sexta-feira, novembro 30, 2007

Centro de Apoio à Vida - A vida nasce

A obra sonhada, projectada e preparada para funcionar nesta Quinta da Lagem – Covões (Portalegre), com a designação de A VIDA NASCE, é uma valência do Centro Social Diocesano de Santo António e enquadra-se legalmente na categoria dos chamados Centros de Apoio à Vida. Em Portugal existem à volta de cinquenta. Na sua maioria estão ligados a instituições da Igreja Católica e foram sendo criados após o primeiro referendo sobre o aborto. Este em que nos encontramos e que está prestes a ser inaugurado também teve a sua origem na mesma altura.
A Igreja, defensora da vida e contrária à prática do aborto voluntário em qualquer fase da gravidez, entende que não é suficiente tomar posições doutrinais, em matéria tão importante como é a defesa da vida. A vida defende-se a nível de princípios mas é preciso defendê-la também de forma prática e em situações concretas, enfrentando os problemas e procurando soluções concretas para eles.

Uma gravidez indesejada, quando não se têm apoios familiares nem recursos económicos suficientes para fazer face às despesas ordinárias da maternidade, da criação e da educação de um filho, é, sem dúvida, um problema difícil de enfrentar. E nós sabemos que existem adolescentes e jovens nessas condições, à espera da ajuda de alguém que lhes permita controlar a ansiedade própria das horas difíceis e lhes garanta um apoio económico, psicológico e humano.

Hoje sabemos que, ao contrário dos prognósticos infundamentados e dos anúncios tendenciosos feitos pelos defensores do aborto, a maioria das mulheres que praticaram o aborto não o teriam praticado se tivessem encontrado apoio, compreensão e ajuda. Sabemos igualmente que o número de abortos clandestinos, anunciado nos anos passados, não tem correspondência à realidade. Sabemos ainda, por estudos científicos levados a efeito em países desenvolvidos economicamente e onde se pratica o aborto, que o trauma pós-aborto é grave e deixa sequelas para o resto da vida nas mulheres que o praticaram, particularmente a nível psicológico.

Para lá das questões de saúde e das questões económicas está o valor inestimável da vida humana, revestida de dignidade sagrada, indivisível e inalienável, que todos somos obrigados a respeitar. È por isso que nos lançámos neste projecto maravilhoso de apoio e protecção à vida. Trata-se de um projecto pioneiro no Alentejo e estou certo de que irá salvar muitas vidas humanas, como já aconteceu com os outros centros que existem em Portugal. Cada vida que for salva é um contributo inestimável para a harmonia da sociedade, para o bem-estar dos seus pais e para o desenvolvimento do nosso país. Sem vidas humanas não se pode promover o bem-estar nem o desenvolvimento.

Queremos que este Centro de Apoio à Vida tenha também uma função simbólica de despertar as consciências da população em geral e dos nossos governantes em particular para a amarga realidade da diminuição e envelhecimento da população, que se vive nas regiões do interior.

Senhoras e senhores, o projecto A VIDA NASCE enquadra-se neste contexto. É motivo de alegria e de esperança ver esta casa quase pronta para ser habitada pelas pessoas para quem foi pensada. O dia em que esta casa for habitada pela primeira criança nascida de uma mãe a quem aqui foi dado apoio, será um dia de festa para o Centro e espero que seja também para a cidade de Portalegre.

A terminar deixo aqui um veemente apelo a todos aqueles e aquelas que amam a vida e gostam de viver para que ajudem mais vidas a nascer. Esta obra vai por à prova a generosidade, o sentido ético e o respeito que cada um tem pela própria vida e pela vida dos outros. Mas eu estou certo que se vai gerar uma enorme onda de solidariedade em volta do Centro de Apoio à Vida de Portalegre. Creio mesmo que será a menina dos olhos desta cidade.

Portalegre, 30 de Novembro de 2007

José Alves, Bispo de Portalegre-Castelo Branco

Abuso de poder corporativo ou ministerial?

