quinta-feira, janeiro 17, 2013

Pela Vida

Para o principal activista pró-vida da Hungria a luta contra o aborto assume contornos muito pessoais. Imre Téglásy tinha 11 anos quando descobriu que a sua mãe o tinha tentado abortar, influenciada pelas condições terríveis em que viviam depois da ocupação soviética no fim da Segunda Guerra Mundial. Foi a intervenção do seu pai que o salvou, explica Imre, numa entrevista concedida à organização Human Life International. “Quando ouvi essa conversa fiquei com uma tristeza profunda, mas percebi porque é que a minha relação com a mãe era tão difícil”, diz. A relação difícil com a sua mãe durou muitos anos, mas os dois reconciliaram-se definitivamente no ano 2000, pouco antes de ela morrer. Com um doutoramento em estudos literários, Imre Téglásy poderia ter-se dedicado a uma carreira académica, mas em vez disso chefia um movimento pró-vida na Hungria, incluindo uma linha gratuita para mulheres com gravidezes precárias que queiram salvar os seus filhos, mas é com a sua
história pessoal que o activista conquista mais corações em palestras por todo o país. Téglásy não vê o seu trabalho nem como uma escolha pessoal nem como uma questão exclusiva à Hungria: “Não se trata de uma decisão. Fui enviado por Deus para fazer este trabalho. Mais tarde percebi que este não é um problema pessoal. É um problema da nação, é um problema da Europa, um problema de todo o mundo”.

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