terça-feira, outubro 31, 2006

Prós & Contras

Não me vou alongar sobre o programa até porque muita coisa sobre o mesmo já aqui foi escrita.
Pelo que me foi dado perceber, a táctica dos defensores do sim vai basear-se sobretudo em dizer que o referendo visa despenalizar o crime cometido pelas mulheres que abortam. É uma maneira ardilosa e cobarde de defender uma ideia. É tentar enganar as pessoas.
Por outro lado no princípio do programa, a apresentadora disse que a plateia para além de outras pessoas era formada por juventudes partidárias. Seriam todas as juventudes partidárias?
Fiquei muito surpreendido com o que disse o Dr. Gentil Martins sobre o aborto nos USA. Não me admira que o lobby abortista em nome da modernidade, da opção das mulheres tente levar as suas reivindicações até ao ponto de se poder deixar morrer um filho à fome porque tem uma mal formação grave, ou até talvez a vida só ser possível para os louros de olhos azuis (e depois o nazi sou eu).

22 Comentários:

Anonymous Anónimo escreveu...

Durante o programa, ouvi até à náusea, a par de argumentos falaciosos que denotam a má fé dos defensores do sim, que não queriam discutir filosofia.
Alguém se importa de explicar àqueles senhores que quando questionam a legitimidade do estado para intervir ou não ou quando começa a vida humana estão, de facto, mesmo que disso não se apercebam, a entrar no domínio filosófico.
Talvez lhes falte essa consciência. E talvez seja essa falta que os tenha atraiçoado.
O argumento aparentemente inexplicável de "o embrião é um ser humano, mas não é pessoa" leva-me a concluir que abrem a possibilidade de haver seres humanos aos quais é negada a dignidade de pessoa humana.
E a semelhança com o argumentário nazi, que levou à morte milhares de judeus, torna-se tão evidente que não percebo como ninguém ousou chamá-los e neo-fascistas de esquerda.
Pode não ser bonito, mas é racionalmente correcto e para gente pouco honesta intelectualmente que se lixe o bom gosto!

10/31/2006 01:46:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

Já agora alguém se importa de explicar à Senhora Edite Estrela que uma criança com 14 anos não vai presa por praticar um aborto porque ainda não atingiu a idade da imputabilidade penal?
É que, além de tudo o mais, começa a chatear ver deputados com um tão fraco conhecimento do ordenamento jurídico...

10/31/2006 01:49:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

E já que entramos no campo das perguntas, que tal o médico do sim explicar por que razão o estado não tem legitimidade para intervir às 10 semanas, mas tem às 10 semanas e um dia? Será que ele não percebe que a legitimidade do estado na matéria resulta do facto de o aborto ser juridicamente relevante, porque coloca em confronto dois seres humanos, reivindicando uma pretensão de validade ética para o solucionar, pelo que tem de ser aferida em absoluto e não de acordo com critérios temporais que, a serem convocados, o são apenas e só porque a montante já foi respondido afirmativamente àquela questão prévia da legitimidade?

10/31/2006 01:51:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

Outra nota: importar-se-ão os senhores do sim de berrar aos sete ventos que as mulheres têm o direito de optar?
Têm claramente o direito de optar e de se autodeterminar sexualmente. É verdade que têm. E por isso decidem se querem ou não ter uma relação sexual. Se a levam a cabo de forma protegida ou não. Esgota-se nesse momento o exercício do seu direito de opção. A partir daí o que surge é a responsabilidade inerente à liberdade que exercitaram.

10/31/2006 01:54:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

Correcção ao comentário anterior: importar-se-ão os senhores do sim de parar de berrar....

10/31/2006 01:55:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

E, para concluir, não me venham com a treta de que a pílula pode falhar ou o preservativo romper.
Quando andamos de carro também podemos morrer... Há sempre um "se", porque as consequências da nossa acção, sendo-nos imputáveis, nunca poderão ser totalmente dominadas por nós. Há uma alea que nos escapa e pela qual também respondemos.
Até porque, em bom rigor, quem não quer correr qualquer risco, pode sempre optar pela abstinência.

