Sobre o aborto
É momento de exprimirmos a nossa opinião sobre este assunto. Tenho procurado ler o que se tem escrito e estar atento ao que sobre tal ouço. Vejo opiniões superficiais (algumas levianas, outras sinceras), mas muita confusão. Mas há as corajosas, que se não deixam ir nesta grande onda em que nos procuram envolver. E também as que têm autoridade. Não quero deixa de referir algumas:
A primeira vez que vi condenar o aborto, mas descriminalizar a mulher que o pratica, foi ao actual Bispo do Porto, D. Armindo Lopes Coelho, numa entrevista há tempos publicada, precisamente no jornal O Primeiro de Janeiro, ideia depois desenvolvida no aspecto jurídico pelo professor Freitas do Amaral e outros. No dia 9 do corrente mês, o professor universitário Mário Pinto escreve no jornal Público a intervenção intitulada O aborto: as razões e a vergonha, onde faz afirmações corajosas, lúcidas e com uma força e clarividência como poucas vezes tenho visto. Assim ele questiona, como é que uma coisa tão sagrada e fundamental, se transforma, hoje de repente na decisão arbitrária da mulher grávida? Afirma também ser um golpe baixo da propaganda ideológica e política a favor da legalização do aborto lançar agora a campanha de que a motivação da defesa daquela punição ser as mulheres na cadeia.Põe ainda em causa o conceito tantas vezes apontado da propriedade do corpo. Entre parênteses e a este propósito, não esquecemos a imagem chocante e de falta de gosto, de uma jovem, numa manifestação, mostrar o ventre com os dizeres a barriga é minha. E também a atitude de nunca aparecer a vítima do crime, evitando o mostrar as técnicas de aborto ou os restos mortais do embrião. Em 19 de Outubro, também no jornal Público, Zita Seabra, no seu artigo Virar a página, afirma que, pretender, em pleno século XXI, que o Estado português banalize o aborto com um simples método de contracepção, é abrir as portas de ordem ética, que razão alguma pode justificar. Estando de acordo com todas estas afirmações, centremo-nos na nossa opinião.
Comecemos pelo nome a utilizar. Desmancho parece-se-nos uma designação do passado, portanto não apropriada para os dias de hoje. Interrupção voluntária da gravidez achamos ser apenas uma maneira de nos tentarmos desculpabilizar e justificarmos o acto. O termo próprio será pois aborto e, por uma questão de seriedade devemos adoptá - lo. Achamos que o aborto em si é um acto condenável e não deveria ser admitido em circunstâncias nenhumas ou só em casos muito especiais. Mas, para tal ser possível seriam necessárias muitas medidas que apoiassem a mulher e a família, eliminassem a pobreza extrema, houvesse uma educação a sério nas escolas e dentro da família e também que a comunicação social não intoxicasse tantas vezes as pessoas menos preparadas e os jovens. Quanto à questão do referendo que por ter sido aprovado no Parlamento irá ser realizado nos próximos tempos há que analisar bem a diferença das palavras eventualmente utilizadas e o que verdadeiramente está em causa. Assim na pergunta a que aos portugueses terão que responder, falar - se - á de despenalização e descriminalização do aborto, mas o que está em causa verdadeiramente é a legalização e liberalização do mesmo. Se vencer o Sim, o aborto passará a ter uma cobertura legal, sem qualquer pressuposto, até às dez semanas, apenas por um simples pedido da mulher. Um amigo meu, numa conversa com uma senhora adepta do sim, e que dizia ter muitas amigas que já o haviam praticado, perguntou - lhe se ela sabia as razões porque o haviam feito. Uma respondeu que foi por já terem filhos que chegassem, outra, porque o filho ou filhos que tinham já eram crescidos e não estavam para voltar a esses trabalhos, ou outros motivos do mesmo teor. E não eram pessoas necessitadas. E, como diz Zita Seabra, ainda há a hipótese do aborto por não ser o sexo desejado!. . Sempre um pensar egoísta, um pensar apenas em si próprias, um estar-se nas tintas para os outros, como é usual dizer-se. Creio que na presente situação há um oportunismo político duma esquerda desorientada na sua ideologia, e que procura os seus pontos de afirmação a qualquer custo, não falando naquela esquerda fundamentalista que é