domingo, novembro 12, 2006

OU VAI! ... OU RACHA!



Um referendo é um instrumento de democracia directa, por meio do qual os cidadãos eleitores são chamados a se pronunciar por sufrágio directo e secreto, sobre determinados assuntos de interesse e relevância nacional.
Ora, a proposta de Helena Roseta em aprovar a lei do aborto através da Assembleia da República caso não seja “feita sua vontade”, mostra mais uma vez, o despotismo socialista, que se julgando “os donos da verdade” pretendem impor uma certa “moral” à população portuguesa, mesmo caso esta seja contra a vontade da maioria.
Em relação a isto, os socialistas afirmam que a maioria absoluta conseguida nas eleições legislativas de 2005 lhes dá o pleno direito de aprovar uma lei criminosa, que é a lei do aborto.
Mas, diga-se que, a Constituição da República Portuguesa dispõe, nos termos do seu artigo 115.º, que, sob proposta da Assembleia da República, do Governo ou por iniciativa de um grupo de cidadãos dirigida à Assembleia da República, o Presidente da República pode, convocar ou não, o referendo no qual são chamados a votar todos os cidadãos recenseados no território nacional.
E, como é sabido, foi a Assembleia da República com o apoio do Governo, que advogando o interesse nacional da questão, rejeitou qualquer responsabilidade sobre esta matéria, lançando assim, a proposta de referendo. Ou seja, conclui-se que, o possível referendo de Janeiro, não passa de mais um jogo de populismo barato, que serve para desviar as atenções dos problemas reais do país. E como tal, não terá qualquer utilidade, visto que quem decidirá o futuro desta questão será a bancada parlamentar do PS, com o apoio, naturalmente, das bancadas vassalas.
Uma questão que os socialistas também colocam, é pelo facto de o referendo não vir a ser vinculativo.
Em relação a isto, julgo, que se a maioria da população portuguesa se abstiver, significa que não considera a questão relevante nem prioritária para o país. Ou então, não concorda com a posição defendida pelo partido que normalmente vota.
Como tal, qualquer que seja a vitória (“liberalizar”, “não liberalizar” ou “não vincular”) deverá ser respeitada. Visto Portugal ser uma democracia. Ou seja, é sempre sufragada a vontade da maioria. E, assim, a vontade do Governo, jamais se poderá sobrepor à vontade da maioria, no referendo de 2007.
Outra questão, que me deparo, relaciona-se com o abuso de funções. Todos sabemos que o Primeiro-ministro e outros membros do Governo, já fizeram campanha pelo “Sim”.
Mas se virmos o Artigo 206.º da Lei Orgânica do Regime do Referendo, constatamos que se um cidadão investido de poder público (funcionário, agente, ministro ou pessoa colectiva do Estado) se sirvam abusivamente das funções ou do cargo para induzir eleitores a votar ou a deixar de votar em determinado sentido são punidos com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias.
Além disso, esta coacção discriminatória é também vista como mais uma contradição do “Sim”. Que, por um lado afirma energicamente o referendo. Mas, por outro, com medo de uma possível derrota, tenta ilegitimar o mesmo. E, assim, tal como tem sido habitual ao longo da sua legislatura, Sócrates, vai fazendo dos portugueses autênticos “fantoches”, que são manipulados por um verdadeiro Big Brother.

25 Comentários:

Blogger Vítor Ramalho escreveu...

Não foi só a Helena Roseta o poeta de Argel também teve um intervenção parecida.

11/12/2006 06:47:00 da manhã  
Anonymous Anónimo escreveu...

vocês tem um fetiche por imagens deste tipo...

11/12/2006 12:06:00 da tarde  
Blogger VERITATIS escreveu...

Porquê a imagem incomodou-o?

11/12/2006 05:53:00 da tarde  
Blogger Vítor Ramalho escreveu...

Anonymous said...
"vocês tem um fetiche por imagens deste tipo..."

E vocês têm fetiche em fazer imagens deste tipo

11/12/2006 09:15:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

"Porquê a imagem incomodou-o?"

O que e que acha?

"vocês tem um fetiche por imagens deste tipo..."

Fazer imagens deste tipo? a que e que se refere? As criancas gaseadas nos campos de concentracao alemas? ou a imagem do feto de "dez semanas" que esta aqui publicada?

