Um comunicado do movimento "Juntos Pela Vida"
MINISTRO DA SAÚDE PAGA A CLÍNICAS PRIVADAS?
1.O anúncio feito há dois dias por um jornal diário, de que “O Estado vai pagar abortos em clínicas privadas”, numa notícia em que não é claro o contexto da mesma (o Ministro declarou isso mesmo? Onde e em que data?) mas é assinada por uma jornalista, conhecida activista pró-aborto, reproduz com fidelidade o estado da discussão desta questão em Portugal.
2.Inconformados com os resultados do referendo sobre cuja data se celebrou anteontem o 7.º aniversário, vitimas das suas próprias pressas e trapalhadas parlamentares, receosos do resultado de um novo referendo sobre a matéria, os defensores do aborto livre pretendem “ganhar na secretaria, o que perderam no jogo”...
3.Para esse efeito invocam um incumprimento da lei de 1984 que está por demonstrar (em 21 anos de vigência da mesma não existe uma só queixa ou denúncia legais no Ministério da Saúde ou nos Tribunais) e pretendem que ao abrigo da previsão “perigo para a vida física e psíquica da mulher” sejam realizados os abortos a pedido da mulher até às 10 ou 12 semanas (ou mesmo 16 como no projecto do PS recentemente aprovado).
4.Ou seja, enquanto não há novo referendo e não vá o azar tecê-las os defensores do aborto livre pretendem que seja realidade aquilo que o povo, directamente ou através dos seus representantes, lhes vem sistematicamente negando desde 1997.
5.Mas um último absurdo nos aguardava ainda: perante a incapacidade do sistema nacional de saúde (num país que sofre de tantos problemas a esse nível e tem uma lista de espera cirúrgica cuja dimensão é conhecida) e a natural objecção de consciência da esmagadora maioria dos profissionais de saúde (o que honra a tradição humanitária de um país que se conta entre os primeiros a abolir a pena de morte e a escravatura), o Ministério da Saúde, a ser verdadeira a notícia, tem a brilhante ideia de incentivar a instalação em Portugal das clínicas abortistas da vizinha Espanha!
6.Vale a pena recordar neste momento que a situação de Espanha é a de um país onde o aborto legal cresce todos os anos (quase 80 mil em 2003, mais 67% do que em 1994) e onde a percentagem dos realizados em estabelecimentos públicos não ultrapassa os 2.86%.7.E como ainda ontem e no mesmo jornal, um médico português reconhecia, 95% dos abortos em Espanha (ou seja, em clínicas privadas) são realizados em condições de clara ilegalidade (isto é, fora dos casos e prazos da tal lei “igual à nossa”).
8.Assim sendo, a nossa posição perante essa decisão do Ministro da Saúde é de clara rejeição e sobretudo de algum espanto por se continuar a abordar de forma errada, um problema verdadeiro.
9.Nesse sentido apelamos de novo a todos os grupos parlamentares no sentido de que seja finalmente processada e discutida em plenário a petição Mais Vida Mais Família, subscrita em quatro semanas por 217 mil portugueses, que, em Março de 2004, reclamaram da Assembleia da República e do Governo exigindo legislação e medidas políticas adequadas à protecção do embrião humano, à promoção da instituição familiar e ao apoio às grávidas em dificuldade.
10.Hoje, como na noite daquele dia 28 de Junho de 1998, repetimos o nosso compromisso: “Não pararemos enquanto houver nas nossas cidades, uma mulher que possa dizer: eu abortei porque não encontrei quem me ajudasse”!
Juntos Pela Vida (30 Junho 2005)
1.O anúncio feito há dois dias por um jornal diário, de que “O Estado vai pagar abortos em clínicas privadas”, numa notícia em que não é claro o contexto da mesma (o Ministro declarou isso mesmo? Onde e em que data?) mas é assinada por uma jornalista, conhecida activista pró-aborto, reproduz com fidelidade o estado da discussão desta questão em Portugal.
2.Inconformados com os resultados do referendo sobre cuja data se celebrou anteontem o 7.º aniversário, vitimas das suas próprias pressas e trapalhadas parlamentares, receosos do resultado de um novo referendo sobre a matéria, os defensores do aborto livre pretendem “ganhar na secretaria, o que perderam no jogo”...
3.Para esse efeito invocam um incumprimento da lei de 1984 que está por demonstrar (em 21 anos de vigência da mesma não existe uma só queixa ou denúncia legais no Ministério da Saúde ou nos Tribunais) e pretendem que ao abrigo da previsão “perigo para a vida física e psíquica da mulher” sejam realizados os abortos a pedido da mulher até às 10 ou 12 semanas (ou mesmo 16 como no projecto do PS recentemente aprovado).
