sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Uma tragédia que está a matar a Europa: mais de três mil abortos por dia na União Europeia

Na União Europeia registam-se mais de 3300 abortos por dia o que, feitas as contas simboliza que em cada 26 segundos uma mulher está a interromper a gravidez. Os dados foram divulgados esta sexta-feira através do relatório 'Aborto 2010' do Instituto de Política Familiar e que na terça-feira será apresentado e discutido em Bruxelas.
De acordo com o documento, todos os anos contabilizam-se mais de 1,2 milhões de abortos no total dos 27 países que integram a União Europeia.
"Os dados apontam para milhares de tragédias pessoais, familiares e comunitárias", que são um desafio prioritário para a sociedade em geral e para os governos, afirmou o presidente do Instituto de Política Familiar (uma federação internacional) Eduardo Hertfelder. O responsável sustentou ainda que "cada mãe que não tem outra opção senão abortar é um fracasso dos governos e da sociedade por não quererem ou não saberem ajudar".
Nos últimos 15 anos (1994-2008) realizaram-se 28 milhões de abortos na Europa o que equivale à população de países como Roménia, Holanda ou quase toda a população da Dinamarca, Eslovénia, Estónia, Lituânia, Letónia, Malta, Luxemburgo e Chipre.

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Natalidade em queda, Portugal cada vez mais velho

Uma população mais envelhecida, mas em que a esperança de vida aumentou, menos casamentos e mais divórcios e uma população com mais mulheres que homens. Esta é a mais extensa radiografia da sociedade portuguesa dos últimos 40 anos disponiblizada na Internet, um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, presidido por António Barreto, e que passou a estar disponível em www.pordata.pt desde ontem.
A quebra de natalidade é um dos aspectos mais flagrantes: se em 1960 o número de nascimentos era de 24% face ao número total de portugueses, já em 2008 foi apenas de 9,8%. Ao longo destes 40 anos, a tendência tem sido sempre a descer. Nos anos 80 do século passado era de 16,% e no início de 1990 era apenas 11,7%.
"A queda de natalidade foi colossal", explica António Barreto, um dos autores da base de dados à Lusa. "Estamos em vias de ser a sociedade mais envelhecida da Europa e éramos a mais jovem nos anos 60. Mas ao mesmo tempo aumentou a esperança de vida."
Estas conclusões podem ser analisadas na base de dados que passou a estar disponível de forma gratuita desde ontem, num site que reúne estatísticas da população portuguesa, na área da saúde, educação, justiça, Segurança Social, entre outras.
Já este ano, o DN avançou que a crise económica e a incerteza do emprego resultaram numa queda de nascimentos em Portugal no ano passado, a mais baixa da década. Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostravam que nos primeiros seis meses do ano passado nasceram 47 738 bebés em Portugal, uma quebra de 4,5% em relação ao ano anterior.
Segundo o estudo online, os casamentos também registaram uma descida nas últimas quatro décadas: em 1960 eram quase 70 mil os casamentos registados e em 2008 foram apenas 43 mil. Um fosso ainda maior verifica--se no divórcio: na década de 60 o número não excedeu os mil casos e em 2008 já foram 26 mil casos.
Segundo o mesmo estudo - que vai actualizando online alguns dados minuto a minuto, como as despesas gastas pelo Estado em educação ou ainda o número de jornais em circulação - actualmente existem 10 356 000 portugueses. Apenas mais dois milhões do que há quarenta anos. Sendo que a população com mais de 75 anos passou de 238 mil para 701 mil, de 1960 para 2001. E os jovens com menos de 15 anos eram, em 2001, 1 656 000, enquanto em 1960 foram registados 2 591 000.
No que respeita ao sexo feminino, as mulheres continuam a dominar em questões numéricas: em 2001 existiam 5 355 000 mulheres no País inteiro e 5 milhões de homens. Uma realidade que não contrasta muito com os anos 60: cerca de 4 634 000 mulheres para 4 254 000 homens. "O objectivo é o de dar ferramentas aos cidadãos que lhes permitam formar a sua opinião com base em factos e não apenas com base em opiniões", concluiu António Barreto.
A Fundação Francisco Manuel dos Santos foi criada há um ano pela família de Alexandre Soares dos Santos, que controla o grupo de distribuição Jerónimo Martins, dos supermercados Pingo Doce.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Pela Família e pela sociedade, manifestamo-nos no dia 20

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Pró-referendo organizam-se para manifestação nacional de protesto

As associações de defesa da família e do referendo sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo vão entregar hoje, quarta-feira, pareceres ao Parlamento, mas queixam-se de não terem sido ouvidas. Em breve vão para a rua em nome de um "debate sério" sobre o tema.
O Parlamento recusou ouvir os representantes da Plataforma Cidadania e Casamento sobre a lei do casamento de pessoas do mesmo sexo, dando-lhes, em compensação, prazo até hoje para enviarem pareceres à comissão de Assuntos Constitucionais onde está a ser feita a lei. "É o primeiro processo legislativo desde a nona legislatura em que é negada às associações da sociedade civil uma audição", declarou ao JN António Pinheiro Torres.
Os membros da Plataforma dizem-se ainda "surpreendidos" com a recusa por parte da Assembleia de um debate sobre o tema.
Na sequência de um pedido de reserva do auditório novo para realizar um debate a 21 ou a 28 de Janeiro, os serviços da secretaria-geral recusaram com o argumento de que "só se justifica a realização de encontros na Assembleia da República sobre o tema se estes forem organizados pela comissão competente". Ou seja, teriam que ser os deputados da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais a propor, o que não aconteceu até agora.
Amanhã, um grupo de jovens deverá entregar ao presidente da Assembleia, Jaime Gama, a petição "O Povo Exige o Referendo", subscrita por mais de quatro mil assinantes (limite mínimo para uma petição).
Mas os protestos não vão parar. A plataforma Cidadania e Casamento já a mobilizar apoiantes por todo o país para uma manifestação nacional no dia 20, em Lisboa. "Queremos manifestar: que o casamento é entre um homem e uma mulher. Que cada criança tem direito a um pai e uma mãe. Que a família faz a sociedade", lê-se no manifesto publicado em www.casamentomesmosexo.org/manif/.