 700 e uma das líderes da Planned Parenthood reconheceu publicamente que o aborto livre nos EUA tem os dias contados.
f) Deve ainda referir as inúmeras consequências nefastas, quer físicas quer psíquicas, que um aborto provoca na mulher, a curto ou a longo prazo e que têm vindo a ser cada vez mais constatadas nos EUA.
8. Porque não nos fala a Dr.ª Upekade Silva dessa realidade toda que tão bem conhece? Porque deixa os seus representantes em Portugal fazer afirmações que sabe serem totalmente falsas? Será porque a Planned Parenthood quer compensar as perdas nos EUA abrindo clínicas em Portugal?
9. Somos a favor do debate vivo e intenso mas franco e aberto. É por isso que somos pela vida, por todas as vidas! Apelamos aos nossos adversários nesta campanha que não utilizem subterfúgios e que digam sempre toda a verdade, porque as Portuguesas e os Portugueses têm direito a saber!

Juntos Pela Vida

10 Razões para votar pela vida

Uma síntese da MISSÃO VIDA:

A questão do aborto é um problema civilizacional da sociedade, que provoca a consciência de cada um.
A vida tem início no instante da concepção e terá continuidade, desde esse primeiro momento, se ao óvulo fecundado pelo espermatozóide não forem retiradas condições de desenvolvimento. Se não houver nenhuma interrupção no processo de desenvolvimento, há apenas fases de uma mesma vida, inicialmente passada no ventre materno.
Pode-se discutir o problema do aborto filosófica ou politicamente mas não em termos biológicos – da vida - pois um aborto traduz-se sempre na morte de um ser vivo humano. A criança depende de outro, a mãe, mas não é pertença de ninguém. A criança é um ser com dignidade e individualidade próprias. De facto, todo o problema do aborto está centrado na existência de um ser humano que tem existência própria, mas depende durante os meses de gestação inteiramente de outro, a mãe. A actual cultura maximiza direitos para a mãe, tentando ignorar que o problema do aborto se refere aos Direitos de cada criança gerada.
Passamos pois a enumerar os argumentos a favor da vida:

