sexta-feira, janeiro 05, 2007

Visto por Paulo Otero

O jurista Paulo Otero considera que "2007 pode bem ser um ano muito negro em matéria de direitos fundamentais", desde logo porque poderá começar, se o "sim" vencer o referendo, com a oficialização de "uma licença para matar". Além disso, acrescenta, numa altura em que "se fala tanto de igualdade", "esquece-se o factor pai, é como se este não existisse, como se a criança fosse gerada por obra e graça exclusiva da mulher". A acrescentar a isto, "a lei permite que uma mulher casada possa livremente abortar sem o consentimento do marido, mas precise da autorização deste, se casada em regime de comunhão de adquiridos, para dispor de um carro ou de um prédio [adquiridos em conjunto]", vinca, rematando: "É mais fácil uma mulher desembaraçar-se de um filho do que de um carro."
(Público, 30/12/2006)