sempre contra e destrutiva. Tenho presente o artigo com a autoridade de Vital Moreia, intitulado Direita e Esquerda, escrito no jornal Público de 17 do corrente. E vamos assistindo ao pôr encadeado de questões como o aborto, o casamento de homossexuais, a eutanásia... E como argumento, que já se faz noutros países mais avançados. E lembramos que a nossa Europa se encontra num período de crise de identidade e num resvalar para um homem longe da sua natureza. Há quem fale em quarenta anos de atraso, mas se soubermos ter a maturidade suficiente e soubermos encarar a sério os problemas que temos, talvez possamos ficar, numa Europa decadente, com quarenta anos de avanço. É tempo de nos deixarmos de seguidismos cegos e encararmos com seriedade a nossa realidade concreta. Há muitas vezes o tomar medidas que apenas são paliativos e não vão ao essencial, ou então, como é o caso do actual governo, em tal quantidade e com tal pressa que, certamente, será difícil implantá-las dum modo consistente. Como exemplo ao acaso, lembramos as tentativas da educação sexual nas escolas. O mesmo amigo que atrás referi, é professor; um dia, na escola onde lecciona, contou que os professores receberam instruções do conselho directivo para dispensarem os respectivos alunos das aulas para que eles pudessem ir assistir a uma prelecção precisamente sobre educação sexual, dada por um médico dos Serviços de Saúde. Ele não tinha aulas nessa altura, mas foi assistir. Chegou ao fim da sessão espantado, pois a sessão limitou - se a um descriminar exaustivo das técnicas de contracepção, sem a mínima referência ao papel dos afectos; um completo desvirtuar do papel do sexo, com a agravante de se situar numa escola do ensino secundário. Assistimos grande parte das vezes a um ir buscar o que já se faz nos outros países, que provincianamente achamos mais avançados e quantas vezes nos enganamos. Ainda agora temos o exemplo duma França, sempre com pretensões de vanguarda e onde foi decretado ser crime não considerar genocídio o caso dos arménios na Turquia. E parece que grande número dos deputados socialistas abandonaram a sala por não terem a coragem de entrar na votação. A vida de cada ser humano é uma coisa muito séria. Trata-se de um Dom que cada um de nós recebe, limitado no tempo, mas que devemos desenvolver em plena liberdade interior, e cientes da nossa fragilidade e da necessidade de respeitarmos a liberdade dos outros. E não temos o direito de roubar esse Dom a outros.
*Engenheiro
mabcreis@hotmail.com
Escreve no JANEIRO, quinzenalmente, às segundas-feiras
A primeira vez que vi condenar o aborto, mas descriminalizar a mulher que o pratica, foi ao actual Bispo do Porto, D. Armindo Lopes Coelho, numa entrevista há tempos publicada, precisamente no jornal O Primeiro de Janeiro, ideia depois desenvolvida no aspecto jurídico pelo professor Freitas do Amaral e outros. No dia 9 do corrente mês, o professor universitário Mário Pinto escreve no jornal Público a intervenção intitulada O aborto: as razões e a vergonha, onde faz afirmações corajosas, lúcidas e com uma força e clarividência como poucas vezes tenho visto. Assim ele questiona, como é que uma coisa tão sagrada e fundamental, se transforma, hoje de repente na decisão arbitrária da mulher grávida? Afirma também ser um golpe baixo da propaganda ideológica e política a favor da legalização do aborto lançar agora a campanha de que a motivação da defesa daquela punição ser as mulheres na cadeia.Põe ainda em causa o conceito tantas vezes apontado da propriedade do corpo. Entre parênteses e a este propósito, não esquecemos a imagem chocante e de falta de gosto, de uma jovem, numa manifestação, mostrar o ventre com os dizeres a barriga é minha. E também a atitude de nunca aparecer a vítima do crime, evitando o mostrar as técnicas de aborto ou os restos mortais do embrião. Em 19 de Outubro, também no jornal Público, Zita Seabra, no seu artigo Virar a página, afirma que, pretender, em pleno século XXI, que o Estado português banalize o aborto com um simples método de contracepção, é abrir as portas de ordem ética, que razão alguma pode justificar. Estando de acordo com todas estas afirmações, centremo-nos na nossa opinião.
