Faz de conta que é um pudim de gelatina
Em forma de blogue, deu a recordar a jornalista Fernanda Câncio uma entrevista feita já em 1998 e então publicada na imprensa, a uma senhora que fazia (a jornalista crê que ainda faz) abortos em casa. A conversa é edificante e não resisto a citar aqui duas passagens. Num primeiro momento, explica a entrevistada que só faz abortos "até às oito semanas". Querem saber a razão? "[...] Porque acho que até às oito semanas uma pessoa tem tempo suficiente para se decidir. E depois penso que me faria um bocado de impressão moral fazer uma coisa já maior." Ou seja: a senhora vê merecimento na tese de que depois das oito semanas a coisa lhe faz impressão. Ora, é sabido que se quer agora legitimar o aborto até às dez semanas - algo, portanto, que faz inclusivamente impressão a tão distinta entrevistada, o que talvez ajude a explicar a enorme dificuldade com que os pró-abortistas lidam com aquelas imagens que nós sabemos quais são. Adiante. Um nadinha mais à frente, explicando o funcionamento da coisa e a pouca impressão que lhe causa a matança, desde que feita até às oito semanas, remata a senhora que "aquilo sai tudo fragmentado, é como se fosse gelatina. Faz de conta que é um pudim de gelatina, que a gente aspira e pronto..."
Pudim de gelatina. A gente aspira e pronto. E pronto...
Pudim de gelatina. A gente aspira e pronto. E pronto...
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