sexta-feira, julho 13, 2007

A matança vai começar!

Texto publicado em simultâneo aqui, na Taberna dos Inconformados e no Blog do Zig!

O título que escolhi para este texto talvez seja um pouco forte demais, mas é de uma matança que se trata e é isso que me vem à cabeça quando oiço falar desse assunto, tanto há alguns meses, como agora!

Não se trata de uma matança de animais, mas sim, de fetos, logo, de uma matança à vida! Como é sabido, após um referendo que deu um resultado não vinculativo, a equipa em redor do “engenheiro” Sócrates decidiu fazê-lo valer e introduziu a matança, desculpem, o aborto legalmente assistido blá blá etc pp....

Para quem sabe, a minha pessoa está contra o aborto por várias razões. Para quem não sabe vou aqui relembrá-las em poucas palavras. Para mim a vida está acima de tudo, começa desde da mais pequena erva, passa pelos insectos que tento não pisar nas minhas inúmeras caminhadas, adoro árvores e acaba no esplendor máximo, na vida humana que tem que ser preservada, ao máximo. Há muitas formas de a fazer, muitos apoios a dar às mães grávidas porque muitas dessas mães só se “desfazem” do feto por meras questões económicas! O governo do “engenheiro” se lava agora as mãos, onde não há criança, não há apoios a prestar, não há escolas a construir e não há subsídios de desemprego a pagar, porque é para ali onde a actual política nos vai levar....(até rima)

Mas o que me leva a escrever hoje e aqui nestes três blogues sobre este assunto é a entrada em vigor dessa matança já no próximo domingo! Porém, há um aspecto com que os mandatários dessa matança não contaram! Quem tem que praticar o acto final são os médicos, os assim chamados obstetras. Eles também são seres humanos, e não máquinas que fazem o que lhes é mandado! Agora obrigar a um médico desses, que toda a sua vida profissional aprendeu salvar vidas, acabar com elas não é justo. Por isso existe o assim chamado estatuto de objector de consciência. É algo que alguém pode invocar se um acto vai contra a consciência dele, como em tempos aconteceu na tropa obrigatória, e agora nestes casos.

Pois então, na zona onde esse referendo teve a maior votação pelo sim, no Alentejo, também há objectores desses, e bastantes. No hospital de Évora são logo todos os dez médicos a invocar esse estatuto, em Portalegre, para onde o “tráfico” dessa matança vindo do norte dessa capital do Alto Alentejo será dirigido, um dos quarto médicos dessa especialidade também o é. Em Beja, onde devido ao facto acima descrito se espera uma grande afluência desses casos, cinco dos nove elementos também aderiram “à causa”, invocando objecção de consciência! Os restantes quatro, que certamente são bons médicos e que gostam de crianças, futuramente não devem fazer mais nada do que (bem, tenho alguma dificuldade em escolher as palavras certas) acatar essa decisão da solução final!

E esta, senhor primeiro ministro?