domingo, outubro 22, 2006

Imperativo: organizar

A autodesresponsabilização dos progenitores na educação dos filhos, geralmente com alibis confortáveis do género "o futuro é deles" ou "para isso existe a escola" abriu o caminho para o monopólio educativo das correntes ideológicas que dominaram o aparelho de Estado e o sistema de ensino público.
A contra-corrente, surge uma reacção alarmada por parte de muitos que se viram de súbito à margem do processo educativo dos filhos, e este a caminhar em sentidos por onde nunca pensariam enveredar.Não só em Portugal, surgem associações tendentes a reivindicar para as famílias o papel que naturalmente lhes compete. Destaco a este propósito, entre nós, a conhecida APFN, e nos mais recentes meses o MOVE e as associações Pró-Escolha.
Se esta movimentação criar raízes e amplitude, podemos estar certos que se trata de uma frente decisiva na regeneração do tecido social desfeito por muito tempo de experimentalismo e fantasias ao serviço de projectos de engenharia social, nascidos de ideologias em revolta contra a natureza dos homens e das sociedades.