Os que não são consultados
(Um artigo do grande escritor brasileiro Gustavo Corção)
Ouvi hoje contar o caso de um acrobata americano que teve uma ideia. "Brain wave". Uma ideia nova para seu programa de televisão. É assim: em pé no rebordo do telhado de um arranha-céu ele faz cabriolas, não com seu próprio corpo, mas com o corpo de uma criancinha de meses que ele atira para o ar, apanha, equilibra, muda de mão e passa entre as pernas. Como se vê, o espectáculo deve ter sido excitante e gostoso para as pupilas cansadas de outros espectáculos mais rotineiros.
Essa história lembrou-me outra. Estavam duas ou três senhoras de nossa melhor sociedade, dessas que tomam chá de chapéu, a discutir o caso de um desabusado cirurgião (também da melhor sociedade) que provocara um aborto sem consultar ninguém. Dizia, então, uma das senhoras, a do chapéu de lilazes: "Eu acho que a família deve ser consultada..." A dama de chapéu cor-de-amora foi mais precisa: "Eu acho que compete à mãe, exclusivamente, resolver o caso". E estava a conversa neste ponto quando um amigo meu, tímido e gago, que nunca consegue ser ouvido por ninguém, sugeriu que quem devia ser consultada era a criança. E é a ausência dessa consulta que me horrorizou na história do acrobata. Por muito menos zangou-se um dia Jack London, numa tourada, porque os touros e cavalos não eram ouvidos.
Mas ninguém ouviu a reflexão de meu amigo. Como ninguém ouve a misteriosa linguagem com que os embriões de dois a três meses declaram categoricamente que querem viver. Como também cada dia menos se ouve a linguagem, já menos mistificada, das crianças de dois ou três anos que são energicamente contrárias ao divórcio. O facto é esse: na ginástica, no aborto e no divórcio, há pessoas, personagens, pessoas humanas, vivas, que estão envolvidas e que não são ouvidas.
"Ora, direis, ouvir crianças... certo perdeste o siso!", dirá algum leitor que ainda se lembre dos esplendores do nosso parnaso. Como é possível ouvir um embrião? Como se pode ponderar o que diz uma criança de dois anos?
Digo-te eu, leitor, que foste tu que perdeste o siso. E acrescento: o mundo está como está, e o nosso Brasil chegou onde sabemos que chegou, porque as pessoas (a começar pelas da melhor sociedade) não têm mais ouvidos para ouvir e entender a linguagem dos fetos. Fuzilam-se inocentes, aos milhões, sem remorsos, dada a circunstância supersónica de seus protestos. Vou explicar-te, amigo, mais uma vez, como se pode ouvir o que não fala, e consultar o que não tem a idade da razão. É muito simples: ouvindo e consultando a lei que está gravada na natureza das coisas, a lei que qualquer consciência desobstruída de chás e chapéus pode ouvir e consultar. Uma boa lavadeira, uma honesta cozinheira, sem procurar psicólogos e sociólogos, têm ouvidos para a voz da Inocência perfeita, para a voz que condena o aborto, o divórcio, e outras acrobacias feitas com carne de gente.
Ouvi hoje contar o caso de um acrobata americano que teve uma ideia. "Brain wave". Uma ideia nova para seu programa de televisão. É assim: em pé no rebordo do telhado de um arranha-céu ele faz cabriolas, não com seu próprio corpo, mas com o corpo de uma criancinha de meses que ele atira para o ar, apanha, equilibra, muda de mão e passa entre as pernas. Como se vê, o espectáculo deve ter sido excitante e gostoso para as pupilas cansadas de outros espectáculos mais rotineiros.
Essa história lembrou-me outra. Estavam duas ou três senhoras de nossa melhor sociedade, dessas que tomam chá de chapéu, a discutir o caso de um desabusado cirurgião (também da melhor sociedade) que provocara um aborto sem consultar ninguém. Dizia, então, uma das senhoras, a do chapéu de lilazes: "Eu acho que a família deve ser consultada..." A dama de chapéu cor-de-amora foi mais precisa: "Eu acho que compete à mãe, exclusivamente, resolver o caso". E estava a conversa neste ponto quando um amigo meu, tímido e gago, que nunca consegue ser ouvido por ninguém, sugeriu que quem devia ser consultada era a criança. E é a ausência dessa consulta que me horrorizou na história do acrobata. Por muito menos zangou-se um dia Jack London, numa tourada, porque os touros e cavalos não eram ouvidos.