Oprof. Vital Moreira, conhecido defensor da despenalização do aborto, veio defender, no "Público", do dia 20, que os médicos que consideram eticamente inaceitável a prática do aborto não podem "impor oficialmente os seus padrões de ética profissional aos demais profissionais que não compartilham desses valores e não desejam deixar de cumprir as suas obrigações profissionais"; que "nenhuma ordem profissional pode considerar infracção disciplinar a prática de actos profissionais não só lícitos, mas mesmo profissionalmente devidos (salvo objecção de consciência)"; que a recusa da Ordem dos Médicos a adaptar o seu código deontológico à lei "é inaceitável", é um "intolerável desafio à primazia da lei e do Estado de direito", é um "abuso de poder corporativo".

Com este discurso, esquece o ilustre constitucionalista que a Constituição continua a dispor que "a vida humana é inviolável" (art. 24.º). Obviamente, a vida humana deve ser protegida desde que existe vida humana. Há alguns (poucos) médicos que dizem que têm dúvidas sobre se o embrião (até às oito semanas) é um ser humano; mas nenhum médico conseguiu provar que o ser resultante da fecundação (ou concepção) não tem vida (como poderia, se as células se multiplicam a uma velocidade espantosa?) nem que esse ser vivo não é humano como poderia, se passadas poucas semanas o é, inequivocamente? Mudou de natureza? Em que momento e porquê? Ou seja, todos os médicos sabem, hoje, que o aborto equivale a matar um ser humano.

E todos os médicos sabem, hoje, que a chamada "interrupção voluntária da gravidez" causa, frequentemente, sofrimento à mulher aumenta em 30% o risco de cancro da mama, gera depressões, disfunção sexual, esterilidade, tendência para aborto espontâneo, etc. - males que os médicos têm o dever de tratar e prevenir.

Esquece o ilustre constitucionalista que, no referendo, se perguntava "Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez (…)". Ou seja, pretendeu-se tornar não punível e, portanto, lícito para a mulher (e, por arrastamento, para o médico e a parteira) abortar voluntariamente. Isso, pretendendo, alegadamente, acabar com o aborto clandestino e defender a "dignidade" da mulher. Não se perguntou se passaria a ser obrigatório para todos os médicos fazer abortos voluntários (salvo objecção de consciência - entre parênteses, como se esta fosse rara…) nem para todos os contribuintes pagá-los.

Esquece o ilustre constitucionalista que o resultado do referendo de 2007 não foi juridicamente vinculativo (porque votaram apenas 43,57% dos eleitores, tendo votado "sim" apenas 25,8% dos eleitores), embora seja politicamente relevante (como foi o de 28.6.1998).

Nega o ilustre constitucionalista que, acima da lei (aprovada pela maioria dos deputados ou pelos governantes), há valores de justiça e de consciência que merecem mais respeito do que as normas criadas pelos homens. Com tal atitude, manifesta um juspositivismo semelhante ao que esteve na origem do holocausto nazi e dos Gulags comunistas de tão má memória.

E declara uma intolerância que é tudo menos democrática.

Aliás, o recurso para o Tribunal Constitucional de impugnação da constitucionalidade da Lei n.º 16/2007, de 17.4, ainda não foi julgado.

Não é o Código deontológico aprovado pela Ordem dos Médicos (isto é, pela esmagadora maioria dos profissionais) que é abusivo, mas a tentativa de imposição ministerial de uma orientação ética que fere profundamente a consciência e a dignidade da maioria dos médicos.

Quando a lei é gravemente injusta, todos temos o direito constitucional (art. 21.º) e natural de resistência. Não queremos que os nossos netos nos condenem pelo holocausto dos fetos, a que estamos a assistir (e já lá vão mais de três mil, que Deus tenha em descanso) - como, hoje, muitos condenam os nossos pais e avós pelos males do fascismo e do comunismo. Todos nós precisamos que os médicos nos tratem da saúde, não que matem os nossos filhos.

