terça-feira, maio 12, 2009

MULHERES PORTUGUESAS GOSTARIAM DE TER EM MÉDIA TRÊS FILHOS

A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas divulgou o estudo “Número de Filhos” elaborado com a coordenação ciêntifica do Professor Doutor Eduardo Brito Henriques, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa. O objectivo é identificar qual o número de filhos que as mulheres portuguesas gostariam de ter e quais os obstáculos sentidos para que tal não aconteça.
Numa sondagem elaborada pela Netsonda, na qual participaram 829 mulheres em idade fértil, as conclusões revelam, entre outros factos, que o número desejado de filhos é francamente superior a 2.1 em todas as faixas etárias. As questões elaboradas centraram-se na diferença entre o número de filhos que se tem ou se projecta ter e aqueles que se desejaria ter e nas razões justificativas desta diferença.
“As conclusões apresentadas mostram que a imprescindível substituição de gerações é possível, desde que sejam criadas, em Portugal, as condições que vão ao encontro deste desejo, à semelhança do que tem vindo a ser feito na maioria dos países europeus.” afirma Fernando Ribeiro e Castro, Presidente da APFN. “É fundamental que o governo e a classe política em geral tomem medidas concretas rumo a uma política de família essencial para assegurar a sustentabilidade da nossa economia e tecido social, medidas essas que devem ir ao encontro do que as pessoas desejam. Infelizmente, têm vindo a ser implementadas medidas desadequadas, resultando em inútil consumo de recursos.” conclui.
Algumas das conclusões deste estudo referem que:
- O número desejado de filhos é francamente superior a 2.1 em todas as faixas etárias;
- Mais de 50% das jovens entre os 18 e os 24 anos gostaria de ter 3 ou mais filhos;
- Um quarto das mulheres até aos 30 anos gostaria de ter 4 ou mais filhos;
- Em termos de conjugalidade, as pessoas que estão em união de facto parecem desejar ter menos filhos do que as casadas;
- As maiores diferenças entre o nº desejado de filhos e os que pensam vir a ter estão nas mulheres entre os 25 anos e 34 anos;
- Muito vincada a percepção de que os filhos são caros e que as pessoas não têm condições para suportar alimentação, vestuário e despesas escolares;
- A seguir às questões financeiras, a possibilidade de ter um trabalho que permita continuar a acompanhar os filhos é a questão mais significativa, seguida das questões ligadas à Habitação;
- As questões relacionadas com mais licenças de trabalho são percepcionadas pelas mulheres como de última ordem;
- Nas várias áreas os apoios financeiros pela via das deduções em imposto são os preferidos – Dedução das despesas essenciais dos filhos e dedução nos impostos à habitação;
- Em termos de apoios escolares foi em média considerado mais importante o pagamento aos pais para colocação dos filhos na escola/creche à sua escolha;
- Em termos gerais, é significativo que todas as medidas tenham colhido bons resultados, parecendo mostrar a diversidade de necessidades e de opções da população. Esta diversidade é transversal a todas as idades, escolhas partidárias e escalão de rendimento.

23 e 24 Maio - II Congresso Nacional das Famílias Numerosas

Neste evento de grande significado para nós, celebramos o X Aniversário e, como tal, gostaríamos de contar com a presença de todas as famílias, numerosas ou não.
Como pode constatar pelo programa as propostas são variadas pelo que exigem diferentes modalidades de inscrição.
No dia 23 de Maio as actividades decorrerão no Centro de Congressos do Estoril e no dia 24, na Feira de Artesanato do Estoril.