Mas ninguém ouviu a reflexão de meu amigo. Como ninguém ouve a misteriosa linguagem com que os embriões de dois a três meses declaram categoricamente que querem viver. Como também cada dia menos se ouve a linguagem, já menos mistificada, das crianças de dois ou três anos que são energicamente contrárias ao divórcio. O facto é esse: na ginástica, no aborto e no divórcio, há pessoas, personagens, pessoas humanas, vivas, que estão envolvidas e que não são ouvidas.
"Ora, direis, ouvir crianças... certo perdeste o siso!", dirá algum leitor que ainda se lembre dos esplendores do nosso parnaso. Como é possível ouvir um embrião? Como se pode ponderar o que diz uma criança de dois anos?
Digo-te eu, leitor, que foste tu que perdeste o siso. E acrescento: o mundo está como está, e o nosso Brasil chegou onde sabemos que chegou, porque as pessoas (a começar pelas da melhor sociedade) não têm mais ouvidos para ouvir e entender a linguagem dos fetos. Fuzilam-se inocentes, aos milhões, sem remorsos, dada a circunstância supersónica de seus protestos. Vou explicar-te, amigo, mais uma vez, como se pode ouvir o que não fala, e consultar o que não tem a idade da razão. É muito simples: ouvindo e consultando a lei que está gravada na natureza das coisas, a lei que qualquer consciência desobstruída de chás e chapéus pode ouvir e consultar. Uma boa lavadeira, uma honesta cozinheira, sem procurar psicólogos e sociólogos, têm ouvidos para a voz da Inocência perfeita, para a voz que condena o aborto, o divórcio, e outras acrobacias feitas com carne de gente.
28 Comentários:
3 em cada 5
Mais uma pérola aqui do nosso amigo corcunda um dos hosts deste blog:
"
Sobre a Natureza do Miguel Sousa Tavares já o Manuel disse tudo.
Acrescento apenas que gostaria que a sua esposa se lembrasse do ritual de acasalamento do louva-a-deus após a actividade coital... E lhe arrancasse a cabeça!
A ideia não é muito afastada do que há uns anos uns senhores quiseram fazer ali para os lados da Alemanha. Selecção natural, com uma ajudinha do Estado!"
Post copiado na integra para não ser acusado de descontextualização.
Agora digam-me que respeito demonstram estes senhores pela vida ao proferirem em tom jocoso esta frase:"Selecção natural, com uma ajudinha do Estado!"
Conhece a figura de estilo literária chamada ironia? Se sim, não parece. mais uma vez o seu raciocínio é desonesto.
Já agora, se este blogue é tão mau, que fazem aqui sistematicamente os senhores antifacho e miguel?... É por que lá no fundo eles sabem que a verdade é bem outro. E quanto aos seus métodos, se não o são, parecem muito: controleiros provocadores, destacados por uma determinada associação político-partidária, que vêm para aui com o fito de perturbar o trabalho deste espaço. Meus senhores, as vossas técnicas de "agit-prop" não nos atingem; estão a perder o vosso tempo!
Vamos imaginar os seguintes cenários:
cenário 1
Uma jovem de 16 anos, filha de um abastado industrial ali residente para os lados da linha, numa festa de anos esqueceu-se da pílula e o moço esqueceu-se da camisinha e no truca truca ao fim de 5 ou 6 semanas ela verificou que estava sem o período. Foi à Farmácia, fez o teste e verificou que estava grávida.
Não é possível ela ter o filho (aqui podemos arranjar uma série de razões que não interessam, o que interessa é que ela decide abortar).
Pede aos pais e lá vão eles a Badajoz ou a Londres fazer o aborto.
Não foi apanhada, não é criminosa nem sofre pena.
Anda numa boa.
.
cenário 2
Uma jovem de 16 anos, filha de um serralheiro que mal ganha para sustentar a família numerosa residente para os lados duma zona degradada, numa festa de anos duns amigos lá do bairro andou no truca truca ao fim de 5 ou 6 semanas ela verificou que estava sem o período. Foi à Farmácia, fez o teste e verificou que estava grávida.
Não é possível ela ter o filho (aqui podemos arranjar uma série de razões que não interessam, o que interessa é que ela decide abortar).
Que faz? Não tem dinheiro para ir a Badajoz. Então arranja uma daquelas senhoras que todos sabemos que existem e que fazem abortos e catrapuz, lá aborta. Por azar, corre mal, começa a sangrar, tem de ir ao Hospital, é levantado o auto e pimba, lá está ela entregue à bicharada; processo em cima; mais a abortadeira, etc.
Criminosa e penalizada.