10/31/2006 01:57:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

Longe vão os tempos em que a lei se confundia com o direito. Hoje sabemos que o direito é muito mais amplo que a lei e que o juiz o cria no momento da decisão concreta.
Se A furta para ter dinheiro para pagar a operação do filho que pode morrer, comete um crime. Se B furta para enriquecer, comete um crime.
Nos dois casos temos um crime de furto, o que não significa que o juiz vá aplicar a mesma pena aos dois arguidos. Pode até acontecer que no primeiro caso a pena seja suspensa, se se entender que a culpa estava especialmente diminuida e que não existem necessidades de prevenção especial.
Da mesma forma, a mulher que aborta em desespero terá um tratamento diferenciado da que aborta 20 vezes porque sim. Mas para que esse tratamento diferenciado seja possível (e até os senhores do sim resolveram chamar a esta mulher psicopata) é necessário que haja uma lei que diga que o aborto é crime. A lei é geral e abstracta. A sentença do juiz tem em atenção casos concretos.

10/31/2006 02:02:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

Já repararam no anorak do irredutível?
Cabelinho e anorak "à Bibi"...
Humpfff....

10/31/2006 02:11:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

Para que conste e não fique tudo na massa anónima, os sete primeiro comentários são meus e chamo-me Ana. O oitavo não me pertence.

10/31/2006 02:30:00 da tarde  
Blogger Vítor Ramalho escreveu...

O preconceito é uma coisa muito feia.
Julgar os outros pelo corte de cabelo ou pela forma de vestir ? E depois os nazis fascistas somos nós.

10/31/2006 02:35:00 da tarde  
Blogger Irredutível escreveu...

É a pena por darmos a cara por aquilo que acreditamos e não nos escondemos por detrás de um comentário anónimo.

10/31/2006 02:45:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

Padrinho I Padrinho II Padrinho III Taxi Driver The Deer Hunter Apocalipse Now Redux American History X
.
..
...
Estes são os interesses (filmes) de um jovem de 19 anos e que defende o não à despenalização do aborto.

10/31/2006 03:41:00 da tarde  
Blogger Zé Maria Duque escreveu...

Eu tenho 21, sou contra o aborto e sou fã do PadrinhoI e II, o III já achei fraquinho.

N vejo a contradição nisso?

10/31/2006 05:45:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

quem não é nazi, não coloca links nos seus blogs para sitios e outros blogs assumidamente nazis.
é simples, sr. vitor ramalho.

quem não quer ser lobo não lhe veste a pele.

10/31/2006 06:11:00 da tarde  
Blogger Vítor Ramalho escreveu...

Tipo os links para o Diário de Coimbra.

10/31/2006 06:22:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

que inocente...

10/31/2006 06:48:00 da tarde  
Blogger Vítor Ramalho escreveu...

Vamos lá a ver se nos entendemos.
Estou inocente ou sou nazi?

10/31/2006 10:56:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

és o que te apetecer, a democracia permite-o. aproveita.
agradece ao 25 de abril.

11/01/2006 09:08:00 da manhã  
Blogger Vítor Ramalho escreveu...

Temos democracia e a barriga vazia

11/01/2006 12:49:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

ja não vais lá com essa conversa, ramalho.
tenho eu democracia e tens tu, mesmo que dela não gostes e contra ela lutes. aliás, ela permite-te fazê-lo em liberdade.
não tens tarrafal, censura, união nacional e exílio.
e de barriga vazia estavam as largas centenas de milhares que ao longo da noite salazarista, tiveram de emigrar.
hoje é com orgulho que não temos de emigrar e que recebemos quem procura uma vida melhor.
vocês são um anacronismo inócuo e ignorante

11/01/2006 02:57:00 da tarde  
Blogger Vítor Ramalho escreveu...

O meu conceito de democracia é outro.
Os portugueses continuam a emigrar.
A imigração é uma arma do capital.

11/01/2006 09:06:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

"O meu conceito de democracia é outro.
Os portugueses continuam a emigrar.
A imigração é uma arma do capital."

Os Nacionalistas sao pessoas que por infortunios varios nunca conheceram o mundo, limitam-se a observar a realidade qual cao preso por uma trela.

PS:Nao fales em democracia que sujas tao bonita palavra.

11/02/2006 08:24:00 da manhã  

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