Sempre pela vida
Um artigo de Cláudio Anaia:
Já vivemos numa sociedade burocrata. Nas empresas, existem os burocratas e, agora, parece que existem por aí os políticos "sexocratas".
Explico: o que está em voga e o que é, hoje em dia, politicamente correcto discutir, principalmente pelos nossos políticos, são assuntos que têm a ver com causas ditas fracturantes, isto é, questões de valores que dividem a sociedade. Os nossos órgãos de comunicação social não se cansam de falar nas uniões de facto entre homossexuais (nalguns casos até com direito a adopção), na pílula do dia seguinte (leia-se pílula abortiva) e agora ultimamente com repetição através de referendo sobre o aborto ou, como costumam dizer mais "adocicadamente", interrupção voluntária da gravidez. Será que os problemas da educação, da saúde, do primeiro emprego, da habitação não serão assuntos muito mais importantes - que não dividem mas unem as pessoas - e que nos deverão preocupar como cidadãos portugueses?
Parece que não! O que importa - como se fosse a prioridade das prioridades - são essas questões chamadas "fracturantes", como o aborto. No congresso do meu partido, em que fui delegado, esse assunto voltou a estar na ordem do dia e dominou a actualidade política através de varias moções globais. Por vezes, fico com a sensação de que parece ser usado como manobra para desviar a nossa atenção daquelas que são verdadeiras causas da esquerda.
Mas o que me entristece em tudo isto é que as pessoas falam do aborto como se fosse uma questão de política partidária, e esquecem-se que o que está em causa é a vida, uma vida única, irrepetível e que deve ser respeitada.
Mais uma vez aqui deixo e reafirmo as convicções que me levam a dizer "não" ao aborto:
- A morte nunca foi solução nem resposta para nada;
- Não posso concordar que exista o aborto livre, a simples pedido da mãe. Isto é, que, até às dez semanas, um ser humano fique sem qualquer protecção legal;
- Defendo que tem de se valorizar a maternidade, promovendo redes de solidariedade social que ofereçam alternativas concretas às mulheres grávidas em situação difícil;
- O aborto não se combate legalizando, mas sim criando verdadeiras alternativas solidárias: uma educação sexual esclarecida, um planeamento familiar sério e uma aposta decidida na prevenção;
- Ao contrário do que se diz por aí, este assunto não diz só respeito às mulheres. O pai tem um papel fundamental. Não pode nem deve demitir-se das responsabilidades, muito menos ser excluído por terceiros.
Amigos e pessoas do meu partido com responsabilidades políticas já me aconselharam, muitas vezes, a não falar nestas matérias porque "estava a queimar-me", mas respondo da mesma forma que acabo este meu texto: esteja onde estiver, exerça os cargos que exercer, pugnarei sempre pela vida!
Já vivemos numa sociedade burocrata. Nas empresas, existem os burocratas e, agora, parece que existem por aí os políticos "sexocratas".
Explico: o que está em voga e o que é, hoje em dia, politicamente correcto discutir, principalmente pelos nossos políticos, são assuntos que têm a ver com causas ditas fracturantes, isto é, questões de valores que dividem a sociedade. Os nossos órgãos de comunicação social não se cansam de falar nas uniões de facto entre homossexuais (nalguns casos até com direito a adopção), na pílula do dia seguinte (leia-se pílula abortiva) e agora ultimamente com repetição através de referendo sobre o aborto ou, como costumam dizer mais "adocicadamente", interrupção voluntária da gravidez. Será que os problemas da educação, da saúde, do primeiro emprego, da habitação não serão assuntos muito mais importantes - que não dividem mas unem as pessoas - e que nos deverão preocupar como cidadãos portugueses?
Parece que não! O que importa - como se fosse a prioridade das prioridades - são essas questões chamadas "fracturantes", como o aborto. No congresso do meu partido, em que fui delegado, esse assunto voltou a estar na ordem do dia e dominou a actualidade política através de varias moções globais. Por vezes, fico com a sensação de que parece ser usado como manobra para desviar a nossa atenção daquelas que são verdadeiras causas da esquerda.
Mas o que me entristece em tudo isto é que as pessoas falam do aborto como se fosse uma questão de política partidária, e esquecem-se que o que está em causa é a vida, uma vida única, irrepetível e que deve ser respeitada.
Mais uma vez aqui deixo e reafirmo as convicções que me levam a dizer "não" ao aborto:
- A morte nunca foi solução nem resposta para nada;
- Não posso concordar que exista o aborto livre, a simples pedido da mãe. Isto é, que, até às dez semanas, um ser humano fique sem qualquer protecção legal;
- Defendo que tem de se valorizar a maternidade, promovendo redes de solidariedade social que ofereçam alternativas concretas às mulheres grávidas em situação difícil;
- O aborto não se combate legalizando, mas sim criando verdadeiras alternativas solidárias: uma educação sexual esclarecida, um planeamento familiar sério e uma aposta decidida na prevenção;
- Ao contrário do que se diz por aí, este assunto não diz só respeito às mulheres. O pai tem um papel fundamental. Não pode nem deve demitir-se das responsabilidades, muito menos ser excluído por terceiros.
Amigos e pessoas do meu partido com responsabilidades políticas já me aconselharam, muitas vezes, a não falar nestas matérias porque "estava a queimar-me", mas respondo da mesma forma que acabo este meu texto: esteja onde estiver, exerça os cargos que exercer, pugnarei sempre pela vida!
2 Comentários:
Caro Manuel,
Porque é que as pessoas, algumas pessoas que conheço, têm medo de tomar posições em que acreditam e medo de se "queimarem"? Se em determinado momento, o ambiente geral se tornar numa horda, terei eu também de seguir a onde o vento leva, ou ir atrás das massas? Um homem que sobreviva não será infeliz em relação ao que viva?
Tenho pena dessas pessoas sem carácter e que não sabem valer por si.
Eu sei valer por mim.
VOTO : SIM
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