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cenário 3
Uma jovem de 16 anos, filha de um serralheiro que mal ganha para sustentar a família numerosa residente para os lados duma zona degradada, numa festa de anos duns amigos lá do bairro andou no truca truca ao fim de 5 ou 6 semanas ela verificou que estava sem o período. Foi à Farmácia, fez o teste e verificou que estava grávida.
Não é possível ela ter o filho (aqui podemos arranjar uma série de razões que não interessam, o que interessa é que ela decide abortar).
Que faz? Não tem dinheiro para ir a Badajoz. Então decide e recorre a uma das tais associações que ajudam as jovens grávidas a não abortarem.
Essa Associação ajuda a moça, arranja-lhe um emprego e quando o filho nascer arranja quem tome conta do bébe e a moça está bem com sustento para ela e para o filho.
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Acredito no cenário 1 e no cenário 2. Não creio que o cenário 3 exista ou se existe não funciona assim. Era uma forma de todas as jovens arranjarem emprego: era só engravidarem e recorrerem a essas ajudas.
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Na presença do cenário 2 justifica-se o Referendo e o voto Sim à despenalização.
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Porque o cenário 1 não precisa da Lei, precisa apenas do dinheiro e é na falta do dinheiro que hoje se aborta em más condições e se é criminalizada.
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Por isso o meu voto Sim e o meu voto Sim não significa um Não à Vida; significa um Sim à dignidade da Mulher!...
11/02/2006 09:17:11 PM
(repetição)
"Conhece a figura de estilo literária chamada ironia? Se sim, não parece. mais uma vez o seu raciocínio é desonesto."
Conheço muito bem ironia, quem acho que não conhece e vexa, se olhar para a coluna do lado direito desse blog em questão observara que não há razoes para esse trecho se considerado ironia.
O que faço por aqui? e simples estou aqui a denunciar os hipócritas que vocês são.
Anti-facho, é a última vez que respondo a si ou a outro aborteiro, e ,antes de mais, hipócritas porquê? Não seja grosseirão e deixe-se de vomitar os lugares comuns com que o condicionaram e lobotomizaram, você que vem para aqui fazer a apologia de um crime, ou seja, o assassinato de seres humanos no próprio ventre materno. Tenha mas é vergonha nessa cara!
"a última vez que respondo a si ou a outro aborteiro"
Voce nao esta a responder a nada, simplesmente se limita a vociferar alarvidades.
O que mais me diverte nisto, é a ingenuidade dos "defensores da vida".
Pensam eles que nós não temos capacidade para ver (e é tão fácil...) o que está por detrás da sua campanha, a sua ideologia, os seus valores (que não são de "vida").
Neo-nazis, neo-salazaristas, neo-fascistas...
Assumam-se, porra! Que o pior idiota é o que pensa que os outros são idiotas.
E nunca se esqueçam que se não vivessem em democracia (regime que não defendem e em que não acreditam), não poderiam "lutar contra o sistema" que abominam de forma tão leve.
Seriam postos na ordem em três tempos pela zelosa polícia do vosso santinho de santa comba.
Esta vossa luta não é pela vida. É pela visibilidade de um suposto "movimento" que se vai passeando pela internet (graças à democracia), e que não passa de uma cambada de velhos saudosistas e jovens desmiolados.
Aborteiros e estalinistas cheios de um mal disfarçado ressentimento e ódio,decorrente da impossibilidade de eliminarem imediatamente com um tiro na cabeça todos os que têm os "descaramento" de discordar dos vossos "dogmas". Assim, ficam-se pelo insulto cobarde e canalha! E falam de democracia?... Metem dó, é o que é...
Discussões desnecessárias!... Este assunto é importante e sério demais para se resumir a "aborteiros", "estalinistas" e "idiotas". Aconselho os autores do blog a evitarem este tipo despiques, porque não lhes é nada favorável, definitivamente.
Permito-me assinar por baixo este comentário do mr. x:
.
O que mais me diverte nisto, é a ingenuidade dos "defensores da vida".
Pensam eles que nós não temos capacidade para ver (e é tão fácil...) o que está por detrás da sua campanha, a sua ideologia, os seus valores (que não são de "vida").
Neo-nazis, neo-salazaristas, neo-fascistas...
Assumam-se, porra! Que o pior idiota é o que pensa que os outros são idiotas.
E nunca se esqueçam que se não vivessem em democracia (regime que não defendem e em que não acreditam), não poderiam "lutar contra o sistema" que abominam de forma tão leve.
Seriam postos na ordem em três tempos pela zelosa polícia do vosso santinho de santa comba.