1 - A vida existe desde o momento da concepção
Alguns defensores do Aborto argumentam que só após o nascimento é que a Lei prevê que um ser Humano passe a ter Direitos próprios. O nascimento marca uma separação e autonomização da criança em relação à mãe, que é reconhecida com a concessão de direitos próprios, mas não é o nascimento que faculta todos os direitos a um ser humano. Durante as diferentes fases da vida temos um desenvolvimento pessoal e um envolvimento social que nos facultam diferentes direitos. Por exemplo, só há direito de voto a partir de certa idade, também protecções sociais como as pensões de reforma dependem da idade, ou seja o nascimento não confere a plena posse de todos os direitos. Dado que a vida existe desde a concepção o direito à vida deve ser inerente ao seu início e não a um momento posterior de autonomização em relação à mãe – o nascimento.
2 - A criança, em qualquer fase do seu desenvolvimento – dentro ou fora do útero materno – é um ser distinto da mãe
Durante a gravidez o feto depende biologicamente da Mãe para sobreviver e poder nascer. É, no entanto, um Ser Humano distinto da mãe, pelo que deve ter direitos próprios, nomeadamente o direito à Vida, independentes dos direitos da mãe. Durante toda a vida o ser humano tem diferentes graus de autonomia, mas tem sempre alguma dependência de outros seres humanos, já que o ser humano só existe em sociedade, portanto em interdependência. É nesta dependência mútua que nos organizamos como sociedades e que nos concedamos reciprocamente direitos. Não é por estarmos interdependentes que perdemos esses mesmos direitos.
3 -O Estado deve defender a vida e tomar medidas para evitar os abortos
O Estado tem a obrigação de usar os meios de que dispõe, entre os quais os jurídicos, para evitar os abortos. O Estado está obrigado a favorecer a vida das pessoas e a sua dignidade, contribuindo para a resolução dos problemas sociais que se encontram no fundo da decisão de abortar, sem nunca renunciar a proteger, com todos os meios ao seu alcance, valores como a vida humana. Um dos fundamentos para a existência de Leis e do próprio Estado é o de que não deve prevalecer na sociedade a ‘lei do mais forte’, isto é cabe ao Estado, através das leis e de outros meios como as políticas sociais, a garantia de Direitos – neste caso o Direito à Vida – de todos os seus membros, especialmente os mais desprotegidos, como é o caso da criança em gestação.
4 - As decisões sobre a Vida não são referendáveis nem podem ser deixadas à mercê de decisões políticas
Não é legítimo que um Estado endosse a decisão sobre a vida de inocentes e indefesos à pluralidade do voto dos seus cidadãos, muitas vezes decidido por motivos egoístas, ou por cálculos eleitorais e arranjos de política partidária, como assistimos actualmente. O direito à Vida deve fazer parte dos Direitos fundamentais da Constituição, sem estar sujeito a constantes votações e referendos. Não sendo assim, não estamos livres de a qualquer momento o Estado decida sobre a vida ou morte de deficientes, idosos, improdutivos ou doentes.
5 - A criminalização do aborto justifica-se simultaneamente pela condenação de um acto perverso e pela necessidade de defender os direitos da criança indefesa
Por princípio a condenação por um crime não é fruto da perversidade de uma lei, é fruto da perversidade de uma actuação que infringe a lei. Assim, a lei deve prever condenações para todos os actos que atentem contra a vida humana, como seja o aborto. A lei, ao estabelecer prazos para a prática de abortos está a admitir que até se completarem esses prazos o ser humano é executável. Ora, desde o momento em que se dá a fecundação passa a existir um novo ser humano, com património genético único, diferente de todos os que restantes seres humanos, cuja vida tem, desde esse instante, direito a ser respeitada e protegida, pois o desenvolvimento humano é contínuo e sem mudanças qualitativas na sua dignidade.
6 - A "remoção" das leis punitivas sobre quem comete abortos não "remove" a perversidade dos actos – o aborto em si
A prática de abortos provocados existe apesar das leis o impedirem, o que não justifica que se coadune a lei à prática por uma minoria. De facto todos os crimes existem (e afortunadamente também praticados por minorias), havendo leis que os punem. As leis existem, entre outras razões, por uma necessidade de combater actos considerados criminosos. Não é por remover a lei que se remove a perversidade dos actos.
7 - As leis que punem quem comete abortos visam proteger as vítimas do aborto – as crianças
O objectivo dos defensores do direito à vida não é enviar mulheres para a prisão, é acabar com o aborto. No entanto, quando se faz uma lei, deve-se ter em conta o que é legítimo, não a conveniência de quem infringe essa lei.
8- Despenalizar o aborto não acaba com a prática dos abortos
Despenalizar o aborto não ajuda ao seu desaparecimento, antes aumentando o seu número; o efeito multiplicador da despenalização deve-se ao facto de alguma opinião pública associar um acto lícito com um acto moralmente correcto. Num estudo realizado nos EUA, 72% das mulheres que abortaram afirmaram que não o teriam feito se o aborto fosse ilegal. Para além disso, todos os estudos indicam que depois de legalização o aborto clandestino não diminui de forma significativa.
Em muitos países onde o aborto é legal, este é, de longe, a maior causa de morte dos seres humanos. Em Espanha, por exemplo, o aborto provocado é a maior causa de morte, e já ultrapassou o cancro e as doenças cardiovasculares. Naturalmente se o Estado remove uma das protecções, neste caso a jurídica, aos seus membros passa a prevalecer a ‘Lei do mais forte’ que neste caso são os adultos e os seus interesses imediatos. Aberto o precedente com a legalização do aborto até um dado prazo e em determinadas circunstâncias, deixam de existir argumentos para não ir ampliando esse prazo e essas circunstâncias. O número de mulheres que morrem e sofrem das complicações que resultam de um aborto legal excede em muito o número daquelas que sofreriam se o aborto permanecesse ilegal, uma vez que a legalização do aborto expôs mais mulheres aos seus riscos inerentes.
9 - As razões sociais que são apresentadas como justificações dos abortos devem ser avaliadas e resolvidas, mas não justificam a sua despenalização
As razões sociais invocadas para a despenalização do aborto devem ser devidamente avaliadas. Se há situações em que verdadeiramente é difícil para uma mãe criar uma criança, então devem ser criados os mecanismos de protecção social para esses casos, sejam estatais ou apoiando ONGs. Ainda assim não devem os argumentos sociais funcionar como desculpabilização para o egoísmo ou dificuldades dos pais. Existe actualmente um problema demográfico em Portugal e na Europa, devido à baixa taxa de natalidade e ao envelhecimento da população, criando problemas sociais e económicos graves de sustentabilidade de reformas e apoio à terceira idade. Também por isto não faz sentido facilitar a eliminação das gerações que ajudarão a resolver esse problema. Cada criança que nasce não é um problema social, já que actualmente as sociedades ocidentais têm como problema económico e social grave a falta de nascimentos.
10 - O estado não deve pagar os abortos com o dinheiro dos contribuintes
As contribuições dos cidadãos para o Estado destinam-se a apoiar o bem comum e os mais desfavorecidos. O aborto provocado prejudica o mais desfavorecido, a criança, e não favorece nenhum bem comum – favorece a cultura do desrespeito pela vida e uma cultura de morte – e também como já vimos antes, o País necessita de mais nascimentos. Trata-se de financiar a execução sumária de seres humanos inocentes – actos em que a maioria dos contribuintes não gostaria de se ver envolvido.