* Luís Brito Correia
Advogado e ex-mandatário da Plataforma Não Obrigada

quarta-feira, novembro 28, 2007

O retrato do abortismo

Descubren en las clínicas abortivas trituradoras de fetos conectadas a desagües:
(...) se encontró una máquina trituradora en la Clínica Ginemedex y los restos de la instalación de otra en otra clínica, TCB. Estas máquinas trituran los fetos-bebés de grandes dimensiones y los reducen a una pasta que luego presuntamente se hacía desaparecer por un desagüe. Así, se borraba la «prueba del delito» y se evitaba la obligación legal de llevar estos «residuos orgánicos reconocibles» a incinerar.

sexta-feira, novembro 23, 2007

Em Paredes

Novo blogue em Paredes: pelo Centro de Saúde, contra o aborto.

quinta-feira, novembro 22, 2007

No CDS: continuar a defesa da vida

O ex-dirigente do CDS-PP, José Paulo de Carvalho, vai apresentar ao Conselho Nacional, que se reúne sábado, uma moção onde exorta o partido a continuar a lutar pelos valores da vida e contra o aborto.
«A lei mudou mas nós não mudámos a nossa maneira de pensar nem os nossos valores» , afirmou o deputado José Paulo de Carvalho, que integrou a direcção do ex-líder do CDS-PP José Ribeiro e Castro.
Na moção Vida e Família, que assina com outro elemento da anterior direcção, Ana Soares, José Paulo de Carvalho lembra que da declaração de princípios do CDS faz parte «um compromisso firme e convicto a favor da família e de defesa da vida humana».

terça-feira, novembro 20, 2007

Bastonário: «Os médicos não negoceiam princípios»

Portugal «está com a morte marcada»

Baixas taxas de natalidade indiciam «sociedade doente», diz médico.

Cada mulher portuguesa tem, em média, 1,3 bebés, uma taxa de natalidade muito baixa, «sintoma de um sociedade doente» que não apoia os progenitores, defende o médico de saúde pública do Hospital de Faro Mariano Ayala.
«A sociedade portuguesa está a ter um comportamento suicida generalizado», considera Mariano Ayala em entrevista à Lusa em vésperas do Dia Universal das Crianças, instituído pelas Nações Unidas em 1954, que se assinala terça-feira.
O médico destaca que a baixa natalidade se regista um pouco por toda a Europa, o que levará à extinção dos povos europeus tal como são actualmente conhecidos.
«Portugal, com os portugueses de hoje, vai ter tendência a desaparecer», assegura o médico, que insiste em sublinhar que esta constatação não tem por base qualquer sentimento racista ou xenófobo, servindo apenas para advertir que uma baixa taxa de natalidade é sintoma de uma «sociedade doente» que não apoia os progenitores e as crianças.
Para manter a população portuguesa constante, as mulheres deveriam ter em média 2,1 bebés ao longo da vida, mas segundo os dados mais actuais do Instituto Nacional de Estatística (INE), esse valor não vai além dos 1,3 bebés.
«Um valor pavoroso», que sugere que o «país, tal como o conhecemos, está com a morte marcada», considera Mariano Ayala, que é também o responsável pela investigação do cancro da mama no Algarve e coordenador de um rastreio realizado nos últimos dois anos na região.
Dados do INE demonstram que desde os anos 30 do século passado a população portuguesa aumentou de sete milhões para mais de 10 milhões de pessoas, mas esta subida explica-se com o envelhecimento da população, pois a taxa bruta de natalidade diminui de 28 por cento em 1935 para 10 por cento em 2006.
Em 1976, a taxa bruta de natalidade já tinha diminuído para 20 por cento e, passados 10 anos, em 1986, já tinha descido para os 12,6 por cento.
Os dados provisórios de 2006 apontam para a taxa mais baixa de sempre: 10 por cento.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Mais Vida Mais Família

Viver em Alegria abriu centro de apoio à vida

terça-feira, novembro 13, 2007

Em defesa da ética médica

Petição dirigida ao bastonário da Ordem dos Médicos:
http://www.petitiononline.com/petmedca/petition.html

