Aborto: um direito garantido pelo Estado?
(Um ponto de vista de um leitor, no "Público")
Os movimentos pró-vida são contra a despenalização do aborto. Os movimentos pró-aborto exigem-na, mas não é isso que querem realmente. Daí terem recusado com grande alarido a sugestão do prof. Freitas do Amaral, de eliminar simplesmente a condenação.
O objectivo da esquerda pró-aborto não é despenalizar o aborto, é torná-lo um direito garantido pelo Estado. A esquerda quer que sejam os meus impostos a pagar a coisa.
Esta é que é a grande questão em debate, e não as propinquidades teológicas e morais do prof. César das Neves e do prof. Louçã. Devem os meus impostos financiar a contracepção a posteriori de quem foi suficientemente ignorante ou suficientemente palerma para engravidar sem querer? A esquerda acha que sim. Mas a esquerda acha que sim porque acha também que os meus impostos devem pagar a comida e a casa a quem não quer ou não sabe trabalhar, e a educação universitária a quem não quer estudar, e por aí fora.
A esquerda tem este tique permanente de atirar todas as coisas, do parto à sepultura, para cima do Estado. Não apenas os problemas de pura sobrevivência, mas também os confortos e os vícios dos cidadãos. Os confortos porque são aparentemente direitos inalienáveis, nascidos com as estrelas, e os vícios porque são culpa da sociedade e não a consequência de um défice de esforço e de vontade.
Ora eu acho que não é assim. Portanto também não vejo razão para que os meus impostos paguem abortos. Como não vejo razão para que paguem liftings, botox ou fertilizações. Nada disso é tratamento de doença.
Querem despenalizar o aborto? Despenalizem. Mas paguem-no.
Os movimentos pró-vida são contra a despenalização do aborto. Os movimentos pró-aborto exigem-na, mas não é isso que querem realmente. Daí terem recusado com grande alarido a sugestão do prof. Freitas do Amaral, de eliminar simplesmente a condenação.
O objectivo da esquerda pró-aborto não é despenalizar o aborto, é torná-lo um direito garantido pelo Estado. A esquerda quer que sejam os meus impostos a pagar a coisa.
Esta é que é a grande questão em debate, e não as propinquidades teológicas e morais do prof. César das Neves e do prof. Louçã. Devem os meus impostos financiar a contracepção a posteriori de quem foi suficientemente ignorante ou suficientemente palerma para engravidar sem querer? A esquerda acha que sim. Mas a esquerda acha que sim porque acha também que os meus impostos devem pagar a comida e a casa a quem não quer ou não sabe trabalhar, e a educação universitária a quem não quer estudar, e por aí fora.
A esquerda tem este tique permanente de atirar todas as coisas, do parto à sepultura, para cima do Estado. Não apenas os problemas de pura sobrevivência, mas também os confortos e os vícios dos cidadãos. Os confortos porque são aparentemente direitos inalienáveis, nascidos com as estrelas, e os vícios porque são culpa da sociedade e não a consequência de um défice de esforço e de vontade.
Ora eu acho que não é assim. Portanto também não vejo razão para que os meus impostos paguem abortos. Como não vejo razão para que paguem liftings, botox ou fertilizações. Nada disso é tratamento de doença.
Querem despenalizar o aborto? Despenalizem. Mas paguem-no.
1 Comentários:
"Querem despenalizar o aborto? Despenalizem. Mas paguem-no."
Totalmente de acordo, alias nunca vi o contrario afirmado em lado nenhum. Isto e apenas demagogia e a tentativa de relacionar o movimento pelo sim a esquerda.
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