O Inverno demográfico
Para documentar a importância das questões que são objecto da luta da APFN pareceu-me justificar-se a transcrição de um pequeno trecho de um seu Manifesto. Aqui vai.
"O envelhecimento da população europeia em geral, e portuguesa em particular, é uma realidade cada vez mais preocupante, não só por pôr em causa a sustentabilidade do sistema de segurança social como, mesmo, a necessária sobrevivência económica e política.Este fenómeno, popularmente designado por "inverno demográfico", é, sobretudo, fruto de uma redução bastante grande da taxa de natalidade, muito abaixo dos 2.1 filhos por casal necessários para a renovação das gerações.
A fim de fazer face a esta situação, torna-se imperioso uma Política de Família adequada, no sentido de permitir que os casais não sejam penalizados, como são, ao terem mais do que um a dois filhos".
Nunca é demais salientar a forma como esta associação tem batalhado para chamar a atenção de todos, e sobretudo de quem nos governa, para problemas cruciais para o nosso futuro colectivo. Designadamente as questões relativas à demografia, à família, à fiscalidade - e aos pontos em que tudo isso se entreliga. Todos os portugueses têm bem presente a realidade - são mais os velhos que os novos, mais os que morrem do que os que nascem. Mas o país político parece alheado desse drama e das consequências sociais e conómicas que implicará a breve prazo.
A propósito das reivindicações mais que razoáveis referentes exactamente a matéria fiscal, tem sido dito que o nosso problema demográfico não se resolve por via fiscal.
O problema demográfico não se resolve só por via fiscal? Pois não - mas também não oferece dúvida que a sobrecarga fiscal não ajuda nada. O que se pretende ao dificultar a vida dos pais que sejam casados, face aos que sejam solteiros? O que se procura ao onerar mais e mais as famílias com mais filhos? Será proteger a família? Será incentivar os nascimentos?
A política fiscal só por si não resolverá o problema, isso é seguro. Mas já seria bom que não contribuísse para o agravar. E melhor ainda seria se fosse usada como um instrumento de protecção à família e de encorajamento à natalidade.
"O envelhecimento da população europeia em geral, e portuguesa em particular, é uma realidade cada vez mais preocupante, não só por pôr em causa a sustentabilidade do sistema de segurança social como, mesmo, a necessária sobrevivência económica e política.Este fenómeno, popularmente designado por "inverno demográfico", é, sobretudo, fruto de uma redução bastante grande da taxa de natalidade, muito abaixo dos 2.1 filhos por casal necessários para a renovação das gerações.
A fim de fazer face a esta situação, torna-se imperioso uma Política de Família adequada, no sentido de permitir que os casais não sejam penalizados, como são, ao terem mais do que um a dois filhos".
Nunca é demais salientar a forma como esta associação tem batalhado para chamar a atenção de todos, e sobretudo de quem nos governa, para problemas cruciais para o nosso futuro colectivo. Designadamente as questões relativas à demografia, à família, à fiscalidade - e aos pontos em que tudo isso se entreliga. Todos os portugueses têm bem presente a realidade - são mais os velhos que os novos, mais os que morrem do que os que nascem. Mas o país político parece alheado desse drama e das consequências sociais e conómicas que implicará a breve prazo.
A propósito das reivindicações mais que razoáveis referentes exactamente a matéria fiscal, tem sido dito que o nosso problema demográfico não se resolve por via fiscal.
O problema demográfico não se resolve só por via fiscal? Pois não - mas também não oferece dúvida que a sobrecarga fiscal não ajuda nada. O que se pretende ao dificultar a vida dos pais que sejam casados, face aos que sejam solteiros? O que se procura ao onerar mais e mais as famílias com mais filhos? Será proteger a família? Será incentivar os nascimentos?
A política fiscal só por si não resolverá o problema, isso é seguro. Mas já seria bom que não contribuísse para o agravar. E melhor ainda seria se fosse usada como um instrumento de protecção à família e de encorajamento à natalidade.
1 Comentários:
Há muito que a APFN (Associação Portuguesa de Famílias Numerosas) nos habituou à sua demagogia.
É revelador que esse senhor, que maliciosamente se auto-apoda "Manuel", tenha transcrito aquele trecho específico do manifesto da da APFN mas tenha preferido não referir o artigo décimo-terceiro, secção II, dos estatutos da organizaçao, que exige, passo a citar, "quatro Vogais".
Tratar um problema tão sério como o "inverno demográfico" que aí vem como se fosse uma mera sessão da «Roda da Sorte» não lembra a ninguém e deixa à vista de todos o infernal vórtex de corrupção em que a APFN se transformou. Isto para não me alongar nos problemas que a APFN tenta, absurdamente, escamotear, como o "efeito de estufa demográfico" e a "ligeira geada matinal demográfica".
Não queria terminar este comentário sem deixar bem claro que, de todas as alturas da minha vida em que me apeteceu um profiterole de chocolate, esta é indubitavelmente a mais densa com promessas de hostilidade.
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