Morte à morte!
(por Paulo Gusmão)
“Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história (…) Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida!”
“Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história (…) Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida!”
Victor Hugo 1876
Se há virtude nacional de que devemos ter orgulho é o nosso pioneirismo na defesa da vida humana. Desde a contra revolução da Maria da Fonte que fez cair a Constituição, dita progressista, e recolocar a Carta Régia, Portugal aboliu a pena de morte para crimes políticos em 1852 e para os demais de jurisdição comum em 1867.
Em território português, o último espectáculo bárbaro com rótulo de legalidade, semelhante ao do enforcamento de Saddam, certamente menos mediático, ocorreu em 1846, em Lagos. Já lá vão 160 anos!
Passado tanto tempo, ainda hoje, no art. 24º, a nossa Constituição consagra que “a vida humana é inviolável”.
É verdade, quem quiser abortar sem motivo justificado pode ir ao estrangeiro. Mas isso não é motivo para regredirmos na nossa caminhada de civilização e de dignificação do ser humano. Pelo contrário, é sim motivo para exigirmos às outras nações, ditas civilizadas, a mesma convicção sobre o valor da vida humana.
Há 100 anos, quem quisesse ser enforcado pelo Estado não o podia fazer em Portugal, por maior que fosse o seu crime comum, mas, se tivesse esse gosto, podia dirigir-se ao estrangeiro onde, com um bom crime, a isso ficaria sujeito.
Ainda hoje!
Quem não se chocou com a morte do miserável Saddam, um criminoso? E perante um bebé inocente, se o víssemos a ser triturado naquilo a que chamam “interrupção voluntária da gravidez”, continuávamos a recalcar a consciência?
Viva a Vida!
Se há virtude nacional de que devemos ter orgulho é o nosso pioneirismo na defesa da vida humana. Desde a contra revolução da Maria da Fonte que fez cair a Constituição, dita progressista, e recolocar a Carta Régia, Portugal aboliu a pena de morte para crimes políticos em 1852 e para os demais de jurisdição comum em 1867.
Em território português, o último espectáculo bárbaro com rótulo de legalidade, semelhante ao do enforcamento de Saddam, certamente menos mediático, ocorreu em 1846, em Lagos. Já lá vão 160 anos!
Passado tanto tempo, ainda hoje, no art. 24º, a nossa Constituição consagra que “a vida humana é inviolável”.
É verdade, quem quiser abortar sem motivo justificado pode ir ao estrangeiro. Mas isso não é motivo para regredirmos na nossa caminhada de civilização e de dignificação do ser humano. Pelo contrário, é sim motivo para exigirmos às outras nações, ditas civilizadas, a mesma convicção sobre o valor da vida humana.
Há 100 anos, quem quisesse ser enforcado pelo Estado não o podia fazer em Portugal, por maior que fosse o seu crime comum, mas, se tivesse esse gosto, podia dirigir-se ao estrangeiro onde, com um bom crime, a isso ficaria sujeito.
Ainda hoje!
Quem não se chocou com a morte do miserável Saddam, um criminoso? E perante um bebé inocente, se o víssemos a ser triturado naquilo a que chamam “interrupção voluntária da gravidez”, continuávamos a recalcar a consciência?
Viva a Vida!
3 Comentários:
Paulo gusmão...
Não sei se serás mesmo tu, o dos Açores que conheci no tempo de JC e que fez uma brilhante actuação ao piano no "eric´s" aqui mesmo em Elvas.
Se fores tu, como penso que sejas aceita um grande abraço deste teu amigo, e força na campanha que já está a correr.
Diz qualquer coisa, aparece no meu blog www.elvas2050.blogspot.com tens lá os contactos.
Um abraço
Tiago Abreu
Elogios de Víctor Hugo a la sabia supresión de la pena de muerte en Portugal; elogios de Cervantes a Felipe III por la expulsión de los moriscos........
Já que estamos em onda de grandes homens, acrescento:
Um “não” dito com convicção é melhor e mais importante que um “sim” dito meramente para agradar, ou, pior ainda, para evitar complicações.
(Gandhi)
Pedro Almeida
(nebulado.blogspot.com)
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