870

Um artigo de José Diogo Ferreira Martins, cardiologista pediátrico, publicado no "Público":

A"questão do aborto" em Portugal é uma história já adulta. Há mais de 20 anos, quando alguns dos actuais eleitores não eram sequer nascidos, a discussão centrava-se à volta do início da vida humana. Por um lado, os pró-vida argumentavam que esta começava no princípio, na concepção. Por outro lado, os pró-escolha defendiam que ninguém sabia quando começava a vida humana, e um "conjunto de células" nas primeiras semanas de gravidez não o era certamente. Os dados científicos eram escassos e havia um grande desconhecimento sobre o desenvolvimento do feto. Há oito anos o primeiro referendo sobre a IVG (interrupção voluntária da gravidez em PPC, português politicamente correcto) mostrou uma clivagem entre a opinião pública e a publicada: teve uma abstenção superior a 70 por cento e o "não" ganhou. Nos últimos oito anos assistimos a várias tentativas de colocar a questão do aborto na agenda política. O "flagelo do aborto clandestino" foi considerado argumento principal, apesar de os escassos e incompletos dados oficiais mostrarem um número reduzido de internamentos por complicações de aborto fora do quadro legal (1426 internamentos em 2004, 89 por cento por aborto incompleto ou retido, apenas 56 infecções e ausência de mortalidade; dados da Direcção-Geral de Saúde). Foi-nos repetidamente perguntado se queríamos "mandar as mulheres para a prisão". Contudo, as poucas mulheres julgadas até hoje tinham todas abortado com mais de dez semanas de gravidez e daí não resultaram penas de prisão. A eventual legalização do aborto até às dez semanas "por opção da mulher" criminaliza-o a partir das dez semanas e um dia, pelo que estas questões da humilhação, julgamento e eventual condenação se mantêm a partir daí.A mãe deve ser compreendida e ajudada, mas não podemos desviar a nossa atenção da outra vida em questão, a do feto, que, por ser frágil e indefesa, depende da nossa protecção. Porque actualmente, passados mais de 20 anos, já não pode ser dito que o feto não é vida, pois a ciência mostrou-o de um modo claro e comovente. Pode causar surpresa a alguns, mas é hoje consensual entre a comunidade científica que, às dez semanas (para aplicar o limite arbitrariamente proposto pelo actual referendo), o tal "conjunto de células" se encontra organizado de um modo que é impossível não ser reconhecido como um ser humano.Avanços recentes na cardiologia fetal mostram que o desenvolvimento do coração ocorre entre as três e as seis semanas de gestação, e que por volta do 20.º dia este já bate. Entre a 8.ª e a 9.ª semana, o coração está formado com as estruturas cardíacas, ocupando já as posições e realizando as suas funções definitivas. Às dez semanas, o coração do feto assemelha-se muito ao coração adulto, quer externa, quer internamente. As mais delicadas estruturas cardíacas, como os milimétricos folhetos da válvula aórtica, estão formadas e vão continuar a sua maturação e diferenciação. Às dez semanas, a função circulatória está estabelecida e só vai alterar-se após o bebé nascer, com a adaptação à respiração. O coração bate com regularidade e variabilidade, e a complexidade das funções sistólica e diastólica é comparável à dos adultos. Sem estigmatizar as grávidas, antes acolhendo-as e aos seus bebés, é nosso dever como profissionais de saúde tornar as "barrigas transparentes", de modo a ajudar os portugueses a compreender que lá dentro está uma pessoa, que, se tiver dez semanas de gestação, tem um coração que bateu 870 vezes durante a leitura deste artigo.

