APELO EM DEFESA DA VIDA
«Como tem sido lembrado e bem lembrado, são questões de ética fundamental, de direitos humanos, ainda antes de serem religiosas ou confessionais: atentar contra a vida, seja de quem for e em que estádio for; tentar resolver problemas reais e graves, somando-lhes outros, também realíssimos, como seria eliminar a vida em gestação para interromper uma gravidez inesperada; deixar uma mãe nessas condições sem verdadeira ajuda, que a apoie a ela e à criança que traz no ventre; descomprometer-se socialmente destes e doutros problemas conexos, como se não tivessem relevância colectiva e jurídica, implicando-nos um por um, por acção ou omissão… Tais atitudes negariam a cidadania responsável que nos cumpre a todos — crentes e não crentes — activar em qualquer circunstância, para realizar a humanidade comum que compartilhamos. Para não regredirmos a estádios menos humanos e civilizados, que fomos ultrapassando com valiosos progressos da ciência e do direito, oiçamos as palavras recentes do Papa Bento XVI: “Perante a eliminação directa do ser humano não pode haver sujeições nem subterfúgios; não se pode pensar que uma sociedade possa combater eficazmente o crime, quando ela própria legaliza o delito no âmbito da vida nascente”. Sejamos, pois, coerentes e solidários. Redescubramos no compromisso generoso em prol da vida e da família a autêntica realização feliz da existência.»
D. Manuel Clemente, bispo auxiliar de Lisboa.
D. Manuel Clemente, bispo auxiliar de Lisboa.
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