Sobre as sondagens
Como alguns ainda se lembrarão já houve um referendo sobre o aborto, realizado em Junho de 1998.
Do que talvez ninguém se lembre é das sondagens de então: por exemplo, quem se recorda que a 6 de Junho de 1998 o "Expresso" publicava uma sondagem Expresso/Euroexpansão (elaborada precisamente um mês antes do referendo) onde se anunciava que: "a esmagadora maioria dos portugueses (81 %) tem a intenção de votar no referendo sobre a despenalização do aborto, dia 28 de Junho. Ainda de acordo com esta consulta, o 'sim' ganha por 25 pontos percentuais e o número de indecisos é consideravelmente baixo: a cerca de um mês da realização do referendo, apenas 9% ainda não sabem como irão votar."
No dia 28 de Junho seguinte efectuou-se o referendo. Votaram apenas 32% dos potenciais votantes, sendo que 51% votaram contra e 49% votaram a favor.
Não pensem em argumentar que se tratou apenas de uma sondagem: todas as sondagens que se publicaram até ao dia do referendo, em vários órgãos de informação, davam como certos resultados semelhantes ao anunciado no "Expresso".
Do que talvez ninguém se lembre é das sondagens de então: por exemplo, quem se recorda que a 6 de Junho de 1998 o "Expresso" publicava uma sondagem Expresso/Euroexpansão (elaborada precisamente um mês antes do referendo) onde se anunciava que: "a esmagadora maioria dos portugueses (81 %) tem a intenção de votar no referendo sobre a despenalização do aborto, dia 28 de Junho. Ainda de acordo com esta consulta, o 'sim' ganha por 25 pontos percentuais e o número de indecisos é consideravelmente baixo: a cerca de um mês da realização do referendo, apenas 9% ainda não sabem como irão votar."
No dia 28 de Junho seguinte efectuou-se o referendo. Votaram apenas 32% dos potenciais votantes, sendo que 51% votaram contra e 49% votaram a favor.
Não pensem em argumentar que se tratou apenas de uma sondagem: todas as sondagens que se publicaram até ao dia do referendo, em vários órgãos de informação, davam como certos resultados semelhantes ao anunciado no "Expresso".
Ou os portugueses aprenderam a mentir aos sondadores (o que só abona a seu favor) ou os sondadores se habituaram a mentir aos portugueses.
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