A situação do aborto em Portugal

1. A Associação para o Planeamento da Família (APF) irá apresentar amanhã, dia 13 de Dezembro de 2006, na Maternidade Alfredo da Costa um estudo denominado "A Situação do Aborto em Portugal: Práticas, Contextos e Problemas".

2. A APFN recorda que já em 1998 a APF foi a entidade responsável por outro auto-intitulado "estudo" onde se afirmava que havia 20 mil abortos clandestinos em Portugal (ver artigo publicado por Duarte Vilar, Director Executivo da APF, após o referendo de 1998 no site da IPPF – International Planned Parenthood Federation), números sem qualquer fundamento e baseados exclusivamente em estimativas, que levaram os próprios defensores da liberalização do aborto a reconhecer que não havia nenhum estudo credível e a pedir a realização de um estudo nacional promovido pelo Parlamento.

3. Os dados oficiais mais recentes indicam que, em 2004, foram realizados 1426 internamentos em hospital por aborto clandestino, das quais 1272 devidas a aborto incompleto ou retido, 98 sem registo e 56 na sequência de complicações de saúde. Durante esse ano não houve nenhuma morte registada (dados da Direcção Geral de Saúde de 2004 em anexo).

4 . A APFN recorda que, de acordo com Duarte Vilar, a APF é uma das entidades que lidera a campanha para a liberalização total do aborto em Portugal: «Não obstante o resultado do referendo, o qual adiou efectivamente a possibilidade de aborto legal em Portugal por mais algum tempo, a APF continua a liderar a rede a favor do aborto legal e seguro e estamos a planear novas iniciativas e estratégias com vista a encorajar um novo debate parlamentar e a manter vivo o tema do aborto.» (tradução nossa; ver artigo atrás citado.

5 . Ainda segundo Duarte Vilar, membro do Movimento de Cidadania e Responsabilidade, que defende o SIM no próximo referendo ao aborto, todas as "melhorias" nesta matéria dependem da actividade da APF: «Apesar da real e dura derrota de Junho, a situação em Portugal no que respeita a direitos sexuais e reprodutivos pode melhorar. Todavia, qualquer progresso nesta matéria dependerá da influência e das iniciativas da APF no sentido de manter o momentum criado pelo referendo (...)».

6. A APFN recorda também que a Dr.ª Upekade Silva vem representar a Planned Parenthood, a entidade que em 1966 lançou a APF como sua filial portuguesa e que, por exemplo nos EUA, tem a maior rede de clínicas privadas de aborto. De acordo com um relatório divulgado publicamente e incontestado, essas clínicas realizaram mais de 3 milhões de abortos num espaço de 24 anos.

7. A APFN apela a todos os estudiosos da matéria, entidades oficiais e governamentais pertinentes, organizações cívicas e jornalistas que exijam a publicitação cabal e completa do estudo no que se refere a planeamento, técnica, métodos e resultados, por forma a que o trabalho possa ser com rigor verificado por terceiros independentes.