Exmo. Senhor
Bastonário da Ordem dos Médicos
Caro Colega,

Os signatários desta petição vêm, como seus colegas, interceder veementemente junto de V. Exa. para lhe solicitar que mantenha com o máximo vigor e empenho a luta intransigente pela independência e autonomia éticas da Classe Médica, resistindo a qualquer deformação do seu Código Deontológico imposta de fora.
Estão cientes do mau uso dos conhecimentos médicos que poderes e grupos de pressão diversos têm pretendido e continuam a pretender que deles seja feito
Recordam inúmeros exemplos de usos abusivos do saber médico para fins opostos à dignidade humana, muitos deles ocorridos em épocas que não são longínquas. Lembram a participação em torturas, o planeamento e a execução de penas de morte, os internamentos forçados em estabelecimentos psiquiátricos, as esterilizações e as eliminações de seres humanos por razões de eugenia ou de racismo, etc. Têm também presente que alguns dos mais tenebrosos exemplos do uso dos conhecimentos médicos para fins alheios à natureza da profissão foram postos em prática por regimes sufragados democraticamente.
Não admitimos, pois, a sujeição deste Código a uma “ética” volúvel, moldada ao sabor dos interesses, conveniências, ideologias ou convicções de quem, em cada momento, detém o poder e a influência.
Temos plena consciência de que estes desvios só tornam mais importante a reafirmação de um código deontológico firme e estável, com está consubstanciado no juramento de Hipócrates desde há mais de 2500 anos.
A essência e o sentido da Medicina não residem no conhecimento e destreza com que dominamos as técnicas e instrumentos inerentes à nossa actividade, ao serviço de não importa que objectivos. Residem, sim, no serviço do ser humano, através da promoção da saúde, da luta contra a doença e contra as ameaças que ela põe à vida humana, garantindo aos que nos procuram e em nós confiam o prolongamento da vida e a luta contra o sofrimento.
É para estes fins que servem o saber e os meios que caracterizam a nossa profissão e por cujo uso adequado a Ordem e os nossos pares devem velar.
Desde já manifestamos a V. Exa. o mais vivo apoio para resistir à prepotência e aos abusivos entorses com que o poder político pretende que seja manipulado e alterado o Código Deontológico da Ordem dos Médicos.

segunda-feira, novembro 12, 2007

O aborto e seus sofismas

Dezenas de debates e de artigos, ao longo de mais de duas décadas, me permitem assegurar algo talvez surpreendente, mas comprovadamente verdadeiro: os defensores do aborto não têm um único argumento válido. Tudo de que dispõem são motivos e sofismas.

Os abortistas alinham, por exemplo, situações que podem levar uma mulher a querer abortar (estupro, dificuldades financeiras, problemas familiares, traumas e por aí afora). No entanto, descrições de motivos não são argumentos. E estão muito longe de constituírem razões para sustentar a idéia de que o ato de abortar constitui direito natural da mulher. O fato de que praticamente todos os crimes sejam praticados com algum motivo mais ou menos grave não os descaracteriza como crimes em si mesmos. Os motivos servem, se tanto, como atenuantes do dolo ou da culpa.

Também os sofismas dos abortistas são incontáveis. Vestem sistematicamente a roupagem ilusória do raciocínio correto, concebido e organizado para induzir ao erro. É o que ocorre, por exemplo, quando dizem que o Brasil é um estado laico, e que, portanto, a posição religiosa contrária ao aborto não pode ser aceita. A afirmação inicial está correta - o Brasil é um Estado laico - mas a conclusão é absurda porque, se válida fosse, tampouco a tortura deveria ser proibida pelas mesmas razões (a Igreja é contra a tortura). É o que fazem, também, quando alegam que as mulheres ricas praticam aborto em clínicas luxuosas ao passo que as mulheres pobres, etc. etc. etc. Isso é verdadeiro, mas o aborto é proibido para ricos e pobres. Vale o mesmo para a afirmação de que a mulher é dona do próprio corpo (o que já meia verdade porque nenhum médico realizará procedimentos mutiladores), frase que em nada serve para justificar o desejo de dispor do corpo de outro ser humano, vivo e diferente do corpo da mãe. E vale, por fim, para o mantra de que nossa legislação “é hipócrita porque se praticam milhões de abortos no país”. Se tal argumento fosse aceitável, toda a legislação penal, os códigos de posturas e o código de trânsito deveriam ser revogados pela mesma razão.