Esta vossa luta não é pela vida. É pela visibilidade de um suposto "movimento" que se vai passeando pela internet (graças à democracia), e que não passa de uma cambada de velhos saudosistas e jovens desmiolados.
11/03/2006 12:15:00 PM
Permito-me assinar por baixo este comentário da rita:
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Discussões desnecessárias!... Este assunto é importante e sério demais para se resumir a "aborteiros", "estalinistas" e "idiotas". Aconselho os autores do blog a evitarem este tipo despiques, porque não lhes é nada favorável, definitivamente.
11/03/2006 12:35:07 PM
Os que se dizem defensores da vida, os defensores do não ao referendo têm-se mostrado naquilo que escrevem a sua verdadeira ideologia, a ideologia do insulto, a ideologia de que só eles são donos da verdade e depois chamam aos do sim aborteiros, estalinistas e idiotas.
Na verdade, este estilo de escrita deixa transparecer aquilo que são e não abona, na verdade, a vosso favor.
O que v.exªs. (os defensores da vida, os defensores do não) é continuarem a ter o privilégio de poderem levar as vossas filhas, irmãs ou amigas às clínicas de badajoz e outras e estarem-se nas tintas para as desgraçadas da grande maioria das mulheres que se vêm na necessidade de abortarem e depois ainda sofrem na carne e o estigma de criminosas.
Mas, as "vossas", as que podem ir à clinica porque têm dinheiro, essas não são criminosas; essas abortam à vontade e na maior.
O resto do povo que se dane porque o resto do povo (aborteiros, estalinistas e idiotas) é uma corja de indigentes que não deveriam existir porque não têm o capital a suportá-los.
É isto que está em causa.
O dinheiro permite o aborto sem riscos e sem penalizações.
Os pobres, sem o dinheiro, arriscam a vida e ainda são apelidados de criminosas e castigadas.
Votai não.
Eu voto sim pela dignidade da Mulher que sofre e não daquela que vai a Badajoz fazer um aborto na maior!...
Anónimo,
eu pessoalmente sou defensora da vida e do "não" ao aborto. Tenho 17 anos, tenho dinheiro (dos meus pais, claro!, não muito... o suficiente!) para ir a Badajoz e até ao fim do mundo fazer o que eu quisesse. E não faria um aborto.
Faço tudo o que está ao meu alcance para defender a minha posição não só por palavras (participo num blog onde não encontro este tipo de discussões escusadas nem insultos), mas também por acções. Não é por acaso que vou fazer um donativo em géneros a uma associação que ajuda grávidas e acolhe mães. Não é uma grande coisa nem sou um grande exemplo, mas é o que se pode arranjar neste momento da minha vida...
Ainda bem que concorda comigo, quanto à maneira como alguns se expressam aqui. Pode é também de concordar comigo, quanto aos rótulos que colocou que, certamente, se aplicam a uns, mas não a todos. Pessoalmente, defendo a vida sem interesses por trás (sem politiquices), por si só, pelo seu valor como direito básico, porque acredito na dignidade das pessoas e que o aborto é tudo menos a defesa da dignidade das mulheres.
Como pessoas civilizadas, podemos conversar sobre as nossas opiniões. Não me apelide de "fascista". Estou a defender os princípios em que me baseio, e penso que ajo coerentemente.
Convido-o a visitar o Sou a Favor da Vida, que tem link do lado direito deste blog.
Obrigada por ter lido,
Rita
Rita,
E bom ver pessoas com a sua idade a demonstrarem tamanha maturidade. Saudo-a pelos seus principios e pela maneira com que os articula. Nao me confunda eu nao apelido ninguem de fascista por defender aquilo em que acredita. Emboras as nossas opinioes sobre o assunto em causa sejam divergentes a sua merece o meu respeito.
Eu nao pretendo insultar ninguem aqui, se esses senhores consideram um insulto serem chamados de fascistas e porque talvez sofrem de dupla personalidade ou esquizofrenia. Agora eu revolto-me e com a hipocrisia desta gente que vem para aqui "defender a vida" quando os seus intuitos sao completamente diferentes. Instrumentalizam uma questao importante para atingir objectivos ja aqui mencionados.
Um grande bem haja
Como é que ser a favor do aborto é ser-se a favor da dignidade da mulher?
Mais: quem é que ousa falar de "dignidade" quando apoia algo tão macabro como a prática abortiva?
Algum de vocês já passou pelo processo de abortar?! Sabem o quanto anda pelo chão a dignidade da mulher que a ele se submete? Acaso algum de vocês, papagaios da despenalização, sabe o que sofre uma mulher, depois de ir nas vossas cantigas da liberdade e dignidade e mais o caralho que vos foda a todos, para depois sofrer na pele e ver que, afinal, as coisas não são "felizes para sempre" como vocês dizem que são?