11/13/2006 02:12:00 da manhã  
Anonymous Anónimo escreveu...

o uso deste tipo de imagens é completamente desnecessário, não acrescendo qualquer valor à discussão em curso. aceito a divulgação de images chocantes quando são necessárias para a melhor compreensão de algo, mas não me parece que este seja o caso. Ou parece-lhe que a discussão desta questão seria beneficiada pela exibição pública de imagens explícitas da agonia e morte de quem aborta em condições sub-humanas?

11/13/2006 10:20:00 da manhã  
Anonymous Anónimo escreveu...

Direita
"Quer ser cúmplice do homicídio sangrento e cruel de indefesos bebezinhos enquanto estes estão na barriga da mãe desejosos e cheios de esperança por vir ao mundo? Sim ou não?"

Esquerda
"Está a favor da descriminalização e desburocratização do arquivamento antecipado do mero resultado da junção química do esperma e do óvulo? Sim ou não?"

in
Victor Lazlo

11/13/2006 11:44:00 da manhã  
Blogger Vítor Ramalho escreveu...

Uma imagem vale mais que mil palavras.
Vejam como elas incomodam os abortistas.

11/13/2006 03:00:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

vejam só que subtil fuga à questão colocada há dois posts atrás através do insulto directo e gratuito!!! bravo! é que nunca me decepciona!!!

caro vítor, a imagem colocada incomoda qualquer ser humano, categoria em que calculo que se inclua. da mesma forma quero acreditar que a imagem de alguém de uma mulher em agonia o incomodaria. a pergunta que lhe faço é muito simples: acha que a divulgação de imagens de mulheres a morrer ajuda à discussão desta questão?

11/13/2006 05:09:00 da tarde  
Blogger Vítor Ramalho escreveu...

Caso se refira a imagens de mulheres vítimas de aborto clandestino. Acho bem.
Ajudará sem dúvida na luta pelo fecho desses locais.

11/13/2006 05:48:00 da tarde  
Blogger A minha verdade escreveu...

Caro "anónimo", está equivocado:

Neste referendo não se coloca por oposição um feto abortado, de um lado e uma mulher que se esvai em sangue devido a um aborto clandestino, por outro.

O dilema aqui, é entre uma mulher grávida de um Ser saudável, um milagre da natureza ocorrido de um acto voluntário entre um homem e uma mulher, e, por outro, a tal imagem que tanto o chocou.

Esta sim é a verdade e não há que enganar.

11/13/2006 09:30:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

É muito chato colocar uma imagem dessas aqui.
Por outro lado, é um erro do NÂO colocar essa imagem quando defendem a Vida; colocam-na exactamente para chocar e perdem por isso.
Por outro lado, os defensores do SIM não são, obrigatoriamente, aliados do aborto; são apenas apoiantes do SIM ao referendo. Poderiam usar imagens de vãos de escada e mulheres a esvaírem-se em sangue ou muitas outras coisas mas não colocam as imagens. Defendem apenas o seu direito a votarem sim.
Oa apoiantes do NÂO utilizam #jogo sujo" tentando impressionar pelo lado negativo.
Por outro lado também, não acredito muito na veracidade dessa imagem.
Mas já sei que tudo isto é uma chatice.
Tenho pena de verificar que os posts por aí acima estão sem comentários que significa apenas pouca adesão á causa do NÃO.
Se os defensores do NÃO, defensores da Vida, porque não utilizam imagens de VIDA, de LUZ, de ALEGRIA, etc, em vez destas imagens chocantes?
Chato, não é?
Pois.

11/13/2006 10:05:00 da tarde  
Blogger VERITATIS escreveu...

Realmente é chato. Mas o aborto não é VIDA, LUZ e ALEGRIA. Mas sim MORTE, ESCURIDÃO E TRISTEZA, porque tal como referiu, também há imagens de vãos de escada e de mulheres a esvaírem-se em sangue. Portanto, não vale a pena tapar o sol com a peneira. E caso não saiba, votar "Sim" é defender o aborto legalizado.

11/13/2006 11:25:00 da tarde  
Blogger A minha verdade escreveu...

Caro "Chato", eu insisto. Lembre-se que a pergunta a ser referendada não se limita a propor a despenalização, no sentido de não colocar as mulheres na prisão. Propõe-se uma total e absoluta liberdade no dispor unilateral de uma mulher sobre o feto que traz consigo até às 10 semanas, o que, portanto, se pode chamar também de "liberalização do aborto".