A Constituição Federal está eivada de dispositivos que conferem ao Estado o dever de assegurar direitos individuais. No fundo, o que os abortistas pretendem é estabelecer que o aborto é direito da mulher e dever do Estado. E defendem essa tese sem o menor constrangimento! Não apenas apresentam motivos como se fossem razões, não apenas esgotam as artimanhas sofísticas, não apenas exibem como argumento a própria tese que pretendem demonstrar. Não, tudo isso é pouco perante a monstruosidade que realmente desejam como produto de todas essas mistificações: fazer com que os filhos das aventuras, das imprudências e dos desatinos sejam executados pelos carrascos do Estado. Ora vão criar vergonha!

FONTE

quinta-feira, novembro 08, 2007

Médicos alertam para os perigos do aborto medicamentoso


Médicos alertam para os perigos do aborto medicamentoso

No I Encontro de Estudos Médicos sobre a Vida Humana, a decorrer em Lisboa, a médica vai manifestar a sua preocupação por o folheto informativo sobre o uso da pílula abortiva não indicar os riscos de hemorragias graves ou de morte.

«Está descrito um caso de uma morte, na Suécia em 2003, em que a mulher foi para casa e não soube avaliar bem a gravidade da hemorragia e acabou por morrer por sangrar excessivamente», descreveu à agência Lusa.


A especialista enunciou ainda «cinco casos confirmados e sete muito prováveis» de morte devido a septicemia, ou seja, infecção generalizada resultante da medicação entre 2003 e 2006.

«Quando estas mulheres têm septicemia não têm os sinais típicos da infecção, pode aparecer sem febre ou em poucas horas e as pessoas não se apercebem», explicou.

A especialista também referiu uma situação que poderá ser «mais remota» devido à realização de ecografias: o uso de medicação em gravidez ectópica (fora do útero), que pode levar a uma ruptura, pôr em causa a vida ou a fertilidade futura.

Na literatura científica internacional está descrita uma morte nestas circunstâncias, que incluiu uma ecografia, mas que acabou por ser interpretada como um caso de um embrião muito pequeno e que não podia ser observado.

«A mulher tomou a medicação e acabou por morrer por uma ruptura de gravidez ectópica», referiu. A médica quis desmistificar a «ideia geral» de que usar a pílula abortiva é apenas tomar os comprimidos e abortar na intimidade do lar.

«Há riscos resultantes dos próprios medicamentos que se tomam. O aborto medicamentoso não aparece como a grande salvação em relação ao aborto cirúrgico», referiu.

Este processo é «demorado, dura alguns dias».

Segundo a especialista, a mulher «pode sangrar durante entre nove e 45 dias, em casos mais raros, o que marca desde logo a diferença para o aborto cirúrgico».

A necessidade de informar a mulher de que vai ter dores muito fortes e não meramente dores menstruais e de que em 75 por cento dos casos se recorre a analgésicos narcóticos como a codeína foi também sublinhada por Margarida Castel-Branco.

«O que mais nos preocupa é que neste processo a mulher é deixada muito sozinha. É enviada para casa e é-lhe dito que se tiver dores fortes ou perdas abundantes de sangue se dirija a um estabelecimento de saúde».

«Mas o que são dores, mal-estar acentuado ou perdas abundantes de sangue depende da percepção de cada mulher», salientou à Lusa.

A médica sublinhou também que a indicação de que se tratará apenas de perdas idênticas às menstruais não está completamente correcta porque "saem também coágulos e o embrião (que às nove semanas não tem mais de dois centímetros)".

"A mulher quando está sozinha em casa nesse momento não conta com qualquer apoio físico ou psicológico", recordou.

O aborto medicamentoso consiste em dois momentos, a mulher toma a pílula abortiva RU486 (que actua como antagonista da progesterona) e depois é enviada para casa, numa altura em que ainda não deve expulsar o embrião.

Depois de 36 a 48 horas, a mulher terá que voltar ao estabelecimento de saúde para tomar um segundo medicamento com misoprostol, uma prostaglandina sintética que actua por estimulação das contracções uterinas.

