Três notas sobre o aborto
Na minha pila mando eu. Dos argumentos aduzidos pelo «sim», um entre muitos rejeito in limine: o de que nada adianta punir o crime de aborto em Portugal porque as mulheres podem ir de auto-estrada a Espanha. É que, por identidade de razão, teria sido possível despenalizar a pedofilia. Pelo menos desde que as companhias aéreas de baixo custo começaram a voar para a Tailândia, o cidadão comum pode ir de avião fazer turismo sexual à custa da miséria indígena. As casas da especialidade em Banguecoque até são mais baratas do que as clínicas de Badajoz. E acabava-se assim de vez com a humilhação daqueles homens da Casa Pia, diariamente exibidos à exprobração pública.
Na minha liberdade mando eu. Embora não haja uma divisão precisa entre a direita e a esquerda tradicionais no tema do aborto, é flagrante que há mais adeptos do «sim» na esquerda e mais defensores do «não» à direita. E por isso vale a pena notar que a esquerda nos tenta impor há quase sete lustros uma agenda soviética, sempre com o estafado argumento da «libertação» de qualquer coisa. Primeiro foi a «nacionalização da economia», depois a «descolonização exemplar», logo a seguir a «reforma agrária». Só faltava o «aborto livre e gratuito», de que a saudosa União Soviética foi pioneira.
No caso das «nacionalizações», pretendia-se libertar o país do grande capital; na descolonização, queria-se libertar os povos oprimidos; na reforma agrária, libertar os trabalhadores dos grandes latifundiários. Agora, com o aborto, anuncia-se uma nova redenção da mulher. Mas como nas demais promessas de libertação do povo e do proletariado, o aborto não liberta as mulheres; extermina-as. Pelo menos metade dos abortados é do sexo feminino.
No meu partido mando eu. Para além dos movimentos que conseguiram entregar as 5 mil assinaturas, também os partidos políticos têm direito aos tempos de antena legais no referendo do aborto. Quase todos os partidos oficializaram a sua presença na campanha, do PS ao CDS-PP, do PCP ao PNR. Curiosamente, a Nova Democracia optou por ficar de fora. A agremiação recreativa do dr. Manuel Monteiro não tem nada para dizer. Será que, sempre moderno e polido, o partido da andorinha já aderiu à tese da «questão da consciência individual de cada um»?
Na minha liberdade mando eu. Embora não haja uma divisão precisa entre a direita e a esquerda tradicionais no tema do aborto, é flagrante que há mais adeptos do «sim» na esquerda e mais defensores do «não» à direita. E por isso vale a pena notar que a esquerda nos tenta impor há quase sete lustros uma agenda soviética, sempre com o estafado argumento da «libertação» de qualquer coisa. Primeiro foi a «nacionalização da economia», depois a «descolonização exemplar», logo a seguir a «reforma agrária». Só faltava o «aborto livre e gratuito», de que a saudosa União Soviética foi pioneira.
No caso das «nacionalizações», pretendia-se libertar o país do grande capital; na descolonização, queria-se libertar os povos oprimidos; na reforma agrária, libertar os trabalhadores dos grandes latifundiários. Agora, com o aborto, anuncia-se uma nova redenção da mulher. Mas como nas demais promessas de libertação do povo e do proletariado, o aborto não liberta as mulheres; extermina-as. Pelo menos metade dos abortados é do sexo feminino.
No meu partido mando eu. Para além dos movimentos que conseguiram entregar as 5 mil assinaturas, também os partidos políticos têm direito aos tempos de antena legais no referendo do aborto. Quase todos os partidos oficializaram a sua presença na campanha, do PS ao CDS-PP, do PCP ao PNR. Curiosamente, a Nova Democracia optou por ficar de fora. A agremiação recreativa do dr. Manuel Monteiro não tem nada para dizer. Será que, sempre moderno e polido, o partido da andorinha já aderiu à tese da «questão da consciência individual de cada um»?
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