Comecemos pelo nome a utilizar. Desmancho parece-se-nos uma designação do passado, portanto não apropriada para os dias de hoje. Interrupção voluntária da gravidez achamos ser apenas uma maneira de nos tentarmos desculpabilizar e justificarmos o acto. O termo próprio será pois aborto e, por uma questão de seriedade devemos adoptá - lo. Achamos que o aborto em si é um acto condenável e não deveria ser admitido em circunstâncias nenhumas ou só em casos muito especiais. Mas, para tal ser possível seriam necessárias muitas medidas que apoiassem a mulher e a família, eliminassem a pobreza extrema, houvesse uma educação a sério nas escolas e dentro da família e também que a comunicação social não intoxicasse tantas vezes as pessoas menos preparadas e os jovens. Quanto à questão do referendo que por ter sido aprovado no Parlamento irá ser realizado nos próximos tempos há que analisar bem a diferença das palavras eventualmente utilizadas e o que verdadeiramente está em causa. Assim na pergunta a que aos portugueses terão que responder, falar - se - á de despenalização e descriminalização do aborto, mas o que está em causa verdadeiramente é a legalização e liberalização do mesmo. Se vencer o Sim, o aborto passará a ter uma cobertura legal, sem qualquer pressuposto, até às dez semanas, apenas por um simples pedido da mulher. Um amigo meu, numa conversa com uma senhora adepta do sim, e que dizia ter muitas amigas que já o haviam praticado, perguntou - lhe se ela sabia as razões porque o haviam feito. Uma respondeu que foi por já terem filhos que chegassem, outra, porque o filho ou filhos que tinham já eram crescidos e não estavam para voltar a esses trabalhos, ou outros motivos do mesmo teor. E não eram pessoas necessitadas. E, como diz Zita Seabra, ainda há a hipótese do aborto por não ser o sexo desejado!. . Sempre um pensar egoísta, um pensar apenas em si próprias, um estar-se nas tintas para os outros, como é usual dizer-se. Creio que na presente situação há um oportunismo político duma esquerda desorientada na sua ideologia, e que procura os seus pontos de afirmação a qualquer custo, não falando naquela esquerda fundamentalista que é sempre contra e destrutiva. Tenho presente o artigo com a autoridade de Vital Moreia, intitulado Direita e Esquerda, escrito no jornal Público de 17 do corrente. E vamos assistindo ao pôr encadeado de questões como o aborto, o casamento de homossexuais, a eutanásia... E como argumento, que já se faz noutros países mais avançados. E lembramos que a nossa Europa se encontra num período de crise de identidade e num resvalar para um homem longe da sua natureza. Há quem fale em quarenta anos de atraso, mas se soubermos ter a maturidade suficiente e soubermos encarar a sério os problemas que temos, talvez possamos ficar, numa Europa decadente, com quarenta anos de avanço. É tempo de nos deixarmos de seguidismos cegos e encararmos com seriedade a nossa realidade concreta. Há muitas vezes o tomar medidas que apenas são paliativos e não vão ao essencial, ou então, como é o caso do actual governo, em tal quantidade e com tal pressa que, certamente, será difícil implantá-las dum modo consistente. Como exemplo ao acaso, lembramos as tentativas da educação sexual nas escolas. O mesmo amigo que atrás referi, é professor; um dia, na escola onde lecciona, contou que os professores receberam instruções do conselho directivo para dispensarem os respectivos alunos das aulas para que eles pudessem ir assistir a uma prelecção precisamente sobre educação sexual, dada por um médico dos Serviços de Saúde. Ele não tinha aulas nessa altura, mas foi assistir. Chegou ao fim da sessão espantado, pois a sessão limitou - se a um descriminar exaustivo das técnicas de contracepção, sem a mínima referência ao papel dos afectos; um completo desvirtuar do papel do sexo, com a agravante de se situar numa escola do ensino secundário. Assistimos grande parte das vezes a um ir buscar o que já se faz nos outros países, que provincianamente achamos mais avançados e quantas vezes nos enganamos. Ainda agora temos o exemplo duma França, sempre com pretensões de vanguarda e onde foi decretado ser crime não considerar genocídio o caso dos arménios na Turquia. E parece que grande número dos deputados socialistas abandonaram a sala por não terem a coragem de entrar na votação. A vida de cada ser humano é uma coisa muito séria. Trata-se de um Dom que cada um de nós recebe, limitado no tempo, mas que devemos desenvolver em plena liberdade interior, e cientes da nossa fragilidade e da necessidade de respeitarmos a liberdade dos outros. E não temos o direito de roubar esse Dom a outros.
*Engenheiro
mabcreis@hotmail.com
Escreve no JANEIRO, quinzenalmente, às segundas-feiras
26 Comentários:
Quem é que escreve?
Este texto e de um conservadorismo extremo, bem na linha do Exmo Padre Nuno Serras Pereira. 40 anos atrás dos 40 anos de atraso...
Nem comento por tão fora de senso!
Um bom padre é um padre morto.
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Viva o aborto!
Com o aborto generalizado nascem menos padres, fascistas, neo-nazis, neo-salazaristas e correspondente neo-escumalha!
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