Do querer e do dever
Qualquer sociedade centrada no indivíduo corre o risco da relativização do absoluto. Neste caso especifico do aborto, leva à negação da absoluta certeza do valor inalienável da Vida.
Perder esta noção básica da nossa civilização parece, no mínimo, contraditório com a primazia individual, mas compreende-se na sobreposição da vontade própria e subjectiva ao valor universal.
Trata-se da queda da estrutura civilizacional ocidental em prol de uma suposta liberdade de escolha. Convém contudo lembrar que escolher matar constitui-se, independentemente das razões, como um homicídio.
Por outro lado, nas ideologias totalitárias reconhece-se melhor a causa para a defesa do aborto: o indivíduo submete-se, em tudo, à vontade colectiva. Não é pois de admirar ver a esquerda apoiar a matança.
O certo é que o ideal seria um meio-termo entre o individual e o colectivo. Saber fazer da vontade própria um instrumento do bem comum. Não estará a verdadeira expressão de Liberdade na Obediência total?
Rendamo-nos à verdade de que a Vida é inviolável por natureza, obedeçamos ao evidente. A verdade liberta.
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