sábado, julho 12, 2008

Privados garantem que o aborto ilegal continua a existir

No primeiro ano da Lei do Aborto - em vigor desde 15 de Julho de 2007 -, os dados oficiais revelam que em Portugal foram feitos mais de 14 mil interrupções da gravidez a pedido da mulher. O número é apenas um terço da estimativa prevista mas esconde uma estatística paralela: a do aborto clandestino.

Só na Clínica dos Arcos (um dos três privados certificados) foi recusada a intervenção a 448 mulheres por apresentarem mais de dez semanas de gravidez. Ao Expresso, a directora garantiu que aquelas mulheres procuraram ajuda fora da lei, ou seja, "foram para o aborto clandestino".

O Expresso conseguiu contactar uma parteira que pratica aborto ilegal há trinta anos. A antiga enfermeira prontificou-se a interromper uma gravidez, fictícia, de 14 semanas por 400 euros.

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