Compreenda, pois, que isto vai muito para além de evitar as prisões das mulheres (que aliás não acontecem) ou de prevenir os abortos de vão de escada (que hoje são cada vez mais um mito acenado como um papão pela Esquerda, pois os abortos clandestinos são, hoje, quase sempre praticados em clínicas devidamente apetrechadas), trata-se aqui de permitir o livre dispor sobre a vida, muito para além do direito (esse sim) à contracepção.

11/13/2006 11:52:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

"Realmente é chato. Mas o aborto não é VIDA, LUZ e ALEGRIA. Mas sim MORTE, ESCURIDÃO E TRISTEZA"

Assim como a vossa vida tambem, aqui neste blog que se diz pelo nao ja tive a oportunidade de discutir com:

-Neo-Fascistas, Salazaristas e outros similares

-Pessoas cuja banda preferida chama-se odio, outras cujo tipo de musica preferido e black metal e vicking metal

-Pessoas que se auto-intitulam "Camisa Negra" e "Cao Danado"

-Pessoas que disseram que o holocausto foi a grande mentira do seculo


Como podem ver voces defedem o Nao porque sao pela "VIDA, LUZ e ALEGRIA"

11/14/2006 01:55:00 da manhã  
Anonymous Anónimo escreveu...

Foram vocês que tiraram essa foto?

O preto que os vossos amiguinhos mataram no bairro alto há um certo tempo ficou em pior estado que isso.

11/14/2006 11:18:00 da manhã  
Anonymous Anónimo escreveu...

Vou votar não e faço campanha pelo não. Quanto à imagem, incomodou-me e é desnecessária. Além disso, é intelectualmente desonesta: aquele bébé não tem 10 semanas, tem muito mais. Não é com "argumentos" destes que vamos lá...

11/14/2006 12:19:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

Caro Jardim do Arraial,

Em resposta ao seu comentário, se é um equívoco contrapor a imagem da morte de mulheres que abortam à imagem de um feto abortado, não acha que também é um equívoco contrapor a imagem do feto abortado à de um Ser saudável decorrido de um acto voluntário?

11/14/2006 12:51:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

Caro Vítor Ramalho,

A sua falta de razoabilidade é no mínino anedótica (parabéns!). Realmente, não há diálogo possível com alguém da sua impermeabilidade cerebral. Se perco o meu rico tempo neste blog é por achar que a questão em debate é importante e por querer trocar opiniões com pessoas com posições ideológicas diferentes da minha, num contexto de inteligência e respeito mútuo. Infelizmente tal não acontece, muito do que li da parte dos defensores do "não" pautou-se dogmatismo (para além de outros ismos), insultos, ameaças, o apelo ao patético... Vida, luz e alegria, pois sim... POIS "SIM" será a opção no meu boletim de voto.

11/14/2006 01:05:00 da tarde  
Blogger Vítor Ramalho escreveu...

Não tenho razoabilidade para quem defende o assassínio.

11/14/2006 02:24:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

"Não tenho razoabilidade para quem defende o assassínio."

Daquilo que conheco de voce e aparte de ser um apoiante do Nao, deixe que lhe diga que voce nao tem razoabilidade nenhuma.

11/14/2006 03:50:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

O debate é académico. Sócrates já garantiu que a despenalização só avança caso o "sim" vença e o referendo seja vinculativo.
A minha questão é: porque é que os adeptos do "não" não ficam todos em casa no dia do voto? Assim evitariam certamente um referendo vinculativo e uma alteração da lei. Ficariam todos a ganhar, especialmente a Democracia.

11/14/2006 08:13:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

Caros apoiantes do "NÃO":

Não liguem aos petardos dos comuno-fascistas, isso «é só fumaça». «O povo é sereno»!

11/14/2006 08:33:00 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

É no mínimo curioso o uso de uma tirada socialista por parte de um apoiante do "não".

11/15/2006 10:39:00 da manhã  
Anonymous Anónimo escreveu...

Há socialistas que vão votar não. E há gente direita que vai votar sim. Os neo-liberais, por exemplo. O erro é meter as ideologias pelo meio. Não é isso que está em causa. Ou não deveria estar em causa.

11/15/2006 04:02:00 da tarde  

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