Esse discursinho "Floribella" do mundo lindo sem os indesejados dos fetos mal cheirosos, pega para quem não sabe o que é abortar, ou para quem abortar é tão simples como cagar na cerca - gente sem escrúpulo, nem consciência!
É o máximo da hipocrisia que só se lembrem das mulheres que abortam DEPOIS de abortar. Pois aí, meus caros, fodam-se mas é todos, que o mal já está feito!
E não há bata branca nem ambientezinho asséptico que nos valha ter de dormir todos os dias com a culpa, não só de ter matado um filho, mas sim por sermos tão estúpidas por acreditar nos vossos discursos pró-escolha! Tenho dito!
Ponto de ordem:
Rita: a sua ingenuidade ao pensar que pode discutir civilizadamente com estas pessoas desarma-me completamente. Como invejo os seus 17 anos...
Com o tempo, vai aprender a separar as águas e chegar à conclusão que, de facto, poderá discutir de forma civilizada e construtiva com outras pessoas. Pessoas que não são radicais extremistas que colocam aqui textos de um tal Serras Pereira que nem lembram ao menino jesus.
Mas sempre pode ir vendo, com o tempo, que a "agenda" destas pessoas tem a ver apenas com o movimento que as une. A questão da IVG é apenas mais uma "batalha", secundária para eles, numa guerra mais ampla e concertada que a PJ e o SIS bem conhecem.
Daí que faça até muito sentido discutir o que está por detrás, e não a fachada (acredite, Rita, que eles estão-se nas tintas para a "defesa da vida", como você, genuinamente, pensa que está).
Se eles conseguirem levá-la para as suas fileiras, então, estão no seu direito - vivemos numa democracia.
"Terminal":
1. Tenho por Estaline o mesmo "carinho" que me apega aos vossos heróis. Por aí, não vai lá.
2. Não nutro ódio por ninguém, é sentimento que nada me diz, ao contrário de vós, que até "curtem" o som de uma banda com esse nome.
3. Não quero dar tiros a ninguém. Não defendo o uso de armas, nem tenho ou peguei em nenhuma em toda a minha vida.
4. Ao contrário de vós, não acredito em dogmas. Não sou eu quem admira a prosa do Padre Serras Pereira...
Mas fico satisfeito por me ter respondido com um insulto, sem, no entanto, rebater o que lhe apontei.
Passe bem.
Quando não existem argumentos válidos, "grita-se" com palavras abjectas. Veja-se o que escreve a comentarista das o2.17.56.
Sintomático.
Respeitam a vida.
Mas as palavras definem quem as diz.
Obrigada, mr. x e anti-facho, por perceberem a minha posição.
Infelizmente, não me identifico com a modo como expressam algumas opiniões, aqui neste blog. De qualquer modo, sem olhar às suas motivações, concordo com o que é defendido. Mas são bem capazes de, com este tipo de discurso, levar os indecisos a inclinarem-se mais para o "Sim" do que para o "Não", quando não é essa, de todo, a vossa intenção.
Quanto a mim, acreditem que defendo a minha opiniões com toda a convicção de que o aborto não é nunca a solução e que, com esforço e vontade da parte de "quem manda", conseguia-se dar resposta às questões que levam as mulheres a abortar. Podemos debater as várias soluções possíveis, que acho que quase todos admitem que existem.
Quanto ao anônimo das 02:17:56, tenho pena que tenhas perdido a razão e credibilidade toda (e a oportunidade de, inclusivamente, mudares a opinião de alguém) apenas pela forma como te expressaste. Controlo e contenção!
Até breve,
Rita
Correcção: a sua intenção (dos autores do blog).
rita:
o anónimo das 02.17.56 tem uma agravante: é uma mulher.
"tenho pena que tenhas perdido a razão e credibilidade "
"o anónimo das 02.17.56 tem uma agravante: é uma mulher."
Nao devemos dar muita atenção a sintaxe mas sim a semantica mesmo que esta aos nossos olhos nao seja a melhor.
Nao...não existe nenhum cãozinho fardado a raptar o meu nick...
Para o anónimo das três hipóteses
A primeira é própria de um parasita burguês.
A terceira é própria de um trabalhador.
"A terceira é própria de um trabalhador."
Pena que ela só exista no Pais Das Maravilhas...
Então vamos lutar pelo país das maravilhas.
"Então vamos lutar pelo país das maravilhas."
E chamam demagogicos e utopicos aos comunas...
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