A Imagem
Na campanha que agora se inicia, a utilização de imagens é preponderante no resultado final do referendo. Como em qualquer campanha, já não se mobilizam pessoas apenas pela palavra. A imagem é um meio muito mais abrangente, claro e agressivo. E nesta campanha do aborto, que armas pode utilizar o "Não" (ou melhor, o "Sim à vida")? O "Não" tem do seu lado as imagens por vezes brutais e chocantes de crianças abortadas. Tem do seu lado as imagens de indefesos fetos em desenvolvimento no útero materno, imagens de frágeis recém-nascidos, de sorrisos de crianças! E do lado do "Sim"? Desse lado vemos apenas cartoons que caricaturam os defensores do "Não" e imagens de mulheres que reclamam poder mandar na sua barriga (mais ou menos como as que no século passado queimavam soutiens em praça pública).
Por aqui vemos que não é só a razão que está do lado do "Não" ao aborto. As imagens também.
Por aqui vemos que não é só a razão que está do lado do "Não" ao aborto. As imagens também.
5 Comentários:
Utilizais as imagens para "chocar" porque as palavras, na verdade, não chegam.
Ou seja, a razão só com a "brutalidade" da imagem pode fazer ou dar o efeito desejado.
Também sabemos que a "imagem" hoje, nos dias que correm, já não é uma imagem real, muitas vezes a virtualidade mentirosa é tida como verdadeira.
Claro que a imagem de um feto abortado é horrível.
Mas,
já não considerais horrivel uma mulher a ter de fazer um aborto nas piores condições, as pobres, as indigentes, as que não podem recorrer às boas clínicas; porque as que defendem o não ao referendo não se encontram "dentro" do quadro socio-económico das que defendem o sim, das que defendem a sua dignidade como Mulher, como Ser Humano que também o é.
A imagem de uma das mulheres ricas no leito de uma clínica após ter feito um aborto não é mostrada; só mostrais o horror.
Não mostrais a verdade das que praticam o aborto a coberto do dinheiro que possuem.
Não mostrais toda a verdade, só um dos lados da verdade.
Os pobres que se lixem, não é?
Que continuem a abortar por aí ao calhas e depois, ainda por cima, que sejam criminosas PORQUE as ricas que vão a Badajoz não são criminalizadas porque o dinheiro lhes dá essa capacidade.
Ser-se pela Vida é positivo mas ser-se pela dignificação do Homem talvez ainda o seja mais!
Se tivesse tido o cuidado de ler atentamente os textos deste blogue veria que já várias vezes defendemos que em alternativa ao aborto deviam ser dar ás mães condições para criarem condignamente os filhos.
Também já aqui foi dito que se devia dar instruções ás nossas policias para que investigassem as clínicas de aborto.
A liberalização vai também poupar a viagem a Espanha aos ricos, como também vai dar possibilidade a que essas clínicas que na “clandestinidade” fizeram fortuna, abram agora portas perfeitamente legalizadas.
Também já aqui foi referido no blogue o papel pela positiva que têm algumas Associações pelo não. Nomeadamente no apoio que têm dado a mulheres para que não recorram ao aborto. Claro que devia a ser o Estado a assumir este papel, mas os políticos do sistema estão mais interessados no TGV, na OTA e em ajudar os amigos do grande capital.
Sugestões para publicidade a utilizar na campanha pelo NÃO.
1. Poster simples: foto de uma bloquista, com uma tshirt anti-guerra, uma boina à Che Guevara e um charro entre os dedos, jogando à bola com um bebé morto em plena festa do Avante.
Legenda: a realidade segundo Miguel Vaz.
2. Poster duplo: de um lado, a imagem de um feto de 10 semanas, sem sistema nervoso central e sem ligação entre o córtez e o tálamo; do outro, uma foto do Miguel Vaz. Legenda: descubra as diferenças.
Padreco larga a droga que isso passa.
"2. Poster duplo: de um lado, a imagem de um feto de 10 semanas, sem sistema nervoso central e sem ligação entre o córtez e o tálamo; do outro, uma foto do Miguel Vaz. Legenda: descubra as diferenças."
Genial
Enviar um comentário
<< Entrada