quarta-feira, novembro 01, 2006

AS CONTRADIÇÕES DO "SIM" - PARTE I

16-10-2006:

O ministro da Saúde apelou às mulheres e aos médicos que apoiem a legalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG). O ministro pediu aos médicos «que assumam uma visão democrática e progressista no que se refere à protecção da saúde sexual e reprodutiva da mulher e à Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) em meio hospitalar como um acto medico cuja legalidade não pode mais ser adiada».

31-10-2006:

Hospitais sem capacidade de resposta. Caso o aborto seja despenalizado, não deverão ser os hospitais do Serviço Nacional de Saúde a fazer as intervenções.Tal como acontece na maioria dos países europeus, o aborto até às 10 semanas será feito em clínicas privadas devidamente autorizadas pelo Estado. É o que deverá acontecer em Portugal se o sim ganhar o referendo.

[Demokrata]

2 Comentários:

Anonymous Anónimo escreveu...

"Hospitais sem capacidade de resposta SE o sim ganhar"
Analisemos:
O que é que acontece agora, na actualidade antes do referendo?
Imaginemos que abortam xis número de pessoas
Os Hospitais não se queixam; porquê? Porque esse número xis de abortos são feitos clandestinamente pelas pobres que não podem ir às Clínicas a badajoz e ao Reino Unido (as ricas vão, não enchem os Hospitais)
Se o sim ganhar, o que vai acontecer?
O mesmo número xis de abortos vai aumentar pelo simples facto de o sim ganhar? Não se sabe mas, se aumentar é bom sinal: é sinal que as mulheres pobres que iam fazer o aborto num vão de escada passam a fazê-lo com condições de higiene e
segurança.
A notícia que os Hospitais ficarão sem capacidade de resposta é uma falácia pois estão a antecipar uma incógnita e apenas está a servir, com certeza de propósito, a finalidade dos apoiantes do "não"

11/01/2006 11:21:00 da manhã  
Anonymous Anónimo escreveu...

Um dia (esperemos que o mais tarde possível) todos nós vamos morrer.
Um dia (esperemos que não) todos nós vamos ficar dependentes dos nossos filhos ou outros familiares, ou de lares, ou abandon ados.
Um dia (esperemos que não) todos nós vamos ficar com as nossas capacidades psico-físicas diminuidas e vamos precisar de ajuda.
Um dia (esperemos que não) a grande maioria vai sofrer de Alzheimer e doenças idênticas ou, como em muitos casos infelizmente, em estado vegetativo ou ligados a uma máquina (esperemos que não).
Um dia (esperemos que não) vós, defensores do não, vós defensores da vida, iréis estar numa situação em que iréis desejar a morte para deixardes de sofrer.
Um dia, desejaréis (esperemos que não) que vos desliguem a máquina para terdes uma morte digna e sem sofrimento.
Um dia (esperemos que não) podéis ter a necessidade de desligar a máquina que mantém vivo um vosso pai, ou até (deus nos livre) um vosso filho.
Um dia (esperemos que não) se se vos deparar pela frente uma filha grávida e que vos queira esconder o facto, será tarde demais e aí sim, aí iréis a correr com ela para uma Clínica de Badajoz fazer um aborto ou então ela o fará só e abandonada sem condições de higiéne e segurança e se for apanhada ainda vai ser criminalizada e penalizada.
É apenas isto por que se "batem" os defensores do "sim": é evitar que a mulher seja penalizada e a TER de fazer um aborto que o faça em condições livres, de segurança e de higiéne.
NINGUÉM defensor do SIM apela à morte da vida.
A Vida é boa demais para ser vivida.
Devemos defender a Vida mas devemos defender, também, a dignidade da MULHER pois é disto que se trata.
Os defensores do Não estão apenas a esconder a realidade com uma peneira: todos sabem da existência do problema mas não o querem ver. Pior que um cego é aquele qaue não quer ver.
Defendam a Vida, sim mas com dignidade e se para ela, a Vida, ser defendida com dignidade for necessário passar pelo SIM ao referendo, que se vote SIM para a dignificação da Mulher, pela Vida e não pelo esconder covardemente a verdade.
Pois o problema subsiste já que os ricos não têm problemas desses; só os pobres o têm; daí que ao votar Não estais a condenar os pobres a continuarem pobres, a continuarem a morrer, a continuarem a viver na indigência, na indignidade, na porcaria, na ofensa à lei, etc etc
Defendei a VIDA sim mas com dignidade.
Muitos dos que defendem o não ao referendo são aqueles que batem com a mão no peito mas quando o problema lhes bate à porta, vão a correr a Badajoz.
Escrevo como anónimo porque já li aqui muita coisa dos que defendem o sim a serem "mal tratados"; escrevo como anónimo porque este blogue o permite.

11/01/2006 11:40:00 da manhã  

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