segunda-feira, outubro 23, 2006

Promoção da Vida

Quem quer ter um filho não aborta, do mesmo modo, quem não quer provoca um aborto. Como se o sentido da vida dependesse desse instante de decisão arbitraria, ou pior ainda, da decisão de interromper – suspender – tirar a possibilidade de vida ao novo ser, ainda em formação uterina.

É simples, aliás, muito simples, se não quer ter filhos, não os faça.

A vida não é um jogo de sorte ou azar. É a possibilidade de sermos para nós e para os outros, agradecendo à graça divina e maternal a sorte que nos coube. E de podermos contemplar a obra do criador, seja ele Deus ou o acaso, num pequeno tempo de existência terrena, aquele mesmo onde somos! Nada mais.

Chegamos até aqui por variadíssimos motivos, um deles, é o de querer-se construir a casa a partir de cima, como se as fundações não fossem relevantes para a estrutura. Do mesmo modo, o sentido da vida deixou de ser importante, para dar lugar ao efémero e ao acessório. A Família Tradicional, o planeamento familiar , deixaram de ter sentido e lógica numa sociedade imoral, e por vezes, completamente amoral, onde a inexistência de valores agregadores e protectores veio desagregar modelos familiares enraizados no tempo, pilares seguros da continuidade dos múltiplos povos que entre si coexistiram, o que quer dizer, que esta tentativa quase conseguida da interrupção; da destruição da família, da inexistência de valores, de falta de objectivos gerais do estado em relação à família, e do cidadão em particular, leva-nos a constatar uma evidência.

Caminhamos para o nada. Para sentido nenhum.
Somos apenas um meio no fim de outros!

Uma pergunta determinante impõe-se.
Será que é isto que queremos?