8. Por último, a APFN manifesta a sua profunda indignação pelo facto desta acção sobre o aborto organizada por partidários do “Sim” se realizar na Maternidade Alfredo da Costa, precisamente uma das mais prestigiadas e conceituadas maternidades portuguesas. Nestes termos, a APFN apresentará uma queixa junto do Ministério da Saúde, com o fundamento na utilização da Maternidade para este fim, amanhã, dia 13, pelas 12:30.

12 de Dezembro de 2006


APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

Rua 3A à Urbanização da Ameixoeira
Área 3, Lote 1, Loja A
1750-084 Lisboa

Tel: 217 552 603- 917 219 197

Fax: 217 552 604

terça-feira, dezembro 12, 2006

Minho Com Vida


Vinda do norte do país, aí está mais uma associação cívica pronta a dizer presente em defesa da Vida e cujo aparecimento vivamente se saúda: é a "Minho com Vida", que leva a cabo de momento uma campanha de recolha das 5000 assinaturas necessárias para que possa participar na campanha do próximo referendo à legalização total do aborto a pedido até às dez semanas.

Apresentação do movimento cívico: "Liberalização do Aborto? Não!"

Desculpem a qualidade da image, mas o telemovél não é topo de gama!

Decorreu no auditório do IPJ em Aveiro, hoje, dia 12 de Dezembro, a apresentação pública do movimento cívico: "Liberalização do Aborto? Não!". Começou por volta das 17:40 e durou cerca de uma hora.
Fica aqui no Blog Pela Vida um breve relato do que se passou.

Enquanto iam chegando os interessados, eram projectados videos norte-americanos que apelavam à escolha pela vida. Vinham de um país onde em certos estados o aborto é premitido até aos novo meses. Não apelavam ao voto, mas à escola pela vida.

Já passava da hora maracada quando se faziam os ultimos preparativos e se vislumbrava a comunicação social presente. Para além da regional, estava lá uma equipa de reportagem da SIC.

A pouco e pouco o auditório foi ficando cheio e a espera demorada. Com 10 minutos de atraso lá começou a apresentação. Começou-se por descrever o painel que iria apresentar com o movimento através das suas intrevenções.

Intervieram: Madalena Cardoso e Costa, que leu o manifesto do movimento; Amandio Albuqueruqe, Médico e presidente da APAV Aveiro, que discursou sobre a sua experiência de vida; Telma Rocha, Advogada, que fez o enquadramento legal da questão do aborto; Vasco Lagarto, investigador de telecomunicações, que falou como cristão e como ser humano; Marilia Rua, enfermeira e professora universitária que evidenciou a falta de soluções decorrentes da liberalização do aborto; Manuel Carvalho e Silva, professor universitário, mais um testemunho de vida; e Filomena Ramos Pereira, obstetra, que enquadrou biologicamente o embrião.

Relances

Outro blogue no bom combate: Relances, de Cláudio Anaia.
E mais um sítio que não conhecia: VIDA, de Miguel Castel-Branco e João Guerreiro.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

OS PREÇOS DO ABORTO

Para a população de Aveiro

Em www.terranova.pt (clicar para ver melhor)

Realiza-se exta Terça-Feira, dia 12 de Dezembro, a apresentação do movimento cívico "Liberalizar o Aborto? Não!", no Auditório do IPJ, na rua das Pombas, junto ao antigo estádio Mário Duarte. Trata-se de um movimento apartidário e transconfessional. A sessão começará às 17:30.

Também está a realizar-se uma recolha de assinaturas para a legalização do movimento como parte no referendo, de acordo com a lei do referendo. Para além da assinatura, apenas é preciso o número do BI. Quem quiser poderá assinar amanhã durante a sessão de apresentação.

O Bolg Pela Vida vai estar representado e terá um resumo dos acontecimentos.

domingo, dezembro 10, 2006

Concurso - A MINHA PRIMEIRA MORADA


Caros amigos

Vamos agarrar este momento para com os mais novos despertar para o início da nossa vida, explorar esta maravilha passo a passo, desde a primeira hora, semana a semana até aos nove meses aproveitando os conhecimentos científicos que hoje já temos sobre este assunto.