4.Ou seja, enquanto não há novo referendo e não vá o azar tecê-las os defensores do aborto livre pretendem que seja realidade aquilo que o povo, directamente ou através dos seus representantes, lhes vem sistematicamente negando desde 1997.
5.Mas um último absurdo nos aguardava ainda: perante a incapacidade do sistema nacional de saúde (num país que sofre de tantos problemas a esse nível e tem uma lista de espera cirúrgica cuja dimensão é conhecida) e a natural objecção de consciência da esmagadora maioria dos profissionais de saúde (o que honra a tradição humanitária de um país que se conta entre os primeiros a abolir a pena de morte e a escravatura), o Ministério da Saúde, a ser verdadeira a notícia, tem a brilhante ideia de incentivar a instalação em Portugal das clínicas abortistas da vizinha Espanha!
6.Vale a pena recordar neste momento que a situação de Espanha é a de um país onde o aborto legal cresce todos os anos (quase 80 mil em 2003, mais 67% do que em 1994) e onde a percentagem dos realizados em estabelecimentos públicos não ultrapassa os 2.86%.7.E como ainda ontem e no mesmo jornal, um médico português reconhecia, 95% dos abortos em Espanha (ou seja, em clínicas privadas) são realizados em condições de clara ilegalidade (isto é, fora dos casos e prazos da tal lei “igual à nossa”).
8.Assim sendo, a nossa posição perante essa decisão do Ministro da Saúde é de clara rejeição e sobretudo de algum espanto por se continuar a abordar de forma errada, um problema verdadeiro.
9.Nesse sentido apelamos de novo a todos os grupos parlamentares no sentido de que seja finalmente processada e discutida em plenário a petição Mais Vida Mais Família, subscrita em quatro semanas por 217 mil portugueses, que, em Março de 2004, reclamaram da Assembleia da República e do Governo exigindo legislação e medidas políticas adequadas à protecção do embrião humano, à promoção da instituição familiar e ao apoio às grávidas em dificuldade.
10.Hoje, como na noite daquele dia 28 de Junho de 1998, repetimos o nosso compromisso: “Não pararemos enquanto houver nas nossas cidades, uma mulher que possa dizer: eu abortei porque não encontrei quem me ajudasse”!
Juntos Pela Vida (30 Junho 2005)
4 Comentários:
Sou a favor do sim ao referendo (isto é só para me identificar).
Acho, no entanto, muito bem o "slogan": Mais vida, mais família.
Talvez esses 217.000 portugueses que assinaram essa petição em 2004 sejam pessoas com capacidade de terem "mais" família e, por tal, poderem criar mais vida.
Porém, pergunto se os mais de 500.000 portugueses no desemprego podem aspirar à criação de mais vida para terem mais família.
Porém, pergunto se os 2.000.000 de reformados com pensões baixas podem aspirar a ter mais família.
Porém, pergunto se a grande maioria do Povo Português ganhando salários abaixo dos 500 euros mensais têm capacidades para criarem mais vida.
Claro que esses 217.000 devem ser, presumo, os arautos da bem aventurança das disponibilidades financeiras para poderem criar mais vida, ter criadas e amas para tratarem dos filhos enquanto conversam no cabeleireiro ou vão às compras, etc.
Talvez fosse possível sim Mais Vida Mais Família se o Povo tivesse acesso ao que lhe é negado.
O povo na sua grande maioria não tem capacidade económica para enfrentar o dia a dia actual quanto mais para pensarem em mais vida mais família.
Quem dera que assim pudesse ser.
Mas
infelizmente, não é.
O povo não tem capacidade? Depende.
Boa parte desse povo não tem capacidade porque prefere gastar dinheiro em futebol, férias, roupa de marca, etc., ou muito simplesmente porque preferem receber o subsidio de desemprego em vez de terem uma postura pro-activa na procura de emprego, em suma, porque preferem pensar em si e não nos outros; o que em nada justifica a falta de apoio do Estado à maternidade e à familia. Também é inacreditavel que o preço da habitação seja tão elevado, e, acima de tudo, que exista a cultura da compra de casa, mesmo que se ande 50 anos a trabalhar para a pagar? E o resto? A educação? A cultura? A familia? Urge dinamizar o mercado de arrendamento.
Os meus parabéns ao blog. Eu não faltarei. Unidos pelo "não"!
Caro anónimo então junte-se a nós que também lutamos por uma maior justiça social, mas sem precisar de sacrificar inocentes.
"uma maior justiça social, mas sem precisar de sacrificar inocentes"
Conta-me historias...presumo que imigrantes nao sao incluidos nessa ladainha das pessoas inocentes...
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