Neste segundo momento é recomendada a prescrição de um analgésico, porque é a altura em que deverão aparecer as dores mais fortes.

A mulher poderá ficar quatro a seis horas no estabelecimento para haver hemorragia e expulsão do embrião, mas também pode ser enviada para casa, dependendo da decisão do estabelecimento ou do perfil da mulher.

FONTE

quarta-feira, novembro 07, 2007

Mulheres que abortam têm problemas psicológicos

Entre 20 e 30 por cento das mulheres que realizam um aborto voluntário vêm a sofrer de problemas mentais ou psicológicos, segundo um estudo realizado em mil mulheres nos Estados Unidos e que será apresentado quinta-feira em Lisboa, refere a Lusa.

Ansiedade, tonturas, dificuldades de concentração e em dormir são os problemas apontados como mais frequentes.

Segundo o estudo, realizado no início deste ano, das cerca de 1,3 milhões de mulheres que abortam anualmente nos Estados Unidos 260 mil revelam problemas de saúde mental.

As conclusões deste estudo serão analisadas no I Encontro de Estudos Médicos sobre a Vida Humana, que decorre quinta-feira em Lisboa e é promovido pela Associação Mulheres em Acção.

Admitindo que estes dados não podem transpôr-se para a realidade portuguesa, o psiquatra português Carlos Ramalheira considerou importante realizar estudos deste género em Portugal.

«Todos nós [psiquiatras] encontrámos já inúmeros casos de pessoas que vêm a ter sofrimento devido a essa sua experiência de vida [aborto induzido]», comentou o médico.

O psiquiatra Adriano Vaz Serra subscreve estas declarações, adiantando que, quando aborta, a mulher perde um «elo afectivo», o que pode desencadear um quadro depressivo.

«Tenho observado casos destes. Esta realidade existe em Portugal, só não temos a dimensão, os dados quantitativos», afirmou o psiquiatra, que pertenceu ao movimento «Aborto a pedido? Não» aquando do referendo à interrupção voluntária da gravidez (IVG) até às 10 semanas.

O especialista espera que haja a «liberdade e espírito democrático suficiente» para permitir a realização destes estudos em Portugal, acompanhando as mulheres que realizam abortos.

Risco de parto prematuro é duas vezes superior

Outro estudo que será debatido no encontro de quinta-feira em Lisboa revela que o risco de ter um parto prematuro é duas vezes maior depois de uma mulher ter realizado um aborto induzido.

A investigação, feita em 2002 nos Estados Unidos, mostra ainda que o risco de ter um parto prematuro aumenta de seis a 12 vezes caso a mulher tiver praticado dois a três abortos na sua vida.

Neste estudo foram analisados os efeitos do aborto induzido nas taxas de partos prematuros entre as 24 e as 32 semanas de gravidez.

Nos Estados Unidos, o aborto induzido aumentou a taxa de prematuros em 31,5 por cento com um custo de 1,2 mil milhões de dólares por ano, segundo dados do autor do estudo, Bryan Calhoun, do colégio americano de obstetrícia e ginecologia.

FONTE

terça-feira, novembro 06, 2007

Carta de Madre Teresa sobre o aborto


A mãe que pensa em abortar, deve ser ajudada a amar

Eu sinto que o grande destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança, uma matança direta de crianças inocentes, assassinadas pela própria mãe.

E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo seu próprio filho, como é que nós podemos dizer às outras pessoas para não se matarem? Como é que nós persuadimos uma mulher a não fazer o aborto? Como sempre, nós devemos persuadi-la com amor e nós devemos nos lembrar que amor significa estar disposto a doar-se até que machuque. Jesus deu Sua vida por amor de nós.


Assim, a mãe que pensa em abortar, deve ser ajudada a amar, ou seja, a doar-se até que machuque seus planos, ou seu tempo livre, para respeitar a vida de seu filho. O pai desta criança, quem quer que ele seja, deve também doar-se até que machuque.

Através do aborto, a mãe não aprende a amar, mas mata seu próprio filho para resolver seus problemas.