Vamos todos descobrir a nossa Primeira Morada. Comecem já a procurar as ecografias, as fotografias da mãe grávida e a pensar em ideias.

Vamos tirar partido desta oportunidade e incentivar os nossos filhos, amigos dos nossos filhos e outros jovens a participar e a apresentarem o que descobriram. Podem fazê-lo com uma música, com desenhos ou pinturas, com histórias, contos ou poesia e também nas formas multimédia.

Motivem já todos entre os 6 e os 18 anos para meteram mãos à obra.

Circulem para que seja uma experiência muito rica e esclarecedora.

Claro, claro, haverá fantásticos prémios.


Mais informações aqui

Motivos para inspiração:aqui e aqui

O QUE PENSAM AS MULHERES

A plataforma Não Obrigada, apresentada em Lisboa a 5 de Dezembro de 2006, divulga alguns dados inéditos sobre um estudo particular encomendado ao Centro de Sondagens da Universidade Católica Portuguesa, segundo o qual:


Como é facilmente depreendido pela redacção da pergunta, esta só foi colocada (e, portanto, respondida) ao subconjunto feminino do universo da sondagem que consta da ficha técnica.


Ficha técnica
I. Universo
O universo consistiu nos residentes (portugueses) no continente português com 18 ou mais anos.
II. Amostra
1. Foram obtidos 1880 inquéritos válidos.
2. Foram definidos 36 pontos de amostragem, correspondentes a outras tantas freguesias.
3. As freguesias foram seleccionadas aleatoriamente em cada região do Continente (NUTs II).
III. Questionário
O instrumento de recolha da informação foi constituído por um inquérito estruturado, com perguntas fechadas.

[Demokrata]

ASSOCIAÇÃO DE DEFESA E APOIO DA VIDA – ADAV

Caso a Segurança Social aprove a candidatura a um acordo atípico, cuja resposta poderá chegara «qualquer momento».
a ADV poderá realizar o seu sonho de reforçar a equipe técnica e ter instalações próprias.
Enquanto uns lutam pela legalização do aborto, outros lutam para que nenhuma mãe tenha de recorrer a esta pratica por motivos económicos ou sociais.
Quem luta pela vida tem relativamente á mesma uma atitude positiva
A ADAV-Coimbra nasceu em 1999 e obteve o reconhecimento como IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social) no ano seguinte. Propõe-se colaborar com a família, através do apoio solidário à vida humana, desde a concepção até à morte natural. A ADAV tem âmbito nacional e a sua actividade desenvolve-se em várias direcções, a que tem chamado “Projectos”. O primeiro - o “Projecto Mãe” - gira em torno da grávida, proporcionando-lhe, num trabalho em rede, ajuda eficaz para superar qualquer obstáculo que ameace comprometer o seu direito à maternidade. O “Projecto Mãe” conta já com um centro de atendimento em Coimbra e outro em Leiria. Os centros estão protocolarmente ligados a pessoas ou instituições das áreas da Medicina, Psicologia, Direito, Segurança Social, Emprego, etc. que prestam, a título gratuito, os serviços profissionais em cada caso indispensáveis para o bom êxito do “Projecto”. O “Projecto Avô” - de apoio à terceira idade desamparada - começa agora a desenhar-se. Na escola, o “Projecto Crescer” dirige-se a pais, professores e alunos, num espectro variado de iniciativas: formação contínua de professores, grupos de solidariedade juvenil, sessões de debate construtivo, gabinetes de apoio ao aluno, etc. O “Projecto Opinião” mais não pretende do que contribuir para a formação da opinião pública, numa sociedade livre e plural.
Contacto:
ADAV – Coimbra
Praça 8 de Maio, nº 42, 2º, sala B, 3000-300 Coimbra – Tel.: 239 820 000

sábado, dezembro 09, 2006

Plataforma "Não Obrigada" na rua


A recolha de assinaturas da Plataforma "Não Obrigada" está a decorrer até 29 de Dezembro

“Os cidadãos eleitores abaixo-assinados pronunciam-se pelo NÃO à proposta de despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado. Assim, desejam intervir na campanha para o referendo, constituindo-se para o efeito em “grupo de cidadãos eleitores”, nos termos da lei orgânica do referendo”.

