quinta-feira, fevereiro 22, 2007

A PRESSÃO DA LEGALIZAÇÃO

(por NUNO SERRAS PEREIRA)

Sintetiza-se o que Randy Alcorn diz do ambiente que rodeia as grávidas num país onde o aborto está legalizado (USA).
Os abortistas, pintando o aborto como a escolha preferível, têm convencido muitas mulheres de que não têm outro “remédio” senão fazê-lo. Tendo sido mentalizados de que o aborto é o modo mais fácil para escapar a uma dificuldade, pais, mães, noivos, maridos, professores, assistentes sociais, médicos, enfermeiros e meios de comunicação social constrangem frequentemente as mulheres a uma decisão que é mais deles do que delas. O aborto é apresentado como o modo mais adequado e veloz para fugir a um dilema.
Ora, dever-se-ia apresentar às mulheres várias alternativas em vez de “vender” o aborto. Um ex-consultor de uma clínica confessou: “o meu trabalho consistia em consolar as mulheres e assegurar que decidiriam abortar”. Com este tipo de conselhos quem escolheria outra solução? Ex-proprietários e empregados de clínicas, algumas das quais contratam especialistas de marketing para treinarem o pessoal, declararam que a sua tarefa consistia em “vender abortos” às grávidas. De facto, como esperar que estas clínicas que ganham milhões de dólares por ano proponham alternativas leais e objectivas às mulheres grávidas e necessitadas de ajuda?
Apresentar as coisas dizendo “ou aborto ou miséria”, como se no aborto não houvesse miséria, é uma armadilha que impede as mulheres de procurarem e a sociedade de providenciar alternativas positivas, tais como a adopção (propriamente dita ou à distância ou da grávida) melhoria dos serviços à infância, enfim, todas as medidas familiares, culturais, morais e sociais adequadas à resolução do problema.