E, através do aborto, diz-se ao pai que ele não tem que ter nenhuma responsabilidade pela criança que ele trouxe ao mundo. Este pai provavelmente vai colocar outras mulheres na mesma situação. Logo, o aborto apenas traz mais aborto.


Qualquer país que aceite o aborto não está ensinando o seu povo a amar, mas a usar de qualquer violência para conseguir o que se quer. É por isso que o maior destruidor do amor e da paz é o aborto.

Muitas pessoas são muito, muito preocupadas com as crianças da Índia, com as crianças da África onde muitas delas morrem de fome, etc. Muitas pessoas também são preocupadas com toda a violência nos Estados Unidos. Estas preocupações são muito boas. Mas freqüentemente estas mesmas pessoas não estão preocupadas com os milhões que estão sendo mortos pela decisão deliberada de suas próprias mães. E isto é que é o maior destruidor da paz hoje — o aborto que coloca as pessoas em tal cegueira.


E por causa disto eu apelo na Índia e apelo em todo lugar — “Vamos resgatar a criança.” A criança é o dom de Deus para a família. Cada criança é criada à imagem e semelhança de Deus para grandes coisas — para amar e ser amada. Neste ano da família nós devemos trazer a criança de volta ao centro de nosso cuidado e preocupação. Esta é a única maneira pela qual nosso mundo pode sobreviver porque nossas crianças são a única esperança do futuro. Quando as pessoas mais velhas são chamadas para Deus, somente seus filhos podem tomar seus lugares.


Mas o que Deus diz para nós? Ele diz: “Mesmo se a mãe se esquecer de seu filho, Eu jamais te esquecerei. Eu gravei seu nome na palma de minha mão.” (Is 49). Nós estamos gravados na palma da mão de Deus; aquela criança que ainda não nasceu está gravada na mão de Deus desde a concepção e é chamada por Deus a amar e ser amada, não somente nesta vida, mas para sempre. Deus jamais se esquece de nós.

Eu vou lhe contar uma coisa bonita. Nós estamos lutando contra o aborto pela adoção — tomando conta da mãe e da adoção de seu bebê. Nós temos salvo milhares de vidas. Nós mandamos a mensagem para as clínicas, para os hospitais e estações policiais: “Por favor não destrua a criança, nós ficaremos com ela.” Nós sempre temos alguém para dizer para as mães em dificuldade: “Venha, nós tomaremos conta de você, nós conseguiremos um lar para seu filho”. E nós temos uma enorme demanda de casais que não podem ter um filho — mas eu nunca dou uma criança para um casal que tenha feito algo para não ter um filho. Jesus disse, “Aquele que recebe uma criança em meu nome, a mim recebe.” Ao adotar uma criança, estes casais recebem Jesus mas, ao abortar uma criança, um casal se recusa a receber Jesus.


Por favor não mate a criança. Eu quero a criança. Por favor me dê a criança. Eu estou disposta a aceitar qualquer criança que estiver para ser abortada e dar esta criança a um casal que irá amar a criança e ser amado por ela.

Só de nosso lar de crianças em Calcutá, nós salvamos mais de 3000 crianças do aborto. Estas crianças trouxeram tanto amor e alegria para seus pais adotivos e crescem tão cheias de amor e de alegria. Eu sei que os casais têm que planejar sua família e para isto existe o planejamento familiar natural. A forma de planejar a família é o planejamento familiar natural, não a contracepção.


Ao destruir o poder de dar a vida, através da contracepção, um marido ou esposa está fazendo algo para si mesmo. Atrai a atenção para si e assim destrói o dom do amor nele ou nela. Ao amar, o marido e mulher devem voltar a atenção entre si como acontece no planejamento familiar natural, e não para si mesmo, como acontece na contracepção. Uma vez que o amor vivo é destruído pela contracepção, facilmente segue-se o aborto.

Eu sei também que existem enormes problemas no mundo — que muitos esposos não se amam o suficiente para praticar o planejamento familiar natural. Nós não temos condições de resolver todos os problemas do mundo, mas não vamos trazer o pior problema de todos, que é a destruição do amor. E isto é o que acontece quando dizemos `as pessoas para praticarem a contracepção e o aborto.