Os impressos do abaixo-assinado podem ser descarregados aqui.

Revista de imprensa comentada

Ana Gomes acusa médicos de atitude "reaccionária" perante a lei

Perante esta noticia apetece-me tecer dois pequenos comentários.

Em primeiro lugar, uma política armada em moralista, como todo o nosso sistema. Existem diversas àreas do conhecimento e a mim, que precebo mais de direito e economia, não me compete versar sobre como se faz uma cirurgia, nem como se desneha uma casa. Daí que o código deontológico dos médicos seja de análise exclusiva por poarte dos médicos, pois eles, à luz do seu conhecimento e das suas convicções saberão administrar a saúde em geral, e mais concretamente, os cuidados médicos.
Essa Ditadura moral que vigora no nosso país permite que certas pessoas, os moralistas, se achem donos e senhores da verdade absoluta e queriam impor-se, atropelanto tudo e todos.
Reafirmo ainda que é jogo dois partidários do sim, esquecerem-se dos artigos 141º e 142º do Código Penal, que permite o aborto nestas condições. Quando finalmente se lembram, é para dizer que a lei não é aplicada. Já parece o aquecimento global: se chove muito, é o aquecimento global, se não chove nada é o aquecimento global, faz muito calor, faz muito frio, etc, tudo justifica o aquecimento global. Já dizia alguém: Quando se quer mito alguma coisa, até todas as mentiras se transformam em verdade, basta que os outros concordem que é verdade.

Por outro lado, não é à toa que se faz um congresso socialista europeu em Portugal. No resclado, fica a questão do aborto e a forcinha feita por todos os europeus para que em Portugal se mude a lei. Neste, como em muitos outros casos, temos muito a aprender com os paises de leste. A falácia de mudar a lei para tornar um país evoluido, colocando a lei em consonância com os outros paises parece ser daquelas coisas que é verdade porque tdos acreditam ser verdade. É curioso que a Espanha seja um exemplo neste caso, mas já não seja nos toiros de morte. É tudo uma questão de ver apenas aquilo que se quer.
Portugal será um país evoluido quando nehuma mulher precisar de fazer um aborto, quer porque têm consciência dos seus actos, quer porque a sua mentalidade e condições não exijam uma medida tão extrema. Se a Espanha é um país tão evoluido, porque precisa de fazer 80 mil abortos por ano?

É tudo uma questão de mentalidade!

Primeiro outdoor já está nas ruas de Lisboa

Plataforma Não Obrigada

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Venda de Natal da Ajuda de Berço

Está a decorrer até dia 10 de Dezembro, na Quinta da Encosta, em Sassoeiros, a Venda de Natal da Ajuda de Berço. Eis uma boa ocasião para comprar alguns presentes de Natal!

Quinta da Encosta: Largo Vasco d'Orey, 4 - Sassoeiros, Carcavelos (Telefone: 21 458 15 69).

Alguém garante que o "Aborto" não faz parte da agenda e estratégia das Internacionais Socialista e Comunista?


