segunda-feira, outubro 30, 2006

Maternidade e Vida

Ao programa ideológico dos militantes abortistas é preciso responder com a promoção a todos os níveis dos valores da Família, da Maternidade e da Vida.
Pouco importam os partidos, os governos, as conveniências da agenda política - é preciso lutar de forma persistente e continuada pela valoração daquelas realidades que só por si se contrapõem às propostas dessa cultura de morte. A defesa de uma visão integral do homem e da sociedade e a sua implantação no corpo social é uma batalha crucial para o futuro da civilização.
Esse combate deve ser travado através das organizações nascidas na sociedade civil para no seio desta encontrarem as verdadeiras respostas para os verdadeiros problemas.
O meu bem haja a quantos, sem olhar a comodismos, nesta época de facilitismos e abdicações, mantêm acesa a chama e mobilizam as vontades, sem ceder às ideias feitas e às cumplicidades instaladas.
Numa sociedade em que se banalizar essa possibilidade de selecção prévia de quem pode ou não nascer, como é inegavelmente o caso do aborto livre (apresentado já como um verdadeiro direito incluído na esfera jurídica de qualquer grávida!...), a curto prazo se instalará a possibilidade de seleccionar quem pode ou não viver, em todas as situações problemáticas da existência humana, com base apenas nos consensos que se gerarem em cada momento na comunidade (Os criminosos? Os deficientes? Os idosos? Os doentes incuráveis? Os doentes mais caros? Os que não tiverem família?).
Problemático será apenas definir a quem pertencerá o direito a decidir em cada um dos casos; creio que se gerará polémica entre uma visão mais liberal (o direito caberá ao cidadão a quem aquela vida pesa) ou uma concepção mais socialista (a decisão pertencerá ao Estado, provavelmente aos tribunais).
O que é certo é que a tutela da vida humana enquanto tal, como um direito do próprio, oponível aos demais, terá desaparecido do nosso sistema normativo.