Os pobres são grandes pessoas. Eles podem nos ensinar tantas coisas belas. Uma vez uma delas veio nos agradecer por ensinar-lhe o planejamento familiar natural e disse: “Vocês que praticam a castidade, vocês são as melhores pessoas para nos ensinar o planejamento familiar natural porque não é nada mais que um autocontrole por amor de um ao outro.” E o que esta pobre pessoa disse é a pura verdade. Estas pessoas pobres talvez não tenham algo para comer, talvez não tenham uma casa para morar, mas eles ainda podem ser ótimas pessoas quando são espiritualmente ricos.


Quando eu tiro uma pessoa da rua, faminto, eu dou-lhe um prato de arroz, um pedaço de pão. Mas uma pessoa que é excluída, que se sente não desejada, mal amada, aterrorizada, a pessoa que foi colocada para fora da sociedade — esta pobreza espiritual é muito mais difícil de vencer. E o aborto, que com freqüência vem da contracepção, faz uma pessoa se tornar pobre espiritualmente, e esta é a pior pobreza e a mais difícil de vencer.

Nós não somos assistentes sociais. Nós podemos estar fazendo trabalho de assistência social aos olhos de algumas pessoas, mas nós devemos ser contemplativas no coração do mundo. Pois estamos tocando no corpo de Cristo e estamos sempre em Sua presença.

Você também deve trazer esta presença de Deus para sua família, pois a família que reza unida, permanece unida.

Existe tanto ódio, tanta miséria, e nós com nossas orações, com nosso sacrifício, estamos começando em casa. O amor começa em casa, e não se trata do quanto nós fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos.


Se somos contemplativas no coração do mundo com todos os seus problemas, estes problemas jamais podem nos desencorajar. Nós devemos nos lembrar o que Deus fala na Escritura: “Mesmo se a mãe esquecer-se do filho que amamenta — algo impossível, mesmo se ela o esquecesse — Eu não te esqueceria nunca.”

E aqui estou eu falando com vocês. Eu desejo que vocês encontrem os pobres daqui, na sua própria casa primeiro. E comece a amar ali. Seja a boa nova para o seu próprio povo primeiro. E descubra sobre o seu vizinho ao lado. Você sabe quem são eles?

Deus jamais nos esquecerá e sempre existe algo que você e eu podemos fazer. Nós podemos manter a alegria do amor de Jesus em nossos corações, e partilhar esta alegria com todos aqueles de quem nos aproximarmos.

Vamos insistir que — cada criança não seja indesejada, mal amada, mal cuidada, ou morta e jogada fora. E doe-se até que machuque — com um sorriso.


Porque eu falo muito sobre doar-se com um sorriso nos lábios, uma vez um professor dos Estados Unidos me perguntou: “Você é casada?” E eu disse: “Sim, e algumas vezes eu acho difícil sorrir para meu esposo, Jesus, porque Ele pode ser muito exigente — algumas vezes.” Isto é mesmo algo verdadeiro.

E é aí que entra o amor — quando exige de nós, e ainda assim podemos dar com alegria.

Se nos lembrarmos que Deus nos ama, e que nós podemos amar os outros como Ele nos ama, então a América pode se tornar um sinal de paz para o mundo. Daqui deve sair para o mundo, um sinal de cuidado para o mais fraco dos fracos — a futura criança. Se vocês se tornarem uma luz ardente de justiça e paz no mundo, então vocês serão verdadeiramente aquilo pelo qual os fundadores deste país lutaram. Deus vos abençoe!



Fonte: Frente Católica de Combate ao Aborto


Madre Teresa

sábado, novembro 03, 2007

O aborto e a saúde da mulher

Vai realizar-se em Lisboa, no Hotel Villa Rica, dia 8 de Novembro de 2007, um encontro aberto ao público com professores e médicos, portugueses e americanos, sobre “O impacto do aborto na saúde da mulher”.
Para mais informações, programa e inscrições ver em http://www.lisbonmedicalconference.net/