quarta-feira, maio 19, 2010

Portugal Pró Vida lamenta promulgação do casamento gay

O Partido Portugal Pró Vida (PPV) lamentou «profundamente», esta quarta-feira, a decisão de promulgação da lei do casamento homossexual pelo Presidente da República.
Em comunicado enviado à Lusa, a direcção nacional do PPV afirma que «todos os pressupostos relevantes, invocados pelo Presidente no seu esboço de auto-justificação, apontavam para uma decisão de sentido contrário ao anunciado».
«O PR delapidou a sua base de apoio e deu um exemplo mais da incoerência entre os valores pessoais e a acção pública de que temos numerosos exemplos na política portuguesa», acusa.
Para o PPV, «os portugueses não compreendem esta facada nas costas do Papa Bento XVI, pouco depois da aparente cordialidade durante toda a sua visita, terminada apenas há dias».
Na opinião do partido de inspiração católica «impõe-se, cada vez mais, que os portugueses, conscientes da importância da família para o futuro da sociedade, encontrem uma personalidade disponível para se candidatar à Presidência oferecendo garantias de agir sem receio de sacrificar a carreira política aos ditames da sua consciência».
«Nenhum dos candidatos anunciados preenche este requisito, nem Cavaco Silva, nem Manuel Alegre, nem Fernando Nobre, que acaba de assumir a sua divergência em relação ao Papa nas questões do aborto e família», assinala.
Para o PPV, «seria uma tragédia cívica que os milhões de portugueses que partilham as nossas posições relativamente ao aborto e à família, não tivessem em quem votar nas presidenciais, e se vissem constrangidos pela consciência a abster-se ou votar em branco».
O PPV considera, também, que o teor da mensagem do PR significa «uma declaração de assunção de responsabilidades políticas e morais pelas consequências que trará à sociedade e à economia portuguesa esta lei do casamento homossexual».