Aborto: Papandreou ao lado de Sócrates na luta pelo «sim»
O presidente da Internacional Socialista, George Papandreou, garantiu hoje estar ao lado de José Sócrates na campanha pelo «sim» no referendo de 11 de Fevereiro de 2007 sobre a despenalização do aborto.
«José Sócrates está a lutar pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Ele não está sozinho. Esta luta envolve mulheres de todo o mundo», disse.
«Estamos contigo», acrescentou, na sua intervenção durante o VII Congresso do Partido Socialista Europeu, que decorre no Porto.
Já na quinta-feira, no mesmo encontro, a candidata socialista às eleições presidenciais de França, Ségolène Royal, desejou «a José [Sócrates] e às mulheres a maior felicidade» na luta pelo «sim».
Diário Digital / Lusa
***
Interrogações de um jovem
.
Alguém garante que temas como "Aborto", "Eutanásia", "Ataques à Igreja e laicismo fundamentalista" e afins não fazem parte da agenda político-ideológica de influência marxista? Da sua tentativa de abalar os alicerces de uma visão e modo de viver tradicionais e civilizados próprios da humanidade? Da sua tentativa de se criar uma nova ordem internacional, em que valores e conceitos tradicionais da Família deixão de existir para que o indivíduo seja mais facilmente controlável pela "central sindical ou estatal" e atingir em fim último a tal sociedade "Sem amos, a Internacional"?
A diferença entre as chamadas esquerdas e direitas é que em alturas "H" as esquerdas todas se convergem para atingir um objectivo comum ou o ponto comum que têm nas suas agendas.
Estou bastante desconfiado... ainda mais a comunicação social estar a parecer fazer pura propaganda pelo "Sim". Houve um debate há dias sobre a temática do Aborto, feita por jovens, em que por acaso, na plateia estavam presentes 98% de apoiantes do "Não" e que os oradores do "Não" saíram-se eximiamente bem, na presença de uma jornalista do "Público" e ainda do seu fotógrafo, acabaram por não dar relevância ao caso, claro! Porque será? Talvez porque notícias pelo "Não" não são notícia, talvez porque o "Não" tenha ganho o debate, talvez porque publicar não ajuda em nada à tal "estratégia" das "Internacionais", que até prejudica. Eu acredito que "andem aí", porque lembrar-me disso é lembrar-se de António Gramsci.

ABORTO: "CLÍNICAS" ESPANHOLAS

Sempre que em Portugal, na última década, há uma investida abortista a maioria dos grandes órgãos de comunicação social bombardeia-nos com uma publicidade escandalosa às "clínicas", ou melhor, aos abortadouros espanhóis, onde supostamente acorrem sofregamente milhares de portuguesas para executar à morte os seus filhos e filhas nascituros.

É espantoso, no sentido que esta palavra tem quer de surpreendente quer de assustador, que todo este reclame seja disfarçado de reportagem ou de informação. Dá-se a voz a quem dirige esses abortadouros, sem contraponto, sem contraditório, sem o mínimo espírito crítico. Uma vez que a finalidade de tais matadouros consiste em expandir o negócio para aumentar os lucros, os seus porta-vozes aproveitam ao máximo a oportunidade, com a complacência e a cumplicidade da nossa "isenta" comunicação social.

Não se indaga quem são os proprietários e se têm ou não agendas ocultas e interesses inconfessáveis; se estão concertadas ou enlaçadas com alguma organização ou instituição portuguesa (incluindo órgãos de comunicação social ou grupos a que económicos a que eles pertençam) que promova a legalização do homicídio/aborto; se são independentes entre si ou se têm ligações a instituições e fundações internacionais conhecidas pela promoção do eugenismo, do racismo e da ideologia e actuação, pura e dura, do controlo populacional. Não se verifica se é verdadeiro o número, que atiram, de portuguesas que por lá terá abortado os seus filhos e filhas - há uns tempos eram centenas, depois passou a dois milhares, agora avança-se com o dobro, como se poderia adiantar o quíntuplo, ou ainda muito mais. O número crescerá ou diminuirá conforme as conveniências estratégicas. Não se investiga se cumprem a "lei" abortófila espanhola ou se a atropelam sistematicamente. Não se averigua das suas condições de higiene, das garantias de segurança, das negligências, nem se às grávidas é solicitado o consentimento informado. Não se ouve uma amostra significativa de testemunhos de mulheres que lá tenham abortado. Não se faz o seguimento para examinar as consequências físicas e psíquicas do aborto para as mães que o praticaram, etc., etc.

Pelo contrário as numerosas organizações portuguesas, de gente que gratuita e voluntariamente, com grande sacrifício e dedicação, ajuda as famílias e as mães em dificuldade ou as crianças em risco, são arrogante e sistematicamente ignoradas.

Por: Nuno Serras Pereira, A